sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O fiel da balança na sucessão de Guapimirim

Ainda falta um ano para as eleições municipais, mas em Guapimirim esse assunto ganhou as ruas de tal forma que se discute como se a escolha do novo prefeito fosse acontecer amanhã. Enquanto muitos falam em Ismeralda Rangel Garcia, Zelito Tringuelê, Nilda do Posto e outros nomes menos populares, os caciques das legendas estão debruçados sobre números que apontam que quem quiser vencer essa disputa precisará ter uma conversa de pé de ouvido com o ex-prefeito Ailton Vivas, visto nesse momento como “fiel da balança”.
Ismeralda está em posição confortável como pré-candidata do governo. Espera a definição dos adversários, mas para que essa tranquilidade seja completa há que se conversar em termos de um bom apoio e ela sabe muito bem que Ailton viria a calhar. Nilda do Posto tem somente o nome do ex-marido, o ex-prefeito Nelson do Posto e muita força de vontade. Aqui, à distância tenho medo de que ela esteja apenas sendo usada por correntes mais fortes dispostas a estender seus domínios.
Tenho conversado muito com Nilda e escutado de sua boca o desejo de encarar uma campanha por mais dura que essa possa ser, mas será que essas correntes vão sustentar o apoio que prometem agora? Ainda que a resposta para essa pergunta seja positiva, os números que ocupam a cabeça dos caciques apontam que ela também fica dependente do “fiel da balança”, que, nenhum cacique acredita hoje, conseguiria sustentação jurídica para uma candidatura a prefeito, mas conseguiria transferir, por baixo, uns cinco mil votos.
Quanto a Tringuelê, embora tenha sido o candidato a deputado estadual mais votado no município no ano passado, nenhum dos caciques das legendas o vêem como “bicho papão”. Hoje se trabalha mais por uma composição com Ailton e pouco se fala em Zelito, que, ao que parece, não está assustando mesmo a ninguém.

Golpe em nome de funcionários em Magé

Um grupo de funcionários dos postos do Programa Saúde da Família (PSF), que funcionam em Mauá e do Posto de Saúde 24 horas, estão desesperados. Eles descobriram ontem que seus chefes pegaram verbas do chamado Pronto Pagamento - modalidade de adiantamento de recursos para cobrir despesas de urgência – em nome deles e não fizeram a devida prestação de contas. A responsabilidade agora está caindo sobre esses servidores. A descoberta foi feita quando eles foram à Prefeitura atendendo convocação para apresentarem os comprovantes dos gastos que não fizeram, pois eles nunca tiveram acesso a verba alguma, ficando esclarecido que eles tiveram os nomes usados por seus chefes, todos subordinados ao ex-vereador e ex-secretário do Meio Ambiente, Valdeck Ferreira de Mattos, que se comportava como “dono” do quinto distrito de Magé.
Entre os servidores que tiveram os nomes usados estão as auxiliares de enfermagem Karla Suely Silva Torbis, Maria da Penha Pereira Silva, Joana Darc Barboza Cerqueira (lotadas no PSF do Jardim da Paz), Hanne Caroline Alves Silva e Rosilene Norato Gomes (que trabalham no PSF do bairro São Francisco) e os motoristas de ambulância Eliel de Almeida Esmael (Posto 24 horas de Mauá) e Alexandre Ribeiro do Vale (PSF do bairro São Francisco).
Em declaração feita de próprio punho os funcionários afirmaram que foram chamados para assinar alguns papeis os quais não puderam ler. Em sua declaração entregue na Procuradoria do Município, que vai acionar o Ministério Público nos próximos dias, Rosilene Norato afirmou que não sabia do que se tratava. “Eu não sabia o que era. O Rafael e a Raquel (secretária de Valdeck Ferreira de Matos) pediram para não ler e só assinar”, disse ela. O motorista Eliel também citou o nome da secretária. Ele afirmou que foi convidado para assinar uns papeis e que Raquel pegou os documentos dele.
A declaração da funcionária Hanne é mais contundente ainda. “Relato que no mês de março (2011), fui solicitada pela Raquel, através do coordenador Rafael, para assinar um documento. Porém não fui permitida ler o documento. Ontem, dia 28 de setembro, recebi um memorando para comparecer a Secretaria Municipal de Saúde para prestação de contas”. Além de Raquel os servidores citaram ainda os nomes de outros dois colaboradores de Valdeck, identificados apenas como Jean e Helinho Cabeça. Joana Darc, por exemplo, contou que foi chamada para assinar os documentos por Jean, que coordenava o PSF do bairro Ipiranga. Esses funcionários estão recebendo todo apoio da Procuradoria, da Secretaria de Saúde, da Secretaria de Governo e da Secretaria de Controle Interno. Um inquérito administrativo vai apurar as responsabiliades e uma denúncia com os nomes dos verdadeiros culpados será apresentada ao Ministério Público.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Proposta de aumento também em Guapimirim

Fui informado hoje de que os professores da rede municipal de ensino de Guapimirim também terão aumento de salário e, ao contrário de seus colegas de Cachoeiras de Macacu, não precisaram entrar em greve para isso.
Não me perguntem pelos percentuais, que disso não fui informado, mas conversei com uma pessoa que integra a equipe que está preparando a proposta a ser enviada a Câmara de Vereadores para ser votada para que o novo salário possa ser pago, no máximo, no contracheque de novembro.
Espero que a proposta agrade a essa sacrificada categoria profissional e que o plano de carreira também seja uma preocupação do prefeito Renato da Costa Mello Junior, o Junior do Posto.



As entrelinhas do prefeito de Macacu

Publiquei ontem a proposta de aumento salarial apresentada aos professores de Cachoeiras de Macacu pelo prefeito Rafael Miranda, mas nela não veio, por exemplo, o conteúdo escondido nas entrelinhas: o professor II, que passou quatro anos na faculdade e que este mês recebe líquido no contracheque apenas R$485, com a nova tabela, teria salário menor que o de uma merendeira.
Não estou dizendo aqui que a merendeira deva receber menos. O que penso é que o salário dela não pode ser maior que o do professor II. O plano de carreira dos profissionais de ensino do município, até onde fui informado, é unificado. Já a proposta do prefeito, também até onde me revelam, é excludente e por isso não foi aceita pela categoria, me contam eles.
Já que o prefeito chegou ao percentual divulgado, deveria rever essa diferença entre o professor II e a merendeira, esquecer sua idéia de exclusão e obedecer a unificação explícita na proposta de plano de carreira. Assim ganhariam todos. A sociedade agradeceria e ele deixaria de ser visto como um prefeito que não gosta de ouvir.



Um poço sem fundo

A Receita Federal enviou ontem à Prefeitura de Magé notificação para que seja paga, imediatamente, uma dívida de R$3.448.926,82 com a Previdência Social. Se o valor não for pago o total será penhorado diretamente na conta bancária na qual são depositadas as parcelas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que já sofreu um bloqueio essa semana para garantir o pagamento de uma multa judicial. A Procuradoria do município vai tentar um acordo para poder fazer o pagamento parcelado.
De acordo com a notificação da Receita Federal, a dívida com o INSS é gerada por descontos feitos nos vencimentos de servidores contratados e não recolhidos à Previdência Social. O total é a soma de valores registrados em cinco documentos de cobrança - R$1.533.477,84, R$71.959,35, R$361.101,63, R$802.255,61 e R$680.132,39. As dívidas com o INSS e com a Justiça, referentes a multas por não cumprimento de sentenças podem chegar a R$10 milhões.
O não recolhimento da contribuição previdenciária tem prejudicado bastante os servidores. Os contratos tem descontado nos contracheques a contribuição para o INSS, o FGTS e o Imposto de Renda, mas ainda não se sabe ao certo o montante que teria deixado de ser recolhido.


quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Casal Garotinho inelegível por três anos

A juíza da 100ª Zona Eleitoral de Campos, Gracia Cristina Moreira do Rosário, determinou, hoje a cassação dos diplomas da prefeita Rosângela Rosinha Garotinho e do vice Francisco Arthur de Souza Oliveira, que ficam inelegíveis por três anos, a contar da eleição de 2008. Também condenados no processo por abuso de poder econômico em razão de uso indevido de veículo de comunicação social, o deputado federal Anthony Garotinho e os radialistas Fábio Paes, Linda Mara Silva e Patrícia Cordeiro ficam inelegíveis. A sentença será publicada nessa quinta-feira, quando começa a contar os três dias de prazo para recurso junto ao TRE.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi ajuizada pela Coligação "Coração de Campos" e pelo então adversário de Rosinha Garotinho na disputa à Prefeitura, Arnaldo Vianna. A juíza Gracia Cristina Moreira entendeu haver provas de que a prefeita e o vice eleitos haviam sido beneficiados por propaganda eleitoral irregular veiculada em meio de comunicação do grupo O Diário. Os radialistas teriam utilizado o espaço concedido por meio dos programas em que atuam ou são dirigidos por Anthony Garotinho para promover a candidatura de Rosinha.
A Câmara de Vereadores foi comunicada, por ofício, sobre o teor da decisão que cassa a prefeita Rosinha Garotinho. Como as irregularidades ocorreram antes da aprovação da Lei Complementar 135/10, a lei do "ficha limpa", a juíza Gracia Cristina Moreira aplicou o prazo de três anos de inelegibilidade, previsto no artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar 64/90.

Porque preservar é preciso

Em 1999, quando coordenava a restauração de vários movimentos de Magé, auxiliado pelo artista plástico e historiador Dario Navarro, um argentino que muito fez por Magé, o padre José Luiz Montezano escreveu algo que precisa ser relembrado hoje e posto em prática: “Cada época modela os monumentos que nos narram a história do povo, no momento em que os construiu: falam-nos eles de seu desenvolvimento, seus fatos notáveis, seu esplendor, suas aspirações ou sua tragédia.”
Escrevo esse artigo inspirado em mensagem a mim enviada agora pela manhã por uma professora amiga, muito comprometida com a questão cultural e que tem muito a oferecer ao município de Magé. Ela me escreveu sobre a primeira ferrovia do Brasil, que teve parte da área ocupada, o que resultou em prejuízos para a história e para o município, que teve parte do repasse do FPM penhorada para pagar uma multa judicial por descumprimento da sentença que determinou a retirada dessas pessoas. A professora me diz que “o problema é mais complexo do que se apresenta” e eu concordo com ela e reproduzo abaixo suas palavras.
“Inaugurada em 1854, a primeira Estrada de Ferro do Brasil levou o nome de Guia de Pacobaíba em homenagem a histórica igreja de N.S. da Guia de 1755. Estamos falando de história, ou melhor, de Patrimônio Histórico. Abandonado, dilapidado, destruído pela ação irresponsável dos que deveriam ser os guardiões dos bens públicos. No ano de 2002 um projeto de revitalização foi lançado através de convênio com o IAB, o BNDES, a Prefeitura e o Gov. do Estado. O problema das invasões já existia desde aquela época e a prefeitura se comprometeu a resolver a situação juntamente com o Sindicato dos Ferroviários. Na época, a então prefeita Narrimam Zito prometeu construir casas e transferir os invasores. Nada foi feito. O projeto foi arquivado. Os detalhes podem ser consultados junto aos arquivos dessas instituições e imprensa.
No governo Núbia não existiu nenhuma ação formal de recuperação da Ferrovia. Com o agravamento das relações de seu governo com o Estado, foi impossível estabelecer qualquer tipo de diálogo com os órgãos competentes. Simplesmente não existiu vontade política de ambas as partes. O patrimônio e o povo foram desconsiderados diante desse litígio. O governo Núbia nunca entendeu o significado do termo Cultura.
Em 2004, o INEPAC, órgão que representa o IPHAN no estado concluiu o Relatório de Inventário de Bens Culturais Imóveis, visando retratar o desenvolvimento territorial dos caminhos singulares do Estado do RJ. (Projeto patrocinado pela UNESCO). Esse relatório mostrou-se fundamental para conhecer o desenvolvimento e a formação do estado do RJ e conferir sentido histórico aos vestígios materiais mesclados ao tecido urbano, destituindo assim seu devido valor e significado.
Mas voltemos a Estação da Guia. Seu entorno continuou invadido por construções irregulares que se ampliaram e até uma empresa de grande porte (GDK) se instalou nos terrenos da ferrovia, com aval da prefeitura, fazendo uso inclusive de uma das residências da Estação. Era o governo realizando os sonhos empresariais às custas do povo. Neste momento, onde uma nova proposta de administração pública tem o apoio da grande maioria da população, o prefeito Nestor Vidal tem pelo caminho o desafio de tornar possível a recuperação prometida por seus antecessores e jamais cumprida, de devolver restaurado o Patrimônio Histórico e Arquitetônico do município. A tarefa não é simples. Acordos, negociações, investimento de recursos humanos e financeiros, projetos, planejamento e ações concretas sem improvisos, precisam ser feitos com urgência, sob risco do município perder em definitivo seu Patrimônio Cultural, testemunho de um país que” estava por se construir, onde tudo estava por fazer, onde tudo poderia ser”.
Em verdade, Magé infelizmente se encontra estacionada no tempo para ser inventariada, reconstruída, restaurada. Quem se habilita?



Proposta de aumento em Cachoeiras de Macacu

Recebi ontem à noite informações da assessoria do prefeito de Cachoeiras de Macacu, Rafael Miranda sobre o andamento das negociações com os profissionais da rede municipal de ensino que há quase um mês estão em greve. Os professores querem, além de aumento de salário, melhores condições de trabalho. Os profissionais que me escrevem reclamam de intimidação e falta de diálogo. O governo me responde que "o diálogo está aberto e que não existe nenhum tipo de ameaça contra os professores".
Recebi também uma tabela com a proposta salarial, que apresenta quatro escalas de reajustesw, com valores programados para outubro, novembro, dezembro e março de 2012. A tabela fixa percentuais de 24% agora em outubro, 2% em novembro, mais 2% em dezembro e 5% em outubro, o que até agora não agradou aos grevistas, pois mesmo com reajuste a categoria em Cachoeiras de Macacu, que teve aumento de 8% em janeiro desse ano, continuaria com o pior salário do estado.
Segundo a tabela o professor II, referência 6, que hoje tem salário de R$545, receberia R$675,80 em outubro, R$689,22 em novembro, R$708,10 em dezembro e R$738,26 em março, enquanto que professor II, referência 7, com os mesmos R$545 hoje, teria R$750,14 em outubro, R$765,14 em novembro, R$780,44 em dezembro e R$819,47 em março. Essas duas referências têm o salário mais baixo hoje.
A informação que recebi do governo apresenta uma tabela com referências de 6,7 e 8 para professor II e 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16 para professor I. Pela tabela, o professor II com maior recebe hoje R$ apenas 585,47 e passaria para R$909,61 em março. O professor I referência 16 ganha hoje R$1919,40 e receberia R$2.866,86 em março.
Sinceramente espero que as negociações estejam mesmo acontecendo e que o desfecho seja breve e bom para todos.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Uma cidade doente

Belford Roxo, uma das piores cidades do estado em qualidade de vida, está muito mal das pernas. Dizem por lá que para a gestão do prefeito Alcides Rolim (PT), ficar ruim precisa melhorar muito. Rolim é médico e entrou para a vida pública como vereador. Foi deputado estadual e acabou eleito prefeito em 2008 numa campanha embalada por um jingle cujo refrão dizia assim “Chame o doutor”. Os eleitores chamaram e se deram mal. O município vai de mal a pior. Tem muita gente mandando, ninguém obedecendo e o dinheiro público escoa fácil, indo para ninguém sabe onde.
De janeiro de 2009 a julho desse ano o município recebeu quase meio bilhão de reais em repasses federais, exatamente R$473.644.803,85, sendo que boa parte disso veio para o setor de saúde que está em estado gravíssimo. A saúde pública agoniza, mas as unidades particulares, principalmente as chamadas casas de saúde, estão indo muito bem, obrigado.
O que se pergunta hoje é onde e em que o prefeito Alcides Rolim está enfiando o volume de recursos que a Prefeitura arrecada todos os meses, já que nada acontece. As poucas obras realizadas foram feitas pelo governo estadual, o dever de casa não é feito pelo prefeito e a Câmara de Vereadores nada faz para fiscalizar a aplicação dos recursos.
Acho que depois de chamar o doutor a população de Belford Roxo terá de chamar outro doutor, dessa vez um promotor de Justiça para enquadrar o prefeito nos rigores da lei.



Vergonha em Macacu

O prefeito de Cachoeiras de Macacu, Rafael Miranda alega que não tem como atender as reivindicações dos professores da rede municipal de ensino porque um aumento agora comprometeria o orçamento. Os repasses do Fundeb mostram o contrário. O dinheiro repassado pelo governo federal entra nos cofres da Prefeitura todos os meses e parte dele é para completar os vencimentos da categoria.
Só este ano os repasses chegaram a R$ 1,3 milhão, um reforço e tanto.  O fato é que Rafael não parece disposto a pagar melhor os professores do município, que tem o pior salário do estado. Ontem uma professora me escreveu dizendo que seu contracheque de agosto veio com R$485 líquidos. Isso, senhor prefeito, é uma vergonha.



Efeito Cozzolino ainda afeta finanças

A Justiça Federal bloqueou parte da parcela do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) destinada a Magé este mês para garantir o pagamento de uma multa de R$187 mil emitida contra a ex-prefeita Núbia Cozzolino, por descumprimento de decisão judicial. Atendendo a ação proposta pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Justiça determinou que a Prefeitura providenciasse a remoção dos invasores que ocuparam parte da área da primeira ferrovia do Brasil, tombada pelo Iphan, mas a decisão não foi cumprida.
A nova administração fez um acordo e parcelou a multa para que o repasse do FPM seja liberada pela Justiça. A procuradoria do município já foi acionada para que a ex-prefeita faça o pagamento do valor da multa. De acordo com levantamento feito pela nova gestão, existem várias multas judiciais aplicadas contra a Prefeitura, o que poderá comprometer parte das finanças da municipalidade.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Uma conversa sobre Núbia

Hoje pela manhã conversei bastante  com um colega de profissão que atualmente trabalha em Teresina, lá no longínquo Piauí e, entre um assunto e outro, ele tocou no nome da ex-prefeita de Magé, Núbia Cozzolino. Luiz Miguel, ex-companheiro de redações no Rio, me dizia ter ficado chocado com aquelas cenas que a televisão mostrou para o mundo inteiro: Núbia, visivelmente transtornada, correndo e gritando em praça pública, causando grande alvoroço em frente ao Palácio Anchieta, sede do governo que foi seu por quase cinco anos. Miguel concordou comigo quando escrevi aqui que ela merecia um final de carreira mais honrado, não pelos escândalos, pelas irregularidades apontadas pelo Ministério Público e as denúncias de corrupção, mas pelo que fez em termos de obras. Sempre afirmei aqui e em converas com amigos que Núbia foi a melhor prefeita que Magé já teve em se tratando de obras físicas, mas o que joga tudo por terra são os poréns...
A conversa ganhou vários contornos até que meu visitante falou: “Mas ela está sendo apedrajada sozinha. Não vejo ninguém apanhando junto com ela. Será que ela agiu só nesse tempo todo? Cadê os que se beneficiaram dos atos a ela atribuídos? Não vejo nada sobre eles, sequer escuto os nomes deles”.
A ponderação de Luiz Miguel me fez parar para pensar que Núbia apanha em todos os setores, mas os que dela se serviram passam despercebidos e hoje fingem até que não a conhecem. Fogem dela como se temessem um contagio. Núbia matou a sede e fome de poder de muitos, assim como pôs comida na mesa de muita gente. A coisa era mais ou menos assim: “Não quero ela perto de mim, mas quero os votos que ela puder me arrumar”. Tem ainda os que falavam assim: “Ela pode ser o que for, mas pode nos render muitos votos e é isso que interessa. O resto é problema da Justiça e do povo de Magé que vota nela e em quem ela apresentar como candidato”.
Encerrei a conversa dizendo que até 31 de julho desse ano era assim mesmo que se pensava e que agora ela foi deixada a própria sorte, pois foi abandonada por aqueles que dela e de seus atos se serviram por muitas vezes. Eu, aqui no meu canto, mesmo massacrado pelos que pensam ao contrário, continuo achando que ela, em termos de obras, foi a melhor prefeita que Magé já teve e que o problema são mesmo os poréns.


Clima de conflito em Macacu

Está muito difícil a situação dos professores da rede municipal de ensino de Cachoeiras de Macacu. A categoria está em greve a quase um mês e nada de diálogo. O prefeito Rafael Miranda se recusa a atender as reivindicações e a proposta de aumento apresentada por ele é de R$0,35. Professores me escreveram ontem dizendo que já começaram a receber ameaças e que alguns profissionais montaram acampamento ao lado da sede do governo, mas isso parece nada dizer ao prefeito, que não dá a mínima para a situação dos alunos.
Quando escrevo que os professores de Cachoeiras de Macacu tem o pior salário do estado o prefeito e seus assessores ficam furiosos. Alguns dos aspones dele me escrevem de volta falando besteiras em vez de explicar esse descaso do governo para com a educação. Goste o prefeito ou não, o fato é que tem muitos profissionais de ensino na cidade recebendo liquido R$ 485 por mês. Se eu fosse Rafael Miranda teria vergonha de me apresentar como prefeito de uma cidade que fecha os olhos para a educação.



Uma parceria de verdade

O prefeito de Magé, Nestor Vidal, assina hoje à tarde, com a Caixa Econômica Federal, Petrobras, Ministério das Cidades e Fundação Getúlio Vargas um convênio que vai beneficiar bastante o município. A proposta é ajudar as cidades no entorno do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), que está sendo implantado pela Petrobras em Itaboraí. Pelo convênio Magé será beneficiado com assistência técnica e capacitação para viabilizar a implantação de infraestrutura, além de receber assistência técnica e ter fortalecida a capacidade de obter financiamentos, desenvolver projetos e obras de infraestrutura urbana e social.
A necessidade dessa ajuda foi constatada devido às grandes dificuldades encontradas pelos municípios ao formular e desenvolver projetos com os recursos disponibilizados pelo governo federal. Segundo a Caixa, 40% dos projetos contratados pelas prefeituras estão suspensos por causa de uma série de pendências. No caso de Magé a situação é muito pior, pois a indimplência é também com órgãos estaduais.
Esse convênio prevê, além da assistência técnica para os projetos prioritários, a capacitação das equipes gestoras para aprimorarem a competência necessária para a obtenção de recursos, aquisição de projetos básicos, negociação de financiamentos e aquisição de bens e serviços necessários à implantação dos projetos, em todas as suas fases. Para receberem a assistência técnica e a capacitação, os municípios deverão assinar um termo de adesão com o Ministério das Cidades e é exatamente isso que o prefeito Nestor Vidal vai fazer hoje.



domingo, 25 de setembro de 2011

Ressonância magnética de graça em Magé


A partir de amanhã os moradores de Magé poderão fazer exames de ressonância magnética gratuitamente. O Serviço de Ressonância Móvel estará funcionando na Praça Nilo Peçanha, em frente à Prefeitura, onde permanecerá até o dia 10 de novembro, compromisso firmado entre as secretarias municipal e estadual de Saúde. A Ressonância Móvel de Alto Campo 1,5T (tesla) tem capacidade para realizar 30 exames diários. A triagem para a marcação será feita na Secretaria Municipal de Saúde que fica na Rua Domingos Belizze, 236, Centro, Magé. Os interessados devem levar o pedido do médico, documento oficial com foto e comprovante de residência.

O resgate de Magé

Muito antes de a Justiça determinar a eleição suplementar eu dizia aqui que Magé precisava ser repensado e não vejo saída que não a do resgate. Veio o pleito e a vitória esmagadora. O prefeito Nestor Vidal foi consagrado nas urnas, eleito pelo voto consciente, pelo voto da revolta e até pelo voto útil, aquele em que o cidadão materializa o seguinte pensamento: “Vou votar nesse porque ele vai vencer e eu não quero desperdiçar o meu voto”. Bom, o resultado foi mesmo incontestável, embora ainda tenha perdedor chorando pelos cantos e mentindo para si mesmo: “Vou anular essa eleição!”.
 O que percebo nas mensagens que recebo todos os dias é que cada um quer um resgate diferente. Uns entendem que o resgate, o “repensar Magé”, é empregar o maior número de pessoas numa Prefeitura atolada em problemas e emperrada por irregularidades. Outros dizem que a solução para o município está na demissão daquela diretora de escola só porque não gosta dela. Tem também os que acham que resgatar é deixar que as unidades do Programa Saúde da Família continuem geridas por quem não entende nada do assunto, mas está “habilitado” pela indicação do vereador fulano e existem muitos que acham que o principal ponto da mudança seria a realização de um concurso público ainda este ano, como se houvesse tempo legal para isso. Amigos, o resgate consiste em mudar tudo o que estiver errado, não importando se isso vai desagradar aliados ou oposicionistas.  Quem tem de gostar do resgate é o coletivo e não os individualistas, mas tem um problema: o diferencial não pode surgir como por encanto. Vem do trabalho e esse é árduo e sem hora marcada para terminar.
                O desemprego é terrível. Impede que o cidadão cuide de sua família com dignidade, joga a pessoa para baixo e cria sérios problemas sociais, mas no caso específico em que estou falando, faz parte da correição. Corrigir o funcionamento do PSF, por exemplo, vai gerar demissões sim, mas paralelo a isso a equipe envolvida na reestruturação do programa está buscando alternativas para os agentes comunitários que estão saindo por não se enquadrarem no que determina o Ministério da Saúde. Os médicos Andréia de Andrade Dias e Filipe Velasques Machado são os coordenadores técnicos e trabalham essa proposta.
                A palavra resgate soa como ataque nos ouvidos dos que defendem o quanto pior melhor e não faz efeito algum nos que entendem que resolver situações pessoais seria o maior feito da mudança. Eu recebo essa palavra em sua acepção, que nesse caso significa dizer trabalhar muito e de maneira séria para que o amanhã seja bem melhor que o hoje.

sábado, 24 de setembro de 2011

Porque nunca é tarde para reconhecer...

Li hoje pela manhã uma mensagem enviada pelo produtor cultural Manoel de Almeida Bonifácio, que há 40 anos reside em Mauá, no quinto distrito de Magé. Ele me chama a atenção para algo que não vem sendo levado muito em conta ultimamente, o reconhecimento. ”A final de contas o que é reconhecimento? Ou será que tem alguém que se importa com isso?”, ele indaga. Me fala de José Anjo, que faleceu aos 93 anos; de dona Sebastiana, de São Francisco, a rezadeira do lugar e cita João Esmael, ainda vivo. Essas, pelo que entendi, ajudaram, cada uma a seu modo, a escrever a história do lugar.
Manoel me diz também do “já esquecido na história”.  João Antonio Guaraciaba, que nasceu no dia 20 de setembro de 1850 e morre com 126 anos, deixando o ex-escravo reprodutor mais 300 filhos em Magé. “Conheci o velho João, ainda ouço a voz do velho, parece que foi ontem quando nos reuníamos embaixo de uma amendoeira, ainda de pé próximo a estação ferroviária. Com sua voz rouca contava suas histórias, sempre alegre e sorridente pitando o seu cachimbo. Lembro-me muito bem quando o velho falava para nós sobre os nomes: Guia de Pacobaíba, Gereré, Piabetá, Mauá, Salgado, Bongaba, Canela Preta, em fim, uma série de nomes com seus significados e fundamentos, mas o que ainda não entendi é porque o velho sempre afirmava que ‘’Magé’’ é o reduto da cobrança espiritual. Será que tem alguma coisa com o com que está acontecendo? É meu velho João... sábias palavras só falta agora o reconhecimento.”
O relato de Manoel me dá uma sugestão. Caros amigos, postem comentários sugerindo nomes de personalidades ligadas ao município e a seus movimentos culturais ou comunitários para serem homenageados nomenando prédios públicos. Vamos iniciar então, aqui e agora, uma campanha pelo reconhecimento. 

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Educadores darão nomes a escolas de Magé

Em reunião nessa sexta-feira com diretoras das unidades da rede municipal de ensino, o prefeito de Magé, Nestor Vidal informou que as escolas que tiveram os nomes tirados por força de uma decisão judicial serão “rebatizadas” com nomes de educadores. Vidal se reuniu com as diretoras para esclarecer as mudanças que estão sendo adotadas para que seja oferecido ensino de qualidade.
O prefeito afirmou que as substituições no quadro pessoal foram necessárias “porque pessoas despreparadas para o cargo de diretor de escola não poderiam continuar na função”, pois, segundo afirmou, “não estavam realizando o necessário exigido pelo cargo”. Vidal disse que mesmo tendo feito trocas por pessoas qualificadas, estará aberto a mais mudanças se os profissionais não corresponderem a expectativa.
“Vamos ter bom senso para fazer obras nas escolas e ter profissionais trabalhando nelas. Além disso vamos trocar o nome das escolas por nomes de grande educadores da nossa história ou de pessoas importantes para a região onde está a escola, não por nomes de políticos. Algumas escolas vão ter seus nomes originais resgatados e caberá às diretoras e a comunidade local entrarem em um acordo para resgatar um pouco da história e homenagear quem realmente merece”, concluiu o prefeito.

A verdade relativa

“Uma abóbora é uma abóbora porque estabeleceu-se esse nome para o tal fruto, mas pode não ser uma abóbora.” Papo louco esse, não? Pois é, mas os filósofos dizem que é filosofia pura, coisa de pensador. Estou falando desse jeito meio louco para explicar o comportamento daqueles que vêem uma coisa, tocam nessa coisa, identificam-na como a tal coisa, mas dizem que ela é outra coisa, mas não é a coisa.
Esquisito, não? Dou essa complicada toda para chegar ao caso da suposta falta de merenda nas escolas da rede municipal de ensino. A comida está na mesa, as crianças estão se alimentando, mas o pensamento “relativo” vai determinar que aquilo não é merenda. Sabem por que? É que para os descontentes com a alternância no poder a verdade é a aquela que eles, por motivos estranhos aos interesses da população, precisam acreditar.
Me falam muito sobre demissões e para responder aos questionamentos tenho de me aprofundar no assunto. “Ah, estão demitindo dedicados agentes comunitários de Saúde”. É verdade, amigos, isso está ocorrendo sim. Se são dedicados ou não essa substituição tem de ocorrer e não é por questão política. É preciso legalizar o Programa Saúde da Família e a Secretaria de Saúde me informa que não demitiu nenhum agente que esteja dentro do que o Ministério da Saúde determina. Tem médico protestando porque perdeu o emprego no PSF. Queria o que? Ficar recebendo como profissional de PSF e atuar como médico plantonista?
Amigos, as regras do PSF dizem que o profissional tem de trabalhar de segunda a sexta, oito horas por dia e que essa carga horária tem ser cumprida em uma única unidade de atendimento e quando foram pegos no contrapé alegaram que estavam ausentes porque trabalhavam em várias unidades do programa ao mesmo tempo. Bem, agora virão os defensores da “verdade relativa” a dizerem que “é, mas não é”.
O ouvir dizer para muitos é verdade absoluta e para esses mesmos muitos a palavra projeto soa como embromação e a mudança é ruim porque não lhe encaixou como solução pessoal. Tem gente que me escreve se dizendo decepcionado porque não conseguiu a direção daquela escola ou o comando daquele posto médico. Amigos, a mudança tem de ser boa é para o coletivo e não para o interesse pessoal de cada um que saiu às ruas pedindo votos. Entendo que a mudança tem de estar muito acima da nossa visão pessoal. Se não pensarmos em termos gerais jamais conseguiremos ver o despontar de um novo horizonte.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Que venha a surpresa

Me disseram ontem que a surpresa prometida aos professores de Guapimirim para o dia 15 de outubro será boa. Eu torço para que isso seja verdade, pois as coisas não podem continuar do jeito que estão. Também espero que a administração municipal tenha uma boa noticia para aqueles profissionais que foram demitidos por terem sido aprovados em concurso público supostamente irregular e ganharam na Justiça o direito de retornar.

Dois de fora
E por falar em Guapimirim, me informaram ontem que a ex-primeira-dama de Magé, Alessandra Dias Pacheco, a Lelê, estaria transferindo seu domicílio eleitoral para Guapimirim, onde disputaria o mandato de vereadora em 2012. A mesma fonte me revelou que o vereador de Magé, Genivaldo Ferreira Nogueira, o Batata, estaria pretendendo fazer o mesmo. Não acredito nisso, pois poderia implicar na perda do mandato. Quanto a Lelê, ela pediu, na última terça-feira, sua desfiliação do PMDB. Isso eu posso garantir, pois vi o documento apresentado por ela.

Emop instala base em Magé para acelerar projetos

A Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), instalou uma base em Magé para auxiliar as secretarias de Habitação e Obras na elaboração dos projetos definidos para serem executados no município através de uma parceria firmada entre o prefeito Nestor Vidal e o governador Sergio Cabral. Parte da equipe chegou ontem e foi apresentada ao prefeito, começando a trabalhar hoje mesmo. A previsão é de que o Magé receba até o final do próximo ano cerca de R$ 100 milhões em obras de infra-estrutura, unidades de saúde e moradias. A primeira Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA), será construída na Avenida Santos Dumont, próximo ao fórum de Piabetá.
Além da presença da Emop na cidade, o governo estadual montou uma verdadeira força tarefa para ajudar a Prefeitura na solução das pendências que impedem que recursos financeiros cheguem ao município. Por conta da situação de inadimplência a Prefeitura não recebe dinheiro diretamente para obras. Todos esses projetos serão feito a partir de convênio, com o governo estadual licitando e pagando as obras.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Gente, mentira não vale

Recebi entre segunda-feira e ontem várias mensagens anônimas dizendo que está faltando merenda nas escolas da rede municipal de ensino de Magé. Fui conferir e hoje conversei sobre o assunto com a secretária de Educação, Sandra Mara Brito e o que constatei é que o abastecimento está normal. “Não houve falta de merenda um dia sequer. Os alimentos estão sendo entregues normalmente, inclusive as frutas. Quem diz o contrário está querendo tumultuar as coisas”, me disse a secretária.

Piabetá discute hoje a revisão do IPTU

Acontece hoje, as 19h, no Colégio Mileniun, na Rua Brasil, em Piabetá, a segunda audiência pública promovida pela Secretaria Municipal de Fazenda para discutir a revisão dos valores do IPTU a partir de 2008. Estão convidados representantes das associações de moradores, Clube dos Diretores Lojistas, OAB, Maçonaria e Rotary Clube. Outros encontros acontecerão em Mauá, Surui e Santo Aleixo em datas ainda a serem marcadas.

Uma despretensiosa análise sobre Guapimirim

Conheço a história política de Guapimirim desde o movimento emancipacionista. Em 1989, então repórter do centenário O Fluminense, cobri as primeiras reuniões da comissão pró-emancipação e acompanhei do plebiscito à instalação do município, com a posse do primeiro prefeito e dos nove vereadores. Muita coisa mudou desde então e não se pode negar que os ex-prefeitos Nelson do Posto e Ailton Vivas, com dois mandatos cada um, contribuiram bastante. Nelson, por ter sido o primeiro gestor, teve um destaque maior, pois foi a partir dele que o município ganhou infra-estrutura. Porém, os tempos hoje são outros...
Renato da Costa Mello Júnior, o Júnior do Posto, não imaginava ser prefeito um dia. O cargo caiu em seu colo em 2008, mais um presente do tio Nelson, que, costumo dizer, elegia até um poste se nele colasse sua imagem. Vice de Nelson, Junior tornou-se candidato a prefeito 48 horas antes do pleito. Nelson foi impugnado e o 15 passou a valer como legenda para Junior. Não deu outra: mais uma vitória dos “do Posto”. Mas e hoje? Bem. Hoje é outra história.
Junior governa tranquilamente. Tem a maioria na Câmara e grandes chances de fazer o sucessor caso não dispute a reeleição. O que se fala hoje é que ele não estaria interessado no segundo mandato e que lançaria Ismeralda Rangel Garcia, seu braço direito, que disputaria pelo PMDB. Seria a continuidade dos “do Posto”? Talvez, pois a ex-primeira-dama Nilda, viúva de Nelson, acaba de entrar para o PP e sua candidatura seria um racha que ajudaria bastante a oposição, pensam os analistas de plantão.
Mas quem é oposição em Guapimirim? Ailton Vivas, cheio de incertezas e problemas jurídicos? Joselito Tringuelê, um estranho no ninho que debutou na política como candidato a deputado estadual no ano passado ou Paulo Micena, figurante a cada pleito? Acho que primeiro as lideranças locais precisam definir o que é oposição e depois pensar em vencer a situação. Bem, mas isso é o meu ponto de vista. O que vale mesmo é o desejo do guapimiriense.



Na briga por mais boquinhas

Para surpresa geral dos eleitores, vereadores de vários municípios fluminenses resolveram fixar em número menor que o teto assegurado pela emenda constitucional que autoriza o número de componentes das câmaras municipais de todo o país a partir das eleições de 2012, mas os partidos políticos não gostaram da coisa. Estão achando pouco e até os radicais como PSOL e PSTU estão querendo se queixar ao papa.
Magé e Cabo Frio, por exemplo, poderiam ter 21 vereadores em janeiro de 2013, mas fixaram em 17 o número de cadeiras. Foi uma decisão sensata, mas alguns partidos querem o teto máximo e anunciam que recorrerão à Justiça para isso. Além de incoerentes essas lideranças dessas legendas lêem uma coisa e entendem outra, pois a emenda sugere até 21 vereadores para essas cidades e não determina que sejam 21 vereadores. Portanto, a fixação foi legal. Entenderam que a emenda fixa o número máximo, o que não é verdade.
Essa briga por umas cadeiras a mais nas câmaras municipais está ocorrendo ainda em vários outros municípios, com os dirigentes partidários andando na contramão. Estranho seria o contrário, não? Esses dirigentes são políticos e os políticos brasileiros fazem qualquer coisa por uma boquinha, não é?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Temporários nas vagas dos concursados

O prefeito de Belford Roxo, Alcides Rolim (PT), resolveu aloprar de vez. Está se lixando para o Ministério Público e não dando a mínima para a Justiça. Para mostrar que manda e quem quiser que o obedeça, resolveu contratar professores temporários em vez de empossar os profissionais aprovados no concurso realizado em janeiro desse ano. As contratações, reclamam os preteridos, acontecem para atender aos pedidos de emprego feitos por vereadores.
Ontem os aprovados saíram às ruas em manifestação. Reivindicam a posse imediata como estava prevista no edital do concurso e a substituição dos contratados. Vaga na educação de Belford Roxo é o que não falta. Recentemente foram criadas mais 1.285 para serem preenchidas através de um novo concurso. Mas como, se os aprovados em janeiro não foram postos trabalhar até hoje? Pergunta de difícil resposta essa. Vá saber...
O concurso de janeiro foi para o preenchimento de 409 vagas. Dos aprovados 218 foram chamados e submetidos a exames médicos. Entregaram a documentação exigida, mas trabalhar que é bom mesmo, nada. O que o prefeito está pensando da vida eu não sei, mas o Ministério Público já sabe o que fará para garantir o direito dos aprovados.


Os efeitos da mudança

Amigos, os ventos da mudança que sopraram sobre Magé e formaram um vendaval de votos, parece ter mexido bastante com a cabeça do presidente da Câmara de Vereadores, Anderson Cozzolino, o Dinho. Esse vereador nunca se preocupou em fiscalizar nada, jamais voltou seus olhos sobre os atos do Poder Executivo quando esses eram perpetrados por sua irmã, a ex-prefeita Núbia Cozzolino, nas agora mudou de postura. Que bom que ele resolveu assumir o verdadeiro papel de um membro do Poder Legislativo, o de fiscal dos interesses do povo.
Ontem Dinho esteve na Comissão Permanente de Licitação, o setor de compras da administração municipal, prometendo fiscalizar tudo, tintim por tintim. Gostei muito disso e acho que os demais membros da Câmara de Vereadores deveriam seguir o exemplo do presidente da Casa, pois se esses tivessem agindo assim antes muita coisa errada poderia ter sido evitada. Magé não teria sido destaque no noticiário policial e a população teria hoje melhor qualidade de vida.
Sinceramente bato palmas. Felicito a Dinho por essa mudança de comportamento. É isso mesmo, presidente, o povo de Magé precisa saber onde e em que o suado dinheiro do contribuinte está sendo gasto.



segunda-feira, 19 de setembro de 2011

“Danem-se os concursados...”

A maneira como o prefeito Rafael Miranda vem conduzindo as coisas em relação ao movimento por reajuste salarial e melhores condições de trabalho na rede municipal de ensino de Cachoeiras de Macacu mostra falta de preparo. A arrogância do governo para com os profissionais de ensino é muito clara. O prefeito não faz a menor questão de esconder isso. Quando ele oferece R$0,35 de aumento é como se ele dissesse assim: “Danem-se vocês, Meus filhos não precisam da rede pública mesmo!” Ou então isso: “Só pago isso e quem não quiser aceitar que peça para sair, pois tenho muitos contratados para por no lugar”. Aliás, contratado é o que não falta e não apenas em Macacu.  Os vereadores, essa raça de parasitas, sempre aparecem com uma listinha de reserva para apresentar ao prefeito nessas horas.
          No município de Magé, por exemplo, se todos os professores – entre efetivos e contratados – comparecerem para dar aula faltarão escolas e alunos. Tem gente demais. No mês passado o que apareceu de gente estranha se apresentando nas escolas e na Secretaria de Educação não está no gibi. Onde estavam, lecionavam onde? Estima-se que estejam sobrando atualmente pelo menos uns 500 professores. Esse número só poderá ser conhecido com exatidão depois do recadastramento. O fato é que o ensino público, para muitos governantes, virou cabide de emprego e isso precisa ser revisto e não importando o preço a pagar.
          Em Belford Roxo o caso é de policia. O prefeito Alcides Rolim promoveu um concurso público em janeiro, convocou pouco mais de 200 e esses estão esperando até hoje pela posse. As vagas estão preenchidas por professores contratados indicados por vereadores e tudo indica que a coisa ficará assim mesmo.

domingo, 18 de setembro de 2011

Assim é se lhes parece

Atingimos hoje, às 21.24 a marca de 75 mil comentários postados em matérias aqui veiculadas. É claro que apenas cerca de 30% dessas mensagens puderam ser veiculadas, o que não nos impediu de avaliar o pensamento de nossos leitores. As opiniões agressivas, os palavrões, os xingamentos mostram a revolta de um povo que resolveu dizer basta! Também vieram muitas agressões pessoais e essas estão arquivadas numa pasta à parte, pois as recebemos como troféus. Descobrimos que estávamos no caminho certo quando passamos a ser alvo dessas agressões. Tem cada uma... ao todo são 517. Quando me xingam, sei que toquei exatamente na ferida...
Tem leitor que me pede para tornar público os comentários não veiculados. Não posso fazer isso. Tratam-se de ataques pessoais, ofensas gratuitas e acusações infundadas. Temos responsabilidades, amigos. A internet não é um território livre onde se pode sair por ai confundindo liberdade com irresponsabilidade. Existem conseqüências. Aí me dizem que “quem fala a verdade não merece castigo” e eu respondo como uma indagação: Que verdade?
O elizeupires.com veio para ficar. É um espaço aberto na defesa da democracia, da justiça, dos menos favorecidos, dos direitos de cada um. Nosso compromisso é com os fatos e não com as suposições. As opiniões são muito bem vindas, mas uma coisa é opinar sobre o que escrevi e outra muito diferente é falar do que não pode ser provado só para descontar a raiva sentida pelos personagens das minhas matérias. Tenho notado que nos últimos dias os comentários estão menos pesados. Fico feliz com isso e espero que as coisas continuem assim. 

Vilipêndio aos mortos

Que em Magé se verificou, ao longo dos últimos anos, grande desprezo aos vivos, com os direitos fundamentais sendo desrespeitados, escândalos, desvio de verbas públicas e denúncias de corrupção todos estão cansados de saber. Lemos isso em processos, inquéritos e páginas de jornais, noticias de um tempo muito recente que muito incomoda e revolta as pessoas de bem, mas o que vou noticiar agora retrata o mais odioso dos vilipêndios: o desprezo aos mortos.
O Ministério Público está apurando denúncias de que restos mortais foram retirados de pelo menos dois cemitérios municipais - os de Bongaba e Suruí - e jogados nos rio. Fundamentada com fotos e depoimentos, a denúncia dá conta que ossos humanos eram descartados como lixo em Magé e esse descarte estaria acontecendo para abrir espaço para um outro crime: o aluguel ilegal de gavetas para receber novos mortos. Essa “locação” de espaço nos cemitérios é objeto de outra investigação que está sendo feita pela Procuradoria Geral do Município, que vai entregar ao Ministério Público o relatório do que for apurado.
Crime na lei dos homens e pecado pela lei de Deus, o vilipêndio aos mortos vai muito além disso. Mostra que os valores morais, éticos e religiosos foram fortemente abalados nesse município, que precisa mesmo ser repensado a partir de agora. Quem não respeita os direitos dos vivos e se acha no direito de descartar restos mortais como se fossem lixo não pode viver em sociedade.


sábado, 17 de setembro de 2011

Saúde levada a sério

Enquanto os “especialistas” vão dando “piruadas” e forçando a barra para se apossarem das unidades médicas para continuarem fazendo delas comitês eleitorais, a nova equipe que comanda a Saúde no município de Magé vai delineando o caminho e pelo que já vi, a população ficará contente com o que está vindo por aí. Creio que os únicos a ficarem chateados com as mudanças são os políticos que acham que ser vereador é ser “dono” de PSF e escolas.
Ainda este ano, por exemplo, entrará em funcionamento o Centro de Especialidades Ambulatoriais, que contará com vários médicos especialistas e inúmeros outros profissionais. As obras da primeira UPA começam daqui a pouco, assim como as de duas UBS. O município vai ganhar ao todo quatro Unidades Básicas de Saúde de grande porte e com ótima infra-estrutura.
Essas UBS operação com quatro equipes de PSF cada uma e seguirá o No entanto, serão inauguradas quatro Unidades Básicas de Saúde  (UBS) de grande porte em Magé o modelo da Clínica de Família do Rio.

Comunicado

Durante todo o dia de ontem tivemos problemas com a nossa rede e por esse motivo a maioria dos comentários foi postada com longo atraso. A situação acaba de ser normalizada. Pedimos desculpas aos nossos seguidores e nos colocamos a disposição de todos hoje sempre.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Como eles são insistentes...

Amigos, sabem aqueles mais de 80 mil votos que o prefeito de Magé, Nestor Vidal conquistou nas urnas na eleição suplementar de 31 de julho? Pois é, para o procurador da Câmara Municipal, Fernando Abraão, defensor ferrenho do que ele supõe ser direito de seu patrão, o ex-prefeito interino Anderson Cozzolino, o Dinho, não valem de nada.
Nessa segunda-feira Nestor terá de ir à Brasília para assinar uma procuração para que seja apresentada defesa em um processo que deverá ser julgado na quinta-feira. Abraão, aquele mesmo que achou que a Lei Orgânica vale mais do que a Constituição, petrende anular a eleição de Nestor.
Essa é a segunda tentativa dele e já tem gente rindo da pretensão desse rapaz, que deverá levar pau de novo. Espera-se que dessa vez ele aprende, pois o prefeito tem uma cidade problemática para adminstrar e não pode ficar perdendo tempo com esse tipo de coisa.


quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Quando outubro chegar...

Os professores da rede municipal de ensino de Guapimirim estão esperando para o próximo mês uma grande surpresa. Resta saber se será boa, mais ou menos ou ruim. A categoria foi avisada de que no dia 15 de outubro terão “uma grande novidade”. Eu, particularmente, torço para que seja coisa boa, tipo plano de carreira, aumento de salário e o compromisso de que a partir de agora poderão contar com diálogo franco e aberto, mais respeito por parte do governo, acompanhado daquele merecido auxílio transporte. Dinheiro para isso a Prefeitura tem, pois os repasses do Fundeb não falham nunca.  Em julho o repasse foi de em Julho R$ 1.234.340.48 e no mês passado a Prefeitura recebeu R$ 1.346.498,00. São quase R$ 16 milhões ao ano, portanto, excelentíssimo senhor prefeito, é só mandar ver.


Uma assistência nada social

A Procuradoria Geral de Magé está examinando processos relativos à Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social que mostram que nem os recursos destinados a projetos em benefício aos menos favorecidos eram aplicados devidamente. Em pelo menos um caso a entidade que deveria receber um repasse mensal não saberia da existência dessa verba. Em outra situação está sendo investigado o mau uso do dinheiro liberado para despesas imediatas, o chamado pronto pagamento, uma quantia relativamente pequena, o que serve para exemplificar que a malversação do dinheiro público, desvio de recursos, ocorriam no atacado e no varejo na administração municipal.
Nesse caso o valor é de cerca de R$ 30 mil e pelo que foi apurado até agora servidores da secretaria assinavam comprovantes de despesas que não teriam sido executadas, supostamente por ordem do então titular do órgão, Jorge Cosme Martins, o Jorge Cosan. As irregularidades estão sendo levadas ao conhecimento do Ministério Público e pelo menos o dinheiro relativo ao pronto pagamento terá de ser devolvido. De acordo com a alegação dos servidores, eles assinavam os documentos porque eram informados de que isso “era de paxe”. Os servidores não têm condições de devolver o dinheiro e, pelo que se sabe até o momento, não teriam sido eles os beneficiários desse desvio.
A Procuradoria Geral do município está fazendo uma devassa em todos os processos de despesas e até na folha de pagamento da secretaria. As investigações apontam que funcionários de uma rádio que chegou a ser interditada em julho e que seria de propriedade do ex-secretário, recebiam salário da Prefeitura e estavam lotados na Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social. Outra denúncia que está sendo investigada aponta para possível cobrança ilegal de aluguel de “gavetas” nos cemitérios municipais.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Nilda entra para o PP e quer governar Guapimirim

Convidada pelo prefeito de Duque de Caxias, José Camilo dos Santos, o Zito, a ex-vereadora e ex-primeira-dama de Guapimirim, Nilda Machado Orsi, a Nilda do Posto, filiou-se ao Partido Progressista (PP), com vistas à eleições municipais de 2012.  Nilda foi recebida ontem no gabinete de Zito, que prometeu caminhar com ela durante a campanha.
A viúva do ex-prefeito Nelson da Costa Mello, o Nelson do Posto, é pré-candidata a Prefeitura, numa disputa que deverá ter ainda Ismeralda Rangel Garcia (PMDB), Joselito Tringuelê (PSB) e Paulo Micena (PV).
O ex-prefeito Ailton Vivas está buscando resolver questões judiciais para também poder ser candidato. Ele, que inicialmente estaria tentando uma aproximação com Ismeralda, filiou-se ao PT e está confiante numa nova candidatura. Ailton, foi vice de Nelson em 1992 e já exerceu dois mandatos de prefeito.



Nilda do Posto quer fortalecer o partido para 2012




Apostando na memória curta?

Vocês se lembram da Operação Uniforme Fantasma, realizada pela Draco e o Ministério Público no dia 24 de janeiro de 2008? Pois é. Tem gente que não deveria esquecer nunca, pois foi preso naquele dia juntamente com secretários municipais, empresários e advogados, mas demonstra não se lembrar mais do fato.
Estou falando do empresário do ramo de confecções, membro da Igreja Universal do Reino de Deus e atualmente vereador em Guapimirim, José Carlos Benevuto, o Carlinhos da Malha, cuja ronda que vem fazendo na sede da Prefeitura de Magé tem preocupado a muitos dos que querem afastar de vez os fantasmas do passado e viver realmente uma nova era.
Naquela operação - que gerou um volumoso processo criminal sobre fraudes em licitações em prefeituras de seis cidades - o MP e a Draco cumpriram 28 mandados de prisão e 60 de busca e apreensão. Segundo o MP, “a quadrilha tinha uma base de onde as fraudes eram realizadas: a Prefeitura de Magé”. A ação policial foi desencadeada quando os promotores descobriram que uma empresa de Carlinhos da Malha e de sua esposa, Patrícia Borret, teria movimentado, em poucos dias, mais de R$ 1 milhão de recursos recebidos da Prefeitura de Magé. De acordo com o MP “o dinheiro entrava nas contas e era sacado em espécie.” O hoje vereador, eleito com cerca de 450 votos em 2008, fornecia uniformes escolares.
Tudo bem que o povo de Guapimirim parece não se importar em ter na Câmara Municipal Carlinhos da Malha como representante, mas os moradores de Magé, certamente, não querem mais nenhuma ligação com esse passado, pois se sentiram envergonhados com as cinematográficas operações policiais para deter quem achava que dinheiro público não tem dono.

É pior ainda...

Amigos, desculpem minha falha. Os professores da rede municipal de ensino de Cachoeiras de Macacu me disseram a pouco que o aumento salarial proposto à categoria pelo prefeito Rafael Miranda para que eles retornem ao trabalho não é R$0,26 centavos por dia e sim de R$0,35 ao mês. Que coisa, gente!