quarta-feira, 30 de abril de 2008

E agora, Aluízio Gama?

Até a tarde de terça-feira o conselheiro do Tribunal de Contas e “dono” do PDT em Nova Iguaçu, Aluizio Gama, acreditava ser apenas “conversa de jornal” o fato de o prefeito Lindberg Farias (PT) - com quem ele fechara um acordo que lhe garantiu um pedaço do governo e a promessa de que sua esposa, a deputada Sheila Gama seria a candidata a vice na chapa do petista – ter ido casa do vereador Maurício Moraes levar um dedo de prosa e mandou essa: “Convença Bornier a sair da disputa e eu te dou a vaga de vice” -, mas, por volta das 17 horas, um telefone para Carlos Batista, o Carlinhos da Tinguá, acabou com a desconfiança de Aluizio. Carlinhos foi informado de que, interpelado no plenário da Câmara, Maurício confirmou o fato e disse que Lindberg o procurou por três vezes com a mesma proposta. Moraes disse ainda que ouviu o seguinte: “Não pretendo cumprir o mandato todo se for reeleito. Eu fico dois anos e você dois. É só convencer o Bornier a deixar a disputa”.

Moraes afirmou que ainda perguntou: “E o compromisso com o Aluízio, como fica?” e Lindberg respondeu que isso ele resolveria.

Vai ter de resolver, porque o “dono” do PDT iguaçuano ficou uma fera.





segunda-feira, 28 de abril de 2008

As (in) confidências de Alair Corrêa

Chegou hoje á tarde aos ouvidos do presidente da Assembléia Legislativa, Jorge Picciani (PMDB), que seu colega de partido, o deputado Alair Corrêa, teria reunido seus colaboradores e os tranqüilizados com a seguinte afirmação: “Fiquem calmos, pois o caso das prisões do nosso pessoal no banco não vai dar em nada. Já conversei com o presidente e ele garantiu que vai me segurar”.

Alair refere-se às investigações abertas pela Corregedoria da Alerj sobre a prisão de dois assessores seus, ocorrida na agência de Cabo Frio do Banco Itaú. A polícia encontrou com eles 15 cartões magnéticos, senhas e R$ 9,2 mil em dinheiro. Os dois estavam fazendo saques nas contas de outras pessoas nomeadas no gabinete de Alair.

Pelo que fiquei sabendo, Picciani não gostou da novidade e se Alair der as caras essa semana na Alerj será chamado às falas pelo presidente.






Quantas vagas de vice têm Lindberg Farias?

Há dois anos que o prefeito Lindberg Farias (PT) vem anunciando nomes para compor, como vice, a chapa com a qual pretende disputar a reeleição. Até o final do 2007 o preferido era o deputado federal Rogério Lisboa (DEM). Depois ofereceu a vaga ao ex-prefeito Mário Marques e tentou negociá-la com o governador Sergio Cabral para facilitar uma composição que lhe tirasse da frente o seu pior adversário, o deputado federal Nelson Bornier (PMDB) ao mesmo tempo em que flertava com o PTB e com o PDT.

A corte com o PTB acabou aliviando o grande adversário, tirando de Bornier um apoio pesado no sentido contrário, o deputado estadual Walney Rocha, que desagrega muito mais do que soma. Isso a oposição agradece penhoradamente. Rocha foi para o lado de Lindberg, mas o partido fica na coligação com o PMDB. Já o flerte com o PDT resultou numa aliança com a deputada estadual Sheila Gama (leia-se Aluizio Gama), que pode ter tudo, menos voto suficiente para fazer frente numa disputa acirrada como sempre acontece nas eleições em Nova Iguaçu.

Sheila está crente que será a candidata a vice de Lindberg, mas como a palavra dele não é muito para ser levada a sério, o próprio Lindberg já tratou de reforçar essa desconfiança: um passarinho verde de bico dourado me contou hoje pela manhã que na sexta-feira Lindberg foi à casa do vereador Maurício Moraes levar um dedo de prosa e mandou essa: “Convença Bornier a sair da disputa e eu te dou a vaga de vice”.

Tirem vocês as conclusões e vejam se esse tal de Luiz Lindberg Farias Filho pode ser levado a sério.






domingo, 27 de abril de 2008

Sacanagem também com os cooperativados

O prefeito que faz concurso e não convoca os aprovados, preferindo fazer politicagem contratando pessoal através de cooperativas como Captar, Multiprof, Coop-Saúde e Total Saúde, distribuindo esses cargos para os vereadores aliados abrigarem seus cabos eleitorais, é o mesmo que sacaneia os cooperados. Os que trabalham na Unidade Mista de Vila de Cava, por exemplo, estão há dois meses sem receber. Sabem por quê? É que a administração do prefeito Lindberg Farias (PT) tem a mania de não pagar o que deve. Por que vocês acham que a maioria das obras iniciadas pela Prefeitura está parada? É porque as empreiteiras não recebem.

Recebi a pouco uma mensagem eletrônica passada por uma pessoa que trabalha na unidade de Vila de Cava. Ela me pede para não ter o nome divulgado, porque senão perde o emprego. A contratada me conta que só não falta ao trabalho porque prejudicaria o atendimento das pessoas que nada tem a ver com o problema. Ela me diz que precisa pegar dinheiro emprestado para comprar comida para os dois filhos e pagar passagem no ônibus que a leva do bairro Botafogo para Vila de Cava.

Não sei se o leitor sabe, mas as cooperativas estão faturando alto. A Captar, por exemplo, teve um contrato de R$ 43 milhões prorrogado sem licitação. Essas cooperativas, além de não pagarem os salários em dia, não garantem os direitos trabalhistas dos contratados.

Resolvi telefonar a poucos minutos para um representante de uma dessas cooperativas e ele me disse que a sua está com três faturas em atraso. O prefeito diz o contrário. Afirma que as cooperativas estão recebendo em dia. Quem está falando a verdade? Acho que quem está com a verdade são os contratados, pessoas humildes que se dedicam ao trabalho, mas estão sendo obrigados a viver de brisa.






sábado, 26 de abril de 2008

O PT e seus arapongas incompetentes

O serviço de “inteligência” do PT está fazendo uma besteira atrás da outra com esse negócio de montar dossiê para tentar coagir a oposição. A idéia que começou em São Paulo e é executada com freqüência em Brasília já chegou em Nova Iguaçu. Um desses espiões de araque cometeu uma gafe enorme. Passou dias seguindo um deputado do PSDB pelos restaurantes da Capital federal e mandou as fotos para o gabinete do parlamentar com uma ameaça: - “Se não mudar o discurso enviaremos essa vasta e incontestável documentação para sua esposa”.

O deputado riu e deu a resposta:

- “Podem mandar. Essa, das fotos, babaca, é minha esposa. Sou casado com ela há 17 anos”.

Esse fato que acabo de narrar serve para explicar o que está acontecendo em Nova Iguaçu, onde a teoria da conspiração é lugar-comum nos discursos do prefeito Lindberg Farias (PT), secretários e vereadores aliados. Essa semana vozes de aluguel começaram a espalhar na cidade que o PT tem vários dossiês e que iria divulgá-los para calar opositores do governo e que o primeiro alvo seria o vereador Celso Valentim, um respeitável senhor de 73 anos, empresário que gera centenas de empregos e um dos maiores pagadores de impostos da cidade. Celso, que cumpre o sexto mandato de vereador, foi presidente da Câmara de Vereadores por três vezes, onde cortou pagamentos que achava indevidos e efetuou os que de fato teriam de ser pagos. É lógico que alguém chiou e o Tribunal de Contas entrou em ação.

Agora, 12 anos após Celso ter deixado a presidência da Câmara, um desses agentes de “inteligência” do PT, decidiu que seria necessária uma operação contra Celso, montando um desses dossiês fajutos que eles adoram preparar, usando o processo do TCE. Só que o incompetente araponga esqueceu de apurar os fatos, pois o caso foi esclarecido, com o Tribunal de Contas analisando melhor a situação e constatando que não houve irregularidade alguma.

Aliás, se o imbecil do araponga tivesse visto a documentação, teria percebido que o processo envolve pelo menos quatro outros ex-presidentes, inclusive o petista Carlos Ferreira, que por sinal saiu pior que a encomenda, pois alugou um prédio para instalar a nova sede do Legislativo, fez contrato sem licitação para fazer as obras de adaptação, gastou mais de R$ 700 mil nisso e está tudo lá parado.

Como se vê, essas consciências alugadas do PT adoram dar tiro no próprio pé.

Gol contra

O prefeito Lindberg Farias (PT) já está sofrendo as conseqüências por ter nomeado o deputado Walney Rocha (PTB) para a secretaria de saúde e ter entregue uma fatia significativa do bolo para o PDT. Aliados de primeira hora estão descontentes e um Walney e uma Sheila Gama juntos não compensam, politicamente, esse desgaste.

Beicinho

O primeiro a mostrar insatisfação foi o vereador Fernando Cid (PCdoB). Não creio que ele tenha coragem de mudar para o bloco de oposição, mas já fez discurso mandando recado direto ao prefeito.

Fogo de palha

Alguns petistas também andaram chorando pelos cantos, lamentando a perda de espaços estratégicos nos setores de saúde e Educação, mas como não esse pessoal do PT não sobrevive sem uma boquinha, vão soluçar. mas não causarão problema. Não é mesmo, Ferreirinha?

Dono do PDT

Ninguém conseguiu ainda entender a coisa, mas quem manda no PDT em Nova Iguaçu é um conselheiro do Tribunal de Contas, o ex-prefeito Aluizio Gama.

Pode?


Aliás o “dono” da legenda foi quem costurou o acordo que colocou o PDT no governo do PT e é um dos responsáveis pela análise das contas do governo do qual seu grupo tem participação.






sexta-feira, 25 de abril de 2008

Essa é para quem tem orgulho de pertencer ao governo Lindberg

Como disse o governador Sergio Cabral há poucos dias, a Democracia é a arte do contraditório. Sem dúvida, ele está coberto de razão. É sempre bom lembrar que a Democracia, como tudo na vida, tem dois lados. Os partidos de esquerda tanto pediram por ela que quando chegou não sabe respeitá-la. Isso não é um privilégio só nosso, da Baixada Fluminense. Mas, o que me cabe é falar do governo de Nova Iguaçu. Essa semana ouvi algumas manifestações em favor do governo. Quero dizer que as respeito, mas, não posso deixar de enumerar alguns pontos para aqueles que dizem ter orgulho de participar desse governo.

Conheci uma mulher que queria muito ter um filho. Aos 35 anos conseguiu engravidar. O marido ficou desempregado e a situação apertou. Ela então procurou o SUS em Nova Iguaçu para fazer o pré-natal. Primeiro teve que provar com documentos que morava na cidade. Depois, esperou três meses pela primeira consulta. Soube que a gravidez era de risco. Esperou mais dois meses para fazer exames mais completos. A criança nasceu com sete meses em um hospital do Rio porque não tinha vaga no Mariana Bulhões. O bebê não resistiu e morreu. Esse é o caso de centenas de mulheres que procuram atendimento na cidade e não conseguem. Sei que vão dizer que isso acontece em outros lugares. Mas nos governos do passado, todos de direita, acontecia bem menos.

Dona Mariana, moradora de Comendador Soares, mora na beira do rio Botas. Em janeiro, recebeu um carnê de IPTU no valor de R$ 800. Foi até a Prefeitura reclamar. Foi destratada por funcionários e pela própria secretaria de Fazenda, Maria Helena, que aos berros dizia que "tem que pagar". Ela pegou um empréstimo e hoje passa por sérias dificuldades para pagar o imposto pois ganha R$ 300 por mês como diarista. Mariana ficou apavorada porque soube na Prefeitura que poderia perder sua casa se não pagasse. Ela mora com cinco filhos pequenos.

Poderia fazer uma lista de casos como esses ou ainda piores. Demonstrações de autoritarismo, violência, falta de caridade e de compreensão do prefeito e de membros do governo. Um dono de um imóvel alugado para a Prefeitura ficou doente porque não recebe o aluguel há mais de um ano. Gostaria que essas pessoas que inflam o peito para defender esse governo irresponsável, parassem para pensar um pouco nisso. Participar do governo é uma coisa, defendê-lo é outra e sentir orgulho dele é outra bem diferente. Seria melhor que conhecessem um pouco da Nova Iguaçu real e não a do cenário que aparece pintado na Via Light.






quinta-feira, 24 de abril de 2008

Alair vira “patinho feio” em Cabo Frio


Se o deputado estadual Alair Corrêa (PMDB), como muitos acreditam na cidade, desistir de disputar a eleição para prefeito de Cabo Frio, dificilmente alguém o aceitará no palanque. Pelo menos é nisso que apostam pessoas influentes na política local, algumas até ligadas ao parlamentar, que passou a ser visto com outros olhos na cidade depois que dois assessores seus foram detidos pela polícia numa agência bancária da cidade, com 15 cartões magnéticos, senhas e R$ 9,2 mil em dinheiro. Eles estavam fazendo saques nas contas de outras pessoas nomeadas no gabinete de Alair.

Além do deputado, existem três pré-candidatos à Prefeitura de Cabo Frio. O prefeito Marquinhos Mendes pretende disputar a reeleição pelo PSDB, o suplente de deputado federal Paulo Cesar Ferreira pelo PR e o vereador Janio Mendes deverá ser o nome do PDT.

“Antes a gente percebia uma pré-disposição em Paulo Cesar fazer uma composição com Alair, mas vemos agora que isso ficou mais difícil. Marquinhos já percebeu que Alair não é nenhum bicho-papão em termos eleitorais e Jânio não quer nem ouvir falar em conversa com Alair que, no meu ponto de vista, terá de partir para o tudo ou nada, porque ninguém vai aceitá-lo abertamente no palanque depois desse gol contra marcado por seus assessores”, avalia um membro do próprio grupo do deputado.

A situação de Alair poderá se complicar nos próximos dias com as investigações feitas pela Corregedoria da Assembléia Legislativa e na Delegacia de Defraudações, onde, além dos assessores lotados no gabinete dele, Cristina Mota, mãe da assessora Thalita Mota Gago, deverá prestar depoimento.

Ela disse à imprensa que o deputado telefonou para a filha dela e pediu que confirmasse a história de que o assessor Luiz Carlos José Teixeira tinha autorização para fazer os saques. Cristina afirmou ainda que dos R$ 3.657 do salário que a filha tinha direito Thalita só ficava com R$ 500.

“Ele ligou para minha filha e disse que ela deveria falar que recebia o salário integral. Minha filha nem sequer sabia o número da conta bancária dela. Ficava tudo com o Luiz. Ela nunca recebeu o salário integral. Eram só R$ 500 mensais”, afirmou Cristina em matéria publicada pelo jornal Extra.




Outro conterrâneo

André dos Santos Faustino mora em Campina Grande e acaba de me enviar uma mensagem. Conta que leu o artigo “Nada além da verdade”, aqui postado em resposta ao leitor José Francisco, de João Pessoa, que me externou o orgulho em que sentia “em saber que um conterrâneo administra uma cidade importante como Nova Iguaçu”. André, muito pelo contrário, diz não ter orgulho algum e afirma que as matérias veiculadas através do blog retratam uma realidade que ele conheceu.

“Estive em Nova Iguaçu em janeiro deste ano. Fui visitar um tio muito querido que mora num bairro abandonado chamado Nova América. Andei com meus primos por vários lugares e vi muitas placas da Prefeitura. Aliás, só vi placas e buracos. Teria orgulho sim, se tivesse constatado coisas boas”, disse André, completando que Lindberg deve ficar por aqui mesmo, porque lá não tem espaço político para ele não.

Fazer o que, né André?




quarta-feira, 23 de abril de 2008

Perigo a vista em Macaé

Quem conhece bem os detalhes da política em Macaé aconselham ao deputado federal Silvio Lopes (PSDB) e ao prefeito Riverton Mussi (PMDB), que já polarizam a disputa pela Prefeitura, a não baterem muito um no outro, pois a pancadaria pode beneficiar uma terceira via. Um forte aliado de Riverton trabalha por um pacto de não agressão. Já mediu a tendência do eleitorado e afirma que um não deveria bater no outro. O aliado também já aconselhou o prefeito a não confiar na turma do PT nem apostar da lealdade de Fred Koler

Se cuida, Sabino

Um processo por improbidade administrativa movido pelo Ministério Público é a nova pedra no caminho do deputado Alcebíades Sabino (PSC), que quer voltar a ser prefeito de Rio das Ostras. Com ele são réus, além do dono do Posto de Gasolina Campomar, o ex-secretário de Administração, Elói Dutra, Paulo Roberto Viveiro Cabral e Rose Marie Cordeiro de Souza Cabral.

E agora, Alair?

Não serão apenas os assessores lotados no gabinete do deputado Alair Correa que terão de depor na Delegacia de Defraudações, para onde foi transferido o inquérito sobre a prisão de dois deles em uma agência bancária de Cabo Frio, com 15 cartões bancários e senhas, sacando dinheiro das contas dos demais nomeados pelo parlamentar. Cristina Mota, mãe da assessora Thalita Mota Gago, também deverá ser convocada. Ela disse à imprensa que o deputado telefonou para a filhas dela e pediu que confirmasse a história de que o assessor Luiz Carlos José Teixeira tinha autorização para fazer os saques. Cristina afirmou ainda que dos R$ 3.657 do salário que a filha tinha direito Thalita só ficava com R$ 500.

“Ele ligou para minha filha e disse que ela deveria falar que recebia o salário integral. Minha filha nem sequer sabia o número da conta bancária dela. Ficava tudo com o Luiz. Ela nunca recebeu o salário integral. Eram só R$ 500 mensais”, afirmou Cristina.






Nada além da verdade

Acabo de receber um e-mail de um morador de João Pessoa, no estado da Paraíba, assinado por um cidadão chamado José Francisco, que diz ter muito orgulho em saber que um conterrâneo seu administra uma cidade importante como Nova Iguaçu. Ele se refere a Luiz Lindbergh Farias Filho, por cá conhecido como Lindberg Farias e questiona o fato de este jornalista publicar tantas matérias negativas sobre a administração do prefeito do qual ele tanto se orgulha. Caro José Francisco, em primeiro lugar agradeço a sua manifestação, pois me dá oportunidade de lhe falar sobre coisas que você desconhece. Começo por esclarecer que seu conterrâneo não mudou a cidade como você afirma. As coisas são muito diferentes daquilo que seu conterrâneo propaga.

Lindberg chegou ao poder dizendo que iria fazer e acontecer, que por ser amigo pessoal do presidente Lula traria muito dinheiro para o município. De fato trouxe, mas o problema é que ninguém vê o resultado desses investimentos. O setor de Saúde, por exemplo, nunca recebeu tantos recursos como nos últimos três anos, mas o atendimento está a cada dia pior. As unidades conveniadas não recebem há meses e dos quase R$ 500 milhões repassados ao setor nesse período a Prefeitura torrou mais da metade sem licitação. Inclusive teve coragem de comprar R$ 1,8 milhão em receituários que nunca chegaram aos postos de atendimento médico. Esse caso, José Francisco, está na Justiça e pode levar muita “gente boa” à prisão.

Para se ter uma idéia, José, só do PAC foram destinados para o município R$ 361 milhões, mas as obras estão paradas. É verdade que toda semana a Prefeitura inicia uma obra, mas abre uma frente e paralisa dez, porque a administração do seu conterrâneo tem o péssimo hábito de não pagar o que deve. Muitas empreiteiras contratadas já deixaram o município. Mas não é só isso. Você fala de um projeto que seria modelo em educação, o Bairro-Escola. Você diz isso porque está aí, bem longe. A realidade é outra: tem criança estudando em galpão porque o prefeito que lhe causa orgulho iniciou obras de reforma e ampliação de escolas e não concluiu.

Tem mais, José Francisco, centenas de profissionais da área de Saúde foram aprovados em concurso que o seu conterrâneo diz que estava sendo feito para acabar com as contratações através de cooperativas. Pois é, ele não convocou nenhum aprovado e acaba de prorrogar, sem licitação, um contrato de R$ 43 milhões com uma dessas cooperativas.

José, além das cooperativas ele é chegado também a uma ONG. Contratou uma ligada a Universidade Federal de Pernambuco para informatizar a folha de pagamento porque, segundo ele, tinha muita fraude nas administrações anteriores. Olha, José, vou contar uma coisa para você, mas não espalha não, tá? O Ministério Publico está apurando um rombo e tanto na folha de pagamento da Prefeitura. Os promotores receberam uma fita na qual a responsável pela administração de pessoal, Lígia Cristina, conta que era obrigada a cometer várias irregularidades, inclusive liberar salários para 700 “fantasmas”. Ah, já ia me esquecendo. Sabe em que administração isso aconteceu? Na de seu conterrâneo.

Infelizmente, José Francisco, não gostaria de lhe dar notícias tão desagradáveis sobre a administração do conterrâneo que lhe motiva tanto orgulho, mas essa é a verdade. Se você ainda continuar achando que ele é o bam-bam-bam, chame-o de volta, porque aqui na cidade que acreditou no discurso fácil de Lindberg ninguém tem motivo para se orgulhar dele.






terça-feira, 22 de abril de 2008

E os concursados, Lindberg?

Lembro-me muito bem de que o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), prometeu ao Ministério Público – que o questionou sobre os milhões gastos com contratações através de cooperativas, que faturam alto e não asseguram nenhum direito trabalhista aos contratados – que só selecionaria servidores por meio de concurso público. Esse compromisso foi feito em 2006, mas parece que o prefeito não tem nem vaga lembrança dele, pois, embora tenha feito concurso para, segundo ele, resolver o problema dos funcionários contratados, continua optando pelas tais cooperativas, através das quais abriga apadrinhados de seus aliados no Poder Legislativo e cabos eleitorais.

Recebi hoje e-mails de pessoas que acreditaram na seriedade do concurso promovido para o setor de Saúde pela atual administração e se candidataram. Fizeram as provas e foram aprovados, mas até hoje não foram chamados. O dentista Adriano Relva é uma dessas pessoas. Fernanda Reis me conta que passou em 11º lugar no concurso de 2007. Não foi chamada até hoje e não recebe nenhum esclarecimento.

Gostaria que o prefeito tivesse um pouco mais de respeito por essas pessoas e pelas leis que regem esse país. Quando um profissional presta concurso e é aprovado, está pronto para exercer a função para a qual se candidatou, pois se o fez, é porque está qualificado para tal. Quando a seleção é feita através de cooperativas, esse profissional é desrespeitado, pois essas instituições não garantem nenhum direito trabalhista. Se o prefeito puxar um pouco para a memória, vai se lembrar de que, em 2006, a polícia prendeu um falso médico que até o final do ano anterior ocupara cargo de chefia num posto de saúde da periferia da cidade.

Se a intenção não era convocar os aprovados, por que o concurso foi feito? Teria sido apenas para dar uma meia resposta ao Ministério Público.




PAC empaca em Nova Iguaçu

Prefeitura diz que R$ 310 milhões já foram liberados pelo governo federal, mas as obras estão paradas e a população revoltada.


Desde julho do ano passado que a Prefeitura vem investindo alto em publicidade, espalhando outdoors e instalando placas nas entradas dos bairros periféricos, anunciando “o maior programa de obras da história do município”, graças aos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que destinou R$ 361 milhões para a cidade. No dia 31 do mês passado, em seu site oficial, o governo municipal divulgou que do total de recursos R$ 310 milhões já haviam sido liberados. Se isso aconteceu, a população quer saber onde em que foram aplicados, porque a maior parte dos serviços foi paralisada por falta de pagamento. “Aqui no nosso bairro os serviços estão parados há mais de seis meses. A empreiteira Delta até desocupou o canteiro de obras”, disse o aposentado Geraldo de Assis, morador do Jardim Nova Era.

Na última quarta-feira foi publicado no Diário Oficial despacho do secretário de Cidade, Hélio Aleixo, referente à paralisação das obras dos bairros Jardim Laranjeiras e Jardim Cabuçu e vários outros atos oficiais sobre paralisação dos serviços tem sido publicados, contrariando as afirmações do prefeito Lindberg Farias (PT), que tem insistido em negar o que os moradores desses bairros vêm revelando desde o ano passado.

De acordo com o site da Prefeitura, “restam apenas R$ 50 milhões em contratos a serem assinados com a Caixa” e 50% das empreiteiras já foram contratadas por licitação e já estão atuando”, mas, reafirmam as lideranças comunitárias, a maioria das frentes de trabalho está paralisada. Ainda segundo o site oficial, “as obras do PAC contemplam 88 km de redes de água, 585 km de redes de esgoto, 96 km de drenagem, 126 km de pavimentação, dez elevatórias de esgoto e 13 estações de tratamento de esgoto”.

“Começar a Prefeitura começou, mas paralisou tudo. Aqui só tem os buracos que a empreiteira abriu e a placa anunciando a obra que não vemos. Talvez o prefeito esteja falando de outra cidade”, ironiza Valdenize dos Santos, também moradora do bairro Jardim Nova Era.

Luiz de Lemos

No dia 11 de janeiro a Prefeitura divulgou que recebeu mais uma parcela do PAC na ordem de R$ 150 milhões para investir em obras de infra-estrutura em 22 bairros. Com esse dinheiro prometeu fazer obras nas ruas Bernardino de Melo, Barros Júnior, estrada da Palhada e na Estrada Luiz de Lemos. Nas duas três primeiras vias não há nenhum sinal de obra e a Estrada Luiz de Lemos está intransitável, porque a Prefeitura esburacou tudo e abandonou os serviços.

“A coisa por aqui está feia. Esburacaram tudo e foram embora. Não dá para acreditar nessa coisa de PAC. Os políticos aparecem nos jornais falando mil maravilhas, mas nada acontece de verdade”, dispara o comerciante Valdeci de Souza, que sofre com os prejuízos causados pela paralisação das obras.

Cobrex

No dia 5 deste mês o prefeito esteve nos bairros Cobrex e Ponto Chic. Foi lá inaugurar dois quilômetros de pavimentação e disse que estava ali para “comemorar a explosão de obras na cidade.” A realidade, falam os moradores, é bem outra.

José Francisco de Paula mora na Rua João carvalho e diz que as obras estão paradas há mais de dois meses. Alertada por ele, a equipe da TRIBUNA DA REGIÃO foi lá conferir e constatou o estado precário em que se encontram essa e outras vias. Mas não é só isso. A Prefeitura anunciou a construção de 629 moradias populares no bairro Cobrex. Apenas uma pequena parte das moradias foi levantada e as obras estão igualmente paralisadas.






Desequilíbrio

Acho que não são apenas os cabelos que o deputado Alair Corrêa está perdendo. Parece que o juízo também. Vejam só. Logo depois que os jornais noticiaram a prisão de dois assessores seus numa agência bancária de Cabo Frio, com 15 cartões magnéticos, sacando dinheiro em nome de pessoas nomeadas em seu gabinete, Alair foi a uma emissora de rádio e jogou a culpa sobre adversários políticos, alegando que tudo não passara de uma armação política.

É, na cabeça de Alair, onde uma peruca fixa encobre a calva que tanto lhe incomoda, deve ter sido um adversário que recolheu os cartões bancários, chamou os dois assessores do deputado e deu a ordem: Vão lá e saquem o dinheiro.

Mais calote

Embora o prefeito Lindberg Farias tenha assumido junto ao Ministério Público o compromisso de não atrasar mais o pagamento dos serviços prestados pelas clínicas particulares e laboratórios conveniados, o calote continua. Os donos dessas unidades não agüentam mais a situação e, por pouco, não deixaram de prestar o serviço.

É preciso dizer que o dinheiro destinado às clínicas e laboratórios conveniados não pode ter outra destinação. O recurso é repassado mensalmente pelo Ministério da Saúde e ninguém sabe o que é feito dele, pois essas unidades estão há meses sem receber. O calote da administração municipal está ameaçando uma instituição séria, a Associação de Caridade Iguassu, que mantém um hospital-maternidade.

Não precisava tanto

Dizem que foi isso que o deputado Nelson Bornier (PMDB) falou ao ser informado de que Walney Rocha se aliara ao prefeito Lindberg Farias. Bornier, contam, só faltou soltar fogos, pois achava que nunca conseguiria se livrar de Rocha que, segundo os mais experientes, divide muito mais do que soma.

Sob suspeita

No último dia 16 a Prefeitura de Mesquita fez uma licitação afim de contratar uma empresa para fornecer material para a secretaria de Educação. Venceu que apresentou o menor prelo e as melhores condições. Porém, uma senhora que seria ligada à secretaria pareceu não ter gostado do resultado. É ela chegou à sala das licitações acompanhando o representante de uma concorrente e saiu furiosa porque essa empresa foi desclassificada por não apresentar a documentação completa.




segunda-feira, 21 de abril de 2008

É muita cara-de-pau

Li, no domingo, no Globo, uma declaração do prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), que externa toda a sua falta de intimidade com a verdade. Com a maior cara-de-pau do mundo ele afirmou - para justificar a contratação, sem licitação, da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade) -, que o fez porque nas administrações anteriores aconteciam várias fraudes na folha de pagamento e que essa tal de Fade, investigada pelo Ministério Público Federal, ao informatizar o serviço, acabou com isso. Mentira. O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga um rombo e tanto na folha de pagamento da Prefeitura iguaçuana e isso não é de governos anteriores, mas sim da administração lindberguiana.

Vamos ao fato, então responsável pela folha de pagamento da Prefeitura, a secretária-adjunta de Administração, Lígia Cristina Queiroz, numa gravação em poder da promotoria, assume uma série de irregularidades cometidas por sua equipe, segundo ela, a pedido do então secretário de Governo, Fausto Severo Trindade. Ela afirmou que tinha de liberar salários para cerca de 700 pessoas que não trabalhavam. Na gravação Lígia deixa claro que a folha era realmente fraudada, mas pela atual gestão, que a inchou com “fantasmas” de todos os tipos e tamanhos. Como Ligia até hoje não foi contestada pelo governo, supõe-se que tudo ela falou seja verdade.

Essa tal de Fade, que tem contratos com vários municípios governados pelo PT teve dois contratos com a Prefeitura de Nova Iguaçu, ambos assinados sem licitação. No primeiro, com validade de um ano, a instituição recebeu, em 2005, R$ 1,362 milhão. O segundo foi assinado em 2006, com duração de cinco meses, no valor total de R$ 2,6 milhões.

Em sua declaração Lindberg afirmou: “A folha de pagamento, que antes era terceirizada e feita fora da Prefeitura manualmente, hoje é informatizada e confeccionada dentro da Prefeitura evitando fraudes nos benefícios dos servidores. As fraudes eram muito comuns nos governos anteriores.”

Diante disso só me resta perguntar: Quem nomeou Lígia Cristina Esteves, Fausto Severo Trindade, Eduardo Gianete, Francisco José de Souza, Estela Aranha e outros “estrangeiros”?.






sábado, 19 de abril de 2008

Esvaziamento do DEM

"Esse navio não pode ser afundado por ninguém, nem por Deus". A frase utilizada no filme Titanic, navio que naufragou e matou centenas de pessoas, me lembra um pouco a política que está acontecendo hoje em Nova Iguaçu. A prepotência de alguns representantes do partido fez a legenda "inchar" e agora, abandonados pelo governo, percebem que o navio está fazendo água e pode naufragar a qualquer momento. Alguns já estão pulando no mar, mas os coletes salva-vidas não são suficientes. Muita gente vai se afogar e pode até morrer politicamente.

Quatro pré-candidatos já deixaram o partido e os que têm mandato também estão preocupados. A grande preocupação é de que o poderoso DEM não consiga fazer legenda. Até pouco tempo o DEM estava na estrutura do governo com cargos na Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb), secretarias de Transporte e Obras e ainda presente na Postura, único lugar em que ainda tem representantes. O presidente do partido, Rogério Lisboa, poderia ser o vice na chapa de Lindberg Farias (PT) e agora pode até compor com o deputado federal Nelson Bornier (PMDB) para não perder espaço.

O partido, que antes poderia fazer até quatro vereadores, hoje corre o risco de fazer só dois e olhe lá. O abatimento de quem ainda está no barco é visível e alguns, para tentar se manter a qualquer custo, fazem figura patética na Câmara. A defesa que fazem do governo é ridícula e chega as raias do absurdo. Quando se ouve um vereador da bancada no governo no plenário é como se ele estivesse vivendo em outra cidade. Não dá para entender como esses vereadores conseguem encarar a família ao chegar em casa. Parecem ter esquecido princípios básicos de conduta. Só o que importa é o poder.

Mas, o DEM Titanic está cada vez mais perto do iceberg da política iguaçuana. O comandante do barco ainda está no timão mas não se sabe até quando. O auxílio de terra não vai chegar e a esperança é que eles, pelo menos, morram com o mínimo de dignidade. Enquanto isso, quem lucra com essa situação é o deputado federal Nelson Bornier. Sentado em seu posto de observação, fica apenas assistindo os náufragos à deriva. Resta saber se, em algum momento, ele vai jogar uma bóia ou vai deixar a vítima se afogar na própria prepotência.






sexta-feira, 18 de abril de 2008

Coisa de maluco

Acho que não são apenas os cabelos que o deputado Alair Corrêa (PMDB), está perdendo. Parece que o juízo também. Vejam só. Logo depois que os jornais noticiaram a prisão de dois assessores seus numa agência bancária de Cabo Frio, com 15 cartões magnéticos, sacando dinheiro em nome de pessoas nomeadas em seu gabinete, Alair foi a uma emissora de rádio e num microfone de aluguel jogou a culpa sobre adversários políticos, alegando que tudo não passa de uma armação política. É, na cabeça de Alair, onde uma peruca fixa encontre a calva que tanto lhe incomoda, deve ter sido um adversário que recolheu os cartões bancários, chamou os dois assessores do deputado e deu a ordem: Vão lá e saquem o dinheiro.

A situação de Corrêa piorou muito depois que a mãe de uma assessora – em da qual também foram sacados cerca de R$ 3 mil – deu uma declaração aos jornalistas, dizendo que a filha só recebe R$ 500 por mês e que o dinheiro é entregue por um dos assessores detidos. Pois é. Será que essa senhora também é uma adversária? A verdade virá à tona, com certeza, pois as investigações estão feitas pela Corregedoria da Assembléia Legislativa, que também investiga os deputados Fernando Gusmão (PCdoB) e André do PV. A abertura de procedimentos investigatórios foi decidida quinta-feira. Se as denúncias forem comprovadas, os três serão processados no Conselho de Ética e poderão até perder os mandatos.






quarta-feira, 16 de abril de 2008

Para encerrar o assunto

Esse assunto já está cansando. Sei disso, mas, como sempre digo, esclarecer é preciso e, por isso terei de voltar a falar sobre aquele contrato de R$ 43 milhões firmado entre a secretaria de Saúde de Nova Iguaçu e a cooperativa Captar.

Recebi hoje um novo e-mail do ex-secretário Henrique Johnson e ele admitiu ter mesmo assinado o termo aditivo provocando a vigência do “dito cujo” com data de 21 de janeiro de 2008, um dia antes de ter assumido o cargo. Sendo assim, a validade do contrato pode mesmo ser questionada na Justiça e é exatamente isso que deverá acontecer, pois o caso foi encaminhado hoje ao Ministério Público.

Em sua defesa Henrique tem a declaração de uma assessora da Prefeitura, que admite ter sido um erro tê-lo solicitado para assinar o documento. Aliás, o termo aditivo está com todos os dados da ex-secretária Marli de Freitas (que antecedeu Henrique) e por ela deveria ter sido assinado.






terça-feira, 15 de abril de 2008

Ainda sobre o contrato da Captar

A lei é muito clara. Está lá no artigo 37 da Constituição Federal que o ato de se nomear alguém para um cargo público só se completa com publicação da portaria, a posse e o exercício da função. Digo isso para explicar que o senhor Henrique Johnson Buarque não era, de fato, titular da secretaria de Saúde de Nova Iguaçu quando o termo aditivo que prorrogou a vigência de um contrato de R$ 43 milhões com a cooperativa Captar foi assinado.

O documento foi assinado no dia 21 de janeiro deste ano, um dia antes de Henrique – como ele mesmo assegurou em e-mail enviado a este jornalista – ter assumido o cargo. Sendo assim, o termo aditivo não vale e a cooperativa não pode receber mais um centavo dos cofres públicos municipais. Pelo menos é assim que deveria ser.

O caso está dando um bafafá danado, mas o prefeito Lindberg Farias (PT) ainda não tomou nenhuma posição. Na tarde dessa terça-feira este jornalista esteve com Fernando Del Castilho, que foi assessor de imprensa de Johnson. Fernando me disse que existe um documento que assegura que o termo não foi assinado por Henrique. Se essa informação estiver correta a situação é muito mais grave. A irregularidade, de qualquer forma já aconteceu, Johnson não poderia ter assinado como secretário no dia 21 de janeiro. O caso é sério demais e o prefeito tem de tomar uma providência o mais rápido possível.






E aí, Lindberg?

Embora o prefeito Lindberg Farias (PT) tenha assumido junto ao Ministério Público o compromisso de não atrasar mais o pagamento dos serviços prestados pelas clínicas particulares e laboratórios conveniados, o calote continua. Nessa quinta-feira os donos dessas unidades vão decidir se param de prestar o serviço, pois já não agüentam mais trabalhar de graça. É preciso dizer que o dinheiro destinado às clínicas e laboratórios conveniados não pode ter outra destinação. O recurso é repassado mensalmente pelo Ministério da Saúde e nimguém sabe o que é feito dele, pois essas unidades estão há meses sem receber. O calote da administração municipal está ameaçando uma instituição séria, a Associação de Caridade Iguaçu, que mantém um hospital-maternidade.





segunda-feira, 14 de abril de 2008

Cerco fechado às cooperativas

Conselheiros querem saber se pessoal que trabalha em centros

sociais de vereadores são pagos pela Prefeitura.

Onde estão lotadas e que tipos de serviços à população prestam as pessoas contratadas pela Prefeitura de Nova Iguaçu através das cooperativas de multiserviços, como Multiprof, Total Saúde, Coop Saúde, Captar e as empresas fornecedoras de mão-de-obra, Eims Imunitec? Essas perguntas terão de ser respondidas pelas secretarias de educação e Saúde ao Ministério Público Estadual, que deverá ser acionado ainda essa semana, no caso do setor de Saúde, por membros do Conselho Municipal de Saúde, descontentes com o que chamam de “falta de transparência” por parte administração municipal.

Um conselheiro afirmou que é importante saber, por exemplo, se as cooperativas estão fornecendo mão-de-obra para os centros sociais criados para servirem de base político-eleitoral para vereadores do bloco de sustentação do prefeito Lindberg Farias (PT), na Câmara Municipal. “Temos informações de que alguns prestadores de serviços nesses centros sociais teriam sido contratados através de cooperativas e estariam recebendo salários entre R$ 433,00 a R$ 1.323,00. Se isso for verdade é, no mínimo, improbidade administrativa. Por isso entendo que uma investigação precisa ser feita”, disse um conselheiro.

A contratação de mão-de-obra através de cooperativas foi muito criticada pelo então candidato a prefeito Lindberg Farias durante a campanha eleitoral de 2004, porque não assegura direitos trabalhistas, mas tornou-se comum na administração do hoje prefeito, que, segundo dados da própria Prefeitura, já gastou, nos últimos três anos com as cooperativas, muito mais do que nos oito anos anteriores ao início da atual gestão. A estimativa é de que entre janeiro de 2005 e dezembro de 2007 as cooperativas tenham recebido cerca de R$ 100 milhões do município.


Câmara não fiscaliza

Conforme a TRIBUNA DA REGIÃO revelou na semana passada, um contrato de R$ 43.415.281,20 firmado com a Captar - Cooperativa de Multiserviços Profissionais foi prorrogado sem licitação por mais um ano. O termo aditivo foi feito no dia 21 de janeiro. A prorrogação chamou a atenção de alguns membros do Conselho Municipal de Saúde e dos vereadores do bloco de oposição, que defendem uma investigação através do Ministério Público, uma vez que a Câmara Municipal, onde o governo tem a maioria, tem se negado a apurar denúncias de possíveis irregularidades. Um vereador da base do governo adimitiu que tem cargos em cooperativas. “Indiquei várias pessoas e esssas trabalham em postos de saúde”,afirmou.

Além do contrato com a Captar a Prefeitura prorrogou, também sem licitação, a vigência de outro, no valor de R$ 12.758.400,00, firmado com a Empresa Iguaçu de Manutenção e Serviços, a Eims para fazer os serviços de limpeza e conservação nas unidades escolares. Os contratos com as cooperativas e com as empresas de terceirização de mão-de-obra, no entender de alguns conselheiros municipais, precisam ser melhor fiscalizados. “Como se não bastasse a falta de compromisso do governo com a transparência, deparamos com uma Câmara omissa. A maioria dos vereadores faz vistas grossas e deixa as coisas correrem soltas. Como um vereador como Nagi Almawy vai fiscalizar alguma coisa se a Imunitec, empresa controlada por um filho dele tem contratos com o município para fornecer mão-de-obra. Sei que no caso do contrato da Captar a Câmara não está fazendo nada e o presidente da Comissão de Saúde, Cláudio Ciani sequer exige que as contas sejam realmente prestadas”, conclui um conselheiro.


Faturamento alto

Nova Iguaçu, segundo os vereadores do bloco de oposição, vive a verdadeira “Farra das Cooperativas. A Prefeitura tem renovado todos os contratos sem licitação com várias delas. Além da Captar, a que mais fatura, atuam na cidade a Multiprof, Total Saúde e Coop Saúde. Em dezembro de 2005, por exemplo, a Prefeitura assinou dois contratos, no total de R$ 4.706.940,10 com a Cooperativa de Serviços de Saúde Total Saúde e a Captar, para prestação de serviços à secretaria municipal de Saúde. No mesmo mês foram assinados dois contratos com a Multiprof Cooperativa Multiprofissional de Serviços, um R$ 2.902.099,20, por 12 meses e outro no va-lor de R$ 932.800,00, por 120 dias.

O que se comentava na época é que as vagas oferecidas teriam sido preenchidas por pessoas indicadas por vereadores da base de sustentação do prefeito, o que deverá ser esclarecido agora com o fechamento do cerco sobre esses contratos.




sexta-feira, 11 de abril de 2008

Vergonha

Mais uma visita do governador Sergio Cabral a Nova Iguaçu deu o norte da campanha para prefeito na cidade. A ministra da mulher, Nilceia Freire, precisou pedir para "não ser agredida" em sua fala diante da voracidade dos grupos que acompanhavam o deputado federal Nelson Bornier e o prefeito Lindberg Farias. O fato aconteceu na inauguração do Centro Integrado de Atendimento a Mulher (Ciam) no bairro da Luz. Os dois grupos praticamente não deixaram as autoridades falar vaiando e aplaudindo Lindberg e Bornier.

Ouvi de pessoas comuns que passavam pelo local na hora a frase que me acompanha até agora: "que bagunça, o que está acontecendo aqui?" perguntavam sem acreditar no que viam. A ministra tentava falar, o prefeito tentava falar e o deputado tentava falar e não conseguiam. Os grupos tomaram o evento de assalto e demonstraram que não sabem conviver com a Democracia. Foi do governador Sergio Cabral que tivemos que ouvir: "a base da Democracia é o direito do contraditório. Os dois lados têm o direito de se manifestarem". Precisou o governador vir a Nova Iguaçu para dizer que precisamos respeitar o outro, enfim, o princípio da Educação que deveríamos ter aprendido em casa.

O pior é que, mais uma vez, estavam ali funcionários da Prefeitura em horário de trabalho. Guardas de endemias que deveriam estar combatendo a dengue. Lideranças de partidos ligados ao governo que parecem usar o cargo comissionado apenas para vaiar o deputado federal Nelson Bornier. De outro lado, o pessoal do deputado, em número bem menor, tentou enfrentar a tropa de choque de Lindberg e se não fosse pela intervenção do governador a situação poderia ter ficado muito pior.

Pelo jeito, esse será o norte da campanha para prefeito. Não é a primeira vez que as tropas se enfrentam. Na primeira, a de Lindberg abafou por completo a de Bornier, agora, o pessoal do deputado parecia mais organizado. Fico me perguntando como será a terceira e o enfrentamento daqui para a frente. Meu sentimento continua sendo de vergonha. Não vergonha de ser iguaçuana, isso nunca, vergonha de ver lideranças participarem de um espetáculo como esse que não leva a nada, nem ao voto. Só posso dizer o seguinte para a população: escondam as crianças, a campanha começou!






quarta-feira, 9 de abril de 2008

No fio da navalha

A coluna Brasil Confidencial, assinada pelo jornalista Octávio Costa, publicada nas páginas 42 e 43 da revista Isto É dessa semana trás uma nota que serve para explicar o nervosismo que tem afetado o prefeito Lindberg Farias (PT), nos últimos dias. Vamos a ela: “Fio da navalha - O procurador-chefe do MP do estado do Rio de Janeiro, Marfan Vieira, deve ter bons motivos para guardar na gaveta pelo menos quatro processos que tirariam o prefeito Lindberg Farias da disputa pela reeleição à Prefeitura de Nova Iguaçu. Um dos processos é da área da Saúde e pertence ao MP federal.”

Com a palavra o procurador geral de Justiça.






Filho feio tem pai sim

Não foi preciso nenhum exame de DNA. Bastou uma olhadinha numa cópia de inteiro teor para acabar com o mistério. Agora o blog pode afirmar que filho feio tem pai sim. Ou melhor, o termo aditivo que prorrogou a vigência, sem licitação, de um contrato entre a secretaria de Saúde de Nova Iguaçu e a Captar - Cooperativa de Multiserviços Profissionais, no valor exato de R$ 43.415.281,20, foi assinado pelo ex-secretário Henrique Johnson Buarque, que ficou apenas 46 dias no cargo. Pois é, o homem assumiu o cargo no dia 22 de janeiro, mas conseguiu assinar um documento como titular da pasta um dia antes de sentar na cadeira.

Este jornalista teve acesso a uma cópia do terno aditivo 02, datado de 21 de janeiro, cujo extrato foi publicado no Diário Oficial, edição de 14 de março, e o torna público através do blog. No documento constam as assinaturas de Laerte Teixeira Vieira (pela cooperativa) e de Henrique Johnson Buarque, sobre o carimbo que o identifica como secretário municipal de Saúde, matrícula 60/703510-8. Há 15 dias este jornalista recebeu um e-mail de Henrique, com a seguinte mensagem: “A data da assinatura do contrato foi de 21/01/2008 e, portanto eu não poderia tê-lo assinado. O que fizemos foi solicitar a CPL que publicasse o extrato do contrato, pois não tinham feito no prazo exigido por lei”.

Confira o documento abaixo:






Só para esclarecer

Rita de Cássia de Souza Lima é jornalista, atua em São Luiz do Maranhão e todos os dias acessa o blog. Ela acabou de me mandar um e-mail perguntando por que chamo a sede da Prefeitura de Nova Iguaçu de Palácio das Almas. A resposta eu já mandei por e-mail, mas acho que os leitores de outras cidades também gostariam de saber a razão do nome. Vamos lá...

A expressão Palácio das Almas é usada porque a sede da Prefeitura foi construída – há quase 30 anos – em frente ao cemitério central da cidade e alguém muito espirituoso teve a idéia de rebatizá-la.

Isso é fato, mas hoje se pode dizer que o prédio pode ser chamado mesmo de “mal-assombrado”, tal é o número de “fantasmas” existentes por lá. Só na secretaria de Governo tem mais de 300 nomeados, a maioria de apadrinhados de vereadores. Se todos comparecerem para trabalhar terão se acomodarem mesmo é do lado de fora.







terça-feira, 8 de abril de 2008

Farinha do mesmo saco

A Saúde em Nova Iguaçu está uma maravilha. O atendimento no Hospital da Posse é de primeira qualidade. Tem médicos e medicamentos sobrando nos postos de saúde e nas unidades mistas. Ninguém morreu de dengue na cidade e o caos é pura invenção da imprensa, desses jornalistas que adoram mentir para a população, pois os carros de combate ao mosquito transmissor estão todos funcionando e não sucateados como esses fofoqueiros andam dizendo.

Quem esteve nessa terça-feira na Câmara de Vereadores interpretou assim a fala de uma meia-dúzia de bajuladores do governo, ao discursarem em homenagem a ex-secretária de Saúde e Educação, Marli de Freitas, vereadora que estava licenciada desde o dia 1º de janeiro de 2005 e estreou no Legislativo fazendo uma espécie de prestação de contas de sua gestão nos dois setores.

Deu ânsia de vômito ouvir o vereador Nagi Almawy tecer elogios. Será que o fez em agradecimento pelos contratos que a Imunitec, empresa controlada por seu filho Fernando, tem com a Prefeitura? E a vereadora Rosangela Gomes? Por onde é que ela tem andado ultimamente? Ela teve a coragem de dizer que o setor de Saúde melhorou muito...

Não vou nem perder tempo em repetir aqui o que os Chiquinhos da Ambulância da vida falaram. O discurso do líder do governo então, é uma piada. É muita cara-de-pau desse Alexandre José Adriano, o Xadrinho, falar maravilhas sobre os setores de Saúde e Educação. Nem parece que até bem pouco tempo ele estava ameaçando recorrer à Justiça contra a compra de R$ 9 milhões em uniformes escolares, feita pela secretaria municipal de Educação, que, segundo afirmara antes, teria sido superfaturada. Do caso da Lavanderia São Sebastião ele não tem nem vaga lembrança.

Acho que nós, jornalistas, somos mesmos uns crápulas.






Coisas do pequeno ditador


Acabo de receber um e-mail de um assessor do gabinete do prefeito de Nova Iguaçu, revelando que Lindberg Farias tomou conhecimento da matéria “Filho feio não tem pai”, postada nesse blog e manchete do jornal Tribuna da Região que estará circulando nessa quarta-feira e deu ordens para reforçar a segurança no prédio da Prefeitura, para que a edição do ia 9 de abril não circule no Palácio das Almas.

Isso mostra a dificuldade que o “coronelzinho” tem em conviver com o contraditório. Ele está acostumado com bajulações e não gosta de ouvir a verdade.

Essa censura, Lindinho, não resolve nada. Você não pode impedir que o povo leia, embora, ao certo, seja essa sua intenção.




segunda-feira, 7 de abril de 2008

“Filho feio não tem pai”

Ex-secretários de Saúde de Nova Iguaçu negam ter assinado prorrogação de contrato de R$ 43 milhões com cooperativa.



A prorrogação, sem licitação de um contrato de mais de R$ 43 milhões poderá resultar em mais uma ação judicial contra a gestão do prefeito Lindberg Farias (PT), que já responde a sete processos por improbidade administrativa. É que membros do Conselho Municipal de Saúde estão questionando o contrato firmado com a Captar - Cooperativa de Multiserviços Profissionais, assinado no ano passado pela então secretária de Saúde, Marli de Freitas e estendido por mais 12 meses no dia 21 de janeiro deste ano. A prorrogação, segundo os vereadores, fere a legislação, pois a Prefeitura deveria ter optado por um processo licitatório, na modalidade concorrência pública. Um conselheiro anunciou que pretende recorrer ao Ministério Público ainda essa semana, para que o processo seja analisado deste o início e a promotoria investigue os valores pagos à cooperativa nos últimos dois anos.

Além de questionar a prorrogação da vigência do contrato um conselheiro quer saber quem assinou o termo aditivo, já que isso aconteceu na transição da gestão da secretária Marli para a do secretário Henrique Johnson Buarque, que assumiu no dia 22 de janeiro e ficou apenas 46 dias no cargo, sendo substituído agora pelo deputado estadual Walney Rocha, nomeado na última quarta-feira. O termo que ampliou a vigência do contrato foi publicado no Diário Oficial com assinatura de Johnson, mas esse negou que o tivesse assinado.

Em e-mail enviado ao jornalista Elizeu Pires ele afirmou: “A data da assinatura do contrato foi de 21/01/2008 e, portanto eu não poderia tê-lo assinado. O que fizemos foi solicitar a CPL que publicasse o extrato do contrato, pois não tinham feito no prazo exigido por lei”. O jornalista conversou ainda, por telefone, com a ex-secretária Marli de Freitas e ela afirmou que também não assinou o termo aditivo e que tem prova disso.

“É aquela velha história. Filho feio não tem pai. Para esse contrato ter a vigência prorrogada alguém teve de assiná-lo. Se não foi nenhum dos dois o contrato deixou de existir e a cooperativa não pode mais receber um centavo sequer da Prefeitura. Vamos deixar isso por conta do Ministério Público, pois a promotoria tem prestado grandes serviços ao povo de Nova Iguaçu e certamente investigará mais esse caso”, disse um membro do Conselho Municipal de Saúde, revelando ainda que alguns contratos firmados pela Prefeitura através da secretaria municipal de Saúde “são verdadeiras caixas-pretas”.

O contrato 012-B/SEMUS/07 tem o valor exato de R$ 43.415.281,20 e a Captar – embora um termo de ajuste de conduta tenha sido assinado entre a Prefeitura e o Ministério Público para o município só fazer contratações através de concurso público, como determina a legislação – fornece mão-de-obra para vários setores da secretaria municipal de Saúde, como as Unidades Básicas, Unidades de Saúde da Família, Unidade de Especialidades Dom Valmor, Vasco Barcelos, Laboratório e SAMU.

O prefeito Lindberg Farias foi procurado para falar sobre a contratação da cooperativa, mas não retornou os contatos



Prefeito entrega secretaria para deputado tomar conta

O setor de Saúde de Nova Iguaçu, segundo revelam alguns membros do Conselho Municipal de Saúde, nunca recebeu tantos recursos como nos últimos três anos. Só do SUS foram quase R$ 400 milhões e a secretaria já teve cinco titulares, mas o atendimento na rede municipal é péssimo e as coisas pioram cada vez mais no Hospital da Posse.

O sexto secretário foi nomeado na semana passada. É o deputado estadual Walney Rocha, levado ao cargo pela necessidade do prefeito Lindberg Farias de fazer alianças para tentar mais um mandato e não pelos serviços que poderá prestar ao município. Walney é visto como político fisiologista, mais interessado em ocupar espaços no governo e garantir cargos para seus apadrinhados. Até fevereiro deste ano o posto de vistoria do Detran em Nova Iguaçu era comandado por pessoas indicadas por ele.

A nomeação de Rocha já gera descontentamento no setor e entre os aliados do governo na Câmara. Vários vereadores externaram descontentamento, mas não tomaram nenhuma posição para reverter a situação. No Conselho Municipal de Saúde a chegada do novo secretário foi recebida com desconfiança.

“A nomeação do deputado pode ter sido boa para o projeto político-pessoal do prefeito, mas não ajuda Nova Iguaçu em nada. A Saúde vai muito mal e o novo secretário não entende nada do assunto. Walney é um leigo e o setor está precisando é de um técnico competente”, afirma um conselheiro.

Os vereadores, mesmo os aliados, criticam a falta de uma política de continuidade e apontam isso como uma das principais causas para o caos que impera há muito tempo no setor.





domingo, 6 de abril de 2008

Retrato do governo Lindberg

A dengue está matando em Nova Iguaçu, mas isso parece não preocupar o governo municipal, pois os carros que deveriam estar sendo usados no combate ao mosquito aedes aegypti estão sucateados e abandonados num depósito da Prefeitura, transformado, inclusive em foco do mosquito transmissor.

Mas não é só isso, os mata-mosquitos que deveriam atuar em Nova Iguaçu ganharam outra ocupação: bater palmas para o prefeito Lindberg Farias (PT) e vaiar os adversários. Ao todo o município tem 1.200 agentes e muitos estão insatisfeitos com a situação. Na semana passada eles tiveram de parar no meio do trabalho para fazer claque em Duque de Caxias. Cinco desses mata-mosquitos decidiram ir ao Ministério Público revelar as ameaças ouvidas quando se recusam a bater palmas para maluco dançar.


Sem aliança

Pela primeira vez desde que passou a existir em Nova Iguaçu, o PCdoB vai partir para uma eleição proporcional sem coligar com outra legenda. O partido já está com sua nominata pronta. Só falta agora a convenção.


Na disputa 1

O PHS pretende apresentar uma candidatura própria à Prefeitura do Rio e já lançou como pré-candidato o deputado federal Felipe Bornier.


Na disputa 2

Já o PDT assegura que entrará firme na disputa pela Prefeitura de Cabo Frio. Lançará o vereador Janio Mendes como candidato a prefeito.


Fora do páreo

O presidente do Detran, Antonio Neto, resolveu ceder aos apelos do governador Sérgio Cabral. Não será candidato a prefeito de Volta Redonda, cidade que governou por oito anos.


No páreo

Faltou com a verdade quem disse ao pré-candidato do PT a prefeito de São Gonçalo, Altineu Cortes que o deputado Edson Ezequiel não será candidato. O comando do PMDB já avisou que não abre mão de Ezequiel.


De novo

O município de Magé está outra vez sob ameaça de intervenção e pelo mesmo motivo: a prefeita Núbia Cozzolino deixou de cumprir mais uma decisão da Justiça em favor de funcionários.




Jovens socialmente responsáveis fazem a diferença em Macaé

Criada por jovens comprometidos com a luta em favor dos menos favorecidos, uma organização da sociedade civil de interesse público está dando um bom exemplo no município, estendendo ações onde há muito o poder público não vinha chegando. Sem qualquer envolvimento político, a Organização da Juventude Responsável (ORJURE) vem promovendo ações em vários setores, garantindo, inclusive, qualificação profissional, o que já beneficiou 1200, sendo que 83% já ingressaram no mercado de trabalho.

“Com apoio da iniciativa privada, onde estão os patrocinadores de nossos projetos, temos realizado cursos de pintura industrial, operador de empilhadeira, soldagem e eletrotécnica. A instituição não pratica assistencialismo. Nossa proposta é praticar uma política real de inclusão social, preparando profissionais para o mercado de trabalho”, explicou Igor Sardinha, que é membro do conselho gestor da entidade.


No momento em que várias ONGs aparecem envolvidas em fraudes com recursos públicos, a Organização da Juventude Responsável mostra que é possível fazer um bom trabalho sem a participação de governos. “É gratificante saber que um grupo de jovens resolveu se reunir, formar uma entidade e trabalhar em apoio aos menos favorecidos. É realmente um bom exemplo a ser seguido, principalmente porque eles não buscam o caminho mais fácil para conseguir as parcerias que lhes dão respaldo financeiro para tocar os projetos”, diz o sociólogo Gilberto Renha, que tem acompanhado o trabalho de entidades civis de interesse público em vários pontos do país.



A ORJURE já beneficiou 1.200 jovens com cursos de capacitação profissional.


Alfabetização Social

Outro programa importante realizado pela organização é o que alfabetiza jovens e adultos que vivem nos bairros periféricos da cidade. “Depois de alfabetizados nós os encaminhamos para os supletivos, para que eles consigam prosseguir com seus estudos”, completou Igor, explicando que atualmente o programa de alfabetização social acontece no bairro Ajuda de Baixo, Nova Holanda e Costa do Sol, com as aulas sendo ministradas na Casa do Caminho, Grupo de Apoio Flor do Amanhã e no Grupo Amor e Fraternidade, somando sete turmas.

Para estimular e facilitar o estudo, o programa também oferece uma cesta básica no final de cada mês para os que tiverem uma freqüência de, no mínimo, 80%, além de passes para os que não tem como pagar as passagens. Ao todo o programa Alfabetização Social já atendeu 220 jovens.







sábado, 5 de abril de 2008

Fidelidade partidária, onde?


Nos últimos anos, a política praticada em Nova Iguaçu tem tomado um rumo peculiar. Como diz alguém que conhecemos: "nunca na história dessa cidade" se viu uma Câmara como essa. Os vereadores não são fiéis nem infiéis ao prefeito Lindberg Farias. Para cada votação considerada importante pelo governo é realizada uma negociação e assim a cidade caminha. De repente, quando se instala uma crise a negociação entre o prefeito e vereadores fica ainda mais complexa. No entanto, quando o deputado federal Rogério Lisboa (DEM) saiu do grupo do governo a expectativa era de que o grupo de oito vereadores da bancada do DEM na Câmara também se retirassem do governo.

Isso poderia acontecer em qualquer outra cidade, menos Nova Iguaçu. Os vereadores continuaram filiados ao DEM, fazendo reuniões com Rogério que, aliás é presidente regional do partido, mas, resolveram continuar apoiando o governo. Nesse caso, se percebe que Rogério e vereadores estão em posições diferentes dentro do mesmo partido. A crise ficou ainda mais evidente essa semana quando o prefeito fez aliança com o PDT. Revoltados, os vereadores do grupo do DEM não quiseram aceitar a nova composição. Se sentiram mais uma vez enganados pelo governo. Então, se pensou "dessa vez eles largam o governo".

Pois bem, até o fechamento dessa edição eles já tinham realizado duas reuniões com o prefeito mas não decidiram se deixariam a bancada do governo ou não. Pelo que observamos até agora, a lógica política demonstrada por esse grupo é não ter lógica, portanto, nos próximos dias deveremos ter a confirmação de que o DEM continua como antes, apoiando as decisões do governo e ignorando que o líder do partido, deputado Rogério Lisboa, também é candidato a prefeito. O mais interessante ainda nesse processo é que o próprio Rogério parece mais dócil ainda do que era quando estava no grupo de Lindberg.

Nas entrevistas poupa o antigo aliado, diz que os vereadores podem fazer o que quiserem que ele, Rogério, não pode obrigá-los a não marchar com Lindberg. Então, devemos entender que essa questão de fidelidade partidária não passa por aqui. Nova Iguaçu, mais uma vez, será diferente das outras cidades da federação. A fidelidade partidária pode existir em todo o país, mas não aqui, na terra conquistada por Lindberg Farias. A República independente onde o rei (que está nú), manda e os súditos obedecem. Que fidelidade que nada!