Quem conhece bem o jeito com que o presidente da Assembléia Legislativa conduz as coisas lá no Palácio Tiradentes, não tem dúvidas de que o mandato do deputado José Nader Junior (PTB) está com os dias contados. Nader caiu em desgraça com Jorge Picciani (PMDB) há muito tempo, mas a situação ficou pior na semana passada quando um e-mail atribuído a ele circulou por aí, espalhando que o ex-chefe de gabinete da presidência da Casa, Aloysio Neves - eleito conselheiro do Tribunal de Contas - já havia sido preso por tráfico de drogas.
No dia em que Aloysio - que realmente respondeu pelo crime, mas foi absolvido na Justiça - foi eleito Nader usou o microfone antes do início da votação para falar do crime e naquele momento colocou a própria cabeça na guilhotina, pois a mesa diretora resolveu dar andamento a um processo de cassação baseado em parecer do corregedor da Alerj, Luiz Paulo Correa da Rocha, recomendando a cassação do mandato de Nader. O documento é de agosto do ano passado, mas só agora será apreciado pela Casa.
Cumprindo o terceiro mandato, Nader Junior tem uma vida pública tão polêmica quando a do pai e do tio, os ex-deputados José e Feres Nader. Em 2003, quando ele presidia a CPI das Finanças, um banqueiro foi à presidência da Casa e denunciou que lhe teriam pedido uma propina de R$ 1 milhão para não ser investigado. A mesa diretora resolveu acabar com a CPI e ficou tudo por isso mesmo. Dois anos depois ele foi preso por porte ilegal de armas. Nader estava em Tocantins e foi socorrido pelo voto de 47 deputados, que relaxaram a prisão dele, mas agora não quem aposte na salvação do deputado.
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