domingo, 11 de abril de 2010

Turbulência e confusão

Nos primeiros dias do governo Sheila Gama, em Nova Iguaçu, o que se vê é muita confusão e expectativa. Ela continua fugindo da Imprensa. Jornalistas que procuram por ela passaram dias ligando para a assessoria e não tiveram resposta. Isso gera ainda mais insegurança. Boatos tomam conta dos corredores da Prefeitura, pessoas que trabalham em cargo de comissão não sabem se vão continuar trabalhando ou não. Fornecedores também estão inseguros e a maioria dos vereadores sobe pelas paredes sem saber o que fazer. Enquanto isso, Sheila se cerca de seguranças e se esconde atrás de um castelo que pode ruir a qualquer momento.

Há poucos dias, o boato era de que ela também renunciaria diante de tantos problemas encontrados e tanta confusão. No entanto, o que se tem confirmação é que ela e o marido, Aluisio Gama, estiveram reunidos com Lindberg em um escritório no Rio. O teor da conversa é especulação mas, mesmo assim, preocupante. Dizem que ela praticamente chamou Lindberg de mentiroso e disse que a realidade da Prefeitura é bem pior do que a apresentada por ele. Lindberg então disse que tentaria ajudá-la a repactuar certas situações e pediu calma. Se Sheila renunciar a cidade ficaria nas mãos do presidente da Câmara por três meses e seriam convocadas novas eleições onde ela e Lindberg não poderiam concorrer.

Sinceramente, não acredito em uma renúncia de Sheila, mas, essa conversa só demonstra o que já imaginávamos. A situação na Prefeitura é caótica e a aliança com Lindberg não vai durar muito. A verdade é que, poucos dias depois dessa possível discussão, Sheila fez mais de 300 exonerações incluindo alguns nomes que tinham o aval do ex-prefeito. Maria Antonia e o secretário de Educação, Jailson de Souza, ainda foram mantidos. Talvez, isso já seja reflexo da conversa. O que não pode é Sheila continuar encastelada. A história mostra que as lideranças que se isolaram acabaram sem poder governar.


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