quarta-feira, 21 de abril de 2010

O conto da emancipação de Tamoios III

Na semana passada andaram me enchendo o saco porque falei que o projeto de emancipação de Tamoios, segundo distrito de Cabo Frio não estava claro e induzia a população a pensar que bastaria os deputados o aprovarem para que a localidade se tornasse independente. Houve quem me chamasse de burro, de desinformado e outras coisas mais. Sustentei minha posição, pois tenho plena consciência do que noticiei sobre o caso. Sem plebiscito o projeto não anda, não existirá emancipação nenhuma. Dizer o contrário, repito, é pretender enganar o povo.

Pois bem. Na sessão dessa terça-feira o deputado Luiz Paulo Correa da Rocha, relator da Comissão de Justiça da Assembléia Legislativa determinou a retirada do projeto de pauta e sacramentou: “Existem questões de forma, como a necessidade de que seja feita uma consulta popular, que precisam ser cumpridas antes da aprovação do projeto, e não depois”.

O projeto sofrerá um atraso de pelo menos seis meses para ser votado e isso não aconteceria se os deputados Paulo Ramos, Jorge Picciani e Alcebíades Sabino não tivessem tentado iludir o povo inserindo lá um artigo autorizando o Tribunal Regional Eleitoral a marcar a data da eleição para a escolha do prefeito e dos vereadores. O que eles deveriam ter escrito é: Fica o Tribunal Regional Eleitoral autorizado a marcar data para a realização do plebiscito.

Esse é o tamanho exato da verdade, mas se alguém quiser continuar sendo enganado nessa questão, que fique com as colocações dos deputados Paulo Ramos, Jorge Picciani e Alcebíades Sabino, pois eles precisam dos votos. Eu não. Sou jornalista e nunca tive e jamais terei pretensões políticas.


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