sábado, 31 de outubro de 2009

Tiro pela culatra

Acabo de ser informado por uma fonte ligada ao PT que Lindberg Farias, além de luxar dois dedos, teria também fraturado a clavícula numa queda até agora não muito bem explicada.

Disse-me a fonte que os dodóis de Lindinho foram causados por uma reação ao resultado de uma pesquisa que o PT teria encomendado para convencer o presidente Lula de que o prefeito de Nova Iguaçu teria condições de ser candidato a governador, mas que mostrou exatamente o contrário.

Revelou a fonte que o moço aparece muito bem para deputado estadual ou federal, podendo chegar a um milhão de votos na primeira hipótese e uns 600 mil no na segunda, mas para governador ou senador, a “lanterna” está com ele e não apaga.

Ainda de acordo com a fonte, somente 12% dos iguaçuanos entrevistados disseram que votariam nele para governador e que foi exatamente isso que teria machucado o corpo e o ego do moço.




Uma estrela com pouco brilho

Alto índice de rejeição e reuniões pouco freqüentadas sugerem que Lindberg não é a celebridade que acredita ser


Apontado como “lanterninha” nas pesquisas de intenção de votos em relação ao governo estadual, o prefeito de Nova Iguaçu está jogando pesado para derrotar o candidato da situação à presidência regional do PT, Luiz Sérgio. As eleições estão marcadas para o dia 22 e até lá Lindberg continuará percorrendo os municípios para se reunir com a militância e pedir apoio para derrotar o grupo que atualmente comanda o partido no Rio e que defende a continuidade da aliança com o governador Sérgio Cabral. O candidato de Farias ao comando do PT fluminense é Bismarck Alcântara.

Além de tentar derrotar Luiz Sérgio, Lindberg está buscando uma aliança com o PDT para pavimentar o caminho e fortalecer a apresentação de seu nome na convenção que, no próximo ano, vai decidir se o PT lança candidatura própria ao governo estadual ou permanece como aliado de Sergio Cabral. "Estou mais animado do que nunca. Não vou abrir mão da candidatura de jeito nenhum. A hipótese de não ser candidato está inviabilizada", afirmou o prefeito de Nova Iguaçu, que pretende formar uma frente popular.


Rejeição alta

Na verdade, apenas os aliados de Lindberg e militantes do partido com direito a voto nomeados em cargos de confiança na prefeitura de Nova Iguaçu estão acreditando que ele vai mesmo submeter seu nome à convenção com vistas à sucessão estadual. “Quem tem apenas 4% das intenções de voto e uma rejeição de 21% não pode ficar cantando de galo dessa forma. Lindberg tem o nosso respeito pelos mais de 60% dos votos obtidos na reeleição, mas o estado não é Nova Iguaçu”, disse um importante membro do diretório estadual do PT.

Além da rejeição alta, outra fator que coloca em dúvida o sucesso do projeto político de Lindberg são as reuniões que ele tem feito nos município. No encontro de Duque de Caxias, por exemplo, de acordo com a direção do partido, compareceram menos de 100 pessoas.




Senado manobra por salário além do teto

Encomendada como medida moralizadora, a reforma administrativa do Senado embute um artigo que permite que a remuneração dos servidores da Casa ultrapasse o teto constitucional, fixado em R$ 25.275, o que é ilegal. O projeto, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), custou R$ 250 mil.

Aprovado quinta-feira pela Mesa Diretora, o texto da reforma prevê que o recebimento de benefício por "função comissionada" não será computado no cálculo do salário. Com isso, o pagamento para os funcionários pode superar o limite legal. No Senado, os cerca de três mil servidores de carreira recebem bônus de "função comissionada", valor que varia de R$ 1,4 mil até R$ 2,4 mil.

O artigo que dribla a lei do limite salarial do funcionalismo público é o de número 111. "A remuneração mensal do servidor do Senado Federal terá como limite máximo o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal, ressalvadas as parcelas de caráter indenizatório e a devida pelo exercício de função comissionada", diz a reforma aprovada.

Questionado sobre esse trecho, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que o artigo pode ter sido incluído "de última hora", classificando-o de "corporativista". Sarney disse que a regra não vai entrar em vigor. "Vou discutir na fase final, passar um pente-fino na reforma. Isso é uma coisa que fere a Constituição. Não pode figurar. Foi alguma introdução, coisa de última hora, que deve ter sido feita com um certo viso corporativista, mas não vai vingar. É inconstitucional", declarou ontem Sarney. "É uma coisa que não tem nenhuma base legal, não podemos fazer de jeito nenhum. A reforma é para enxugar, não para aumentarmos despesas."

O projeto de reforma precisa ser votado em plenário para entrar em vigor. Antes disso, os senadores terão duas semanas para oferecer sugestões de mudanças e, depois, haverá mais 10 dias para o conselho de administração analisar as propostas. O prazo começou a ser contado a partir de ontem.

A reforma ainda privilegia os servidores comissionados, cuja maioria é nomeada por indicações políticas. De acordo com o diretor-geral adjunto, Luciano de Souza Gomes, o número de cargos comissionados será revisto apenas em 2011, no início da próxima legislatura. No ano que vem, haverá eleições para dois terços dos 81 senadores.

A economia na folha de pagamento com esse pessoal, por ora, será feita apenas com a limitação do número de funcionários não-concursados que os senadores podem manter nos gabinetes. Hoje, os parlamentares fracionam os salários para contratar até 79 servidores. Agora, com a reforma, o máximo será de 25 por gabinete.




Sem retorno para Núbia

Não procede a informação que a prefeita afastada de Magé, Nubia Cozzolino, vá retornar ao cargo nessa terça-feira. Ela realmente obteve uma vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas sobre o segundo afastamento, no caso do processo das cestas básicas. Sobre a decisão tomada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no dia 9 de setembro, tirando-a do cargo e aceitando a denúncia por formação de quadrilha feita pelo Ministério Público, ela sequer pode recorrer, pois o acórdão ainda não foi publicado no Diário Oficial. Portanto, Rozan Gomes permanece no cargo.



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Em defesa dos valores familiares

Desembargador Fábio Dutra convida a sociedade para a “I Caminhada da Família”


No próximo dia 28, em São Gonçalo, com concentração marcada para as 15h na Praça Estefânia de Carvalho, no bairro Zé Garoto, estará acontecendo a I Caminhada da Família, um evento interdenominacional que surgiu de conversas entre amigos comuns, a partir da ideia do desembargador da 1ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça, Fábio Dutra. A proposta, explica o magistrado, é chamar a atenção da sociedade para os diversos tipos de violência que tem afetado diretamente as famílias, incluindo ai o aborto e a pedofilia.

“Não se trata de uma caminhada organizada por católicos ou evangélicos. É uma proposta para toda a sociedade e todos estão convidados a participar. Vamos nos concentrar na praça e depois seguiremos até ao Clube Mauá, onde encerraremos o evento. É uma forma de buscarmos mecanismos que impeçam ataques de grupos que pregam a obsolescência dos valores da família”, afirmou o desembargador.

Os valores familiares, no entender do magistrado, são a base de tudo. Nascido em Santo Antonio de Pádua, no interior fluminense, Fábio Dutra chegou a São Gonçalo – onde ainda mora – em 1966. Começou a trabalhar muito cedo e aos 14 anos vendia verduras nas ruas, usando nessa tarefa um carrinho de mão. Com muito sacrifício formou-se em Direito e está na Magistratura há 21 anos, tendo começado como juiz em 1988 e atuado em diversas varas (Família, Criminal e Cível).

Engajado nas questões sociais, Fábio Dutra costuma dizer que “se as crianças forem educadas, instruídas e receberem os ensinamentos para trilhar o caminho do bem, elas jamais irão delinqüir”. Assim, emenda ele, “nós teremos pessoas adultas, responsáveis, integradas na sociedade e uma sociedade melhor e um Brasil melhor”.