terça-feira, 31 de agosto de 2010

Isso é babaquice

Recebi hoje vários e-mails me questionando sobre a falta de notícias aqui no blog a respeito das vaias disparadas contra a prefeita Sheila Gama (PDT), durante a solenidade de inauguração, ontem, da UPA do bairro Botafogo. Não ia tocar no assunto, mas já que me pedem um posicionamento, aqui vou eu.

A prefeita de Nova Iguaçu foi realmente vaiada quando começou a discursar, tempo que - talvez por não ter o que mostrar - perdeu lembrando a gestão do marido, o hoje conselheiro do Tribunal de Contas, Aluízio Gama, que governou (?) o município de 1º de janeiro de 1988 a 31 de dezembro de 2002. Porém, as vaias, como todos puderam ver, partiram de um grupo de “fantasmas” nomeados na gestão de Lindberg Farias, os poucos que ela teve coragem de exonerar.

As vaias, para mim, só mereciam destaque se tivessem partido da população que sofre com a coleta de lixo precária, com a saúde doente, com as obras paradas e, enfim, com a falta de ações efetivas por parte de Sheila Gama.

Portanto, para encerrar, as vaias contra a sucessora de Lindberg não foram legítimas, embora, entendo, Sheila as mereça por conta do nada que vem demonstrando até agora.


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Só para esclarecer

A assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu divulgou release no qual esse jornalista consta como um dos agraciados com o título de Cidadão Honorário Iguaçuano, em solenidade realizada na última quinta-feira no teatro da Universidade de Nova Iguaçu.

Como já expliquei antes, me sinto honrado com a homenagem proposta pelo vereador Carlos Eduardo Moreira, mas por uma questão de coerência não recebi o título, uma vez que a Câmara que agora me presta homenagem é a mesma que, no ano passado, quis por em votação uma moção de repúdio a esse repórter por causa da publicação de uma matéria na qual denunciara a venda de uma rua para um shopping da cidade, por R$ 200 mil.

Como meu comportamento é o mesmo e continuo cobrando do Poder Legislativo iguaçuano o que entendo ser devido, creio que é uma incoerência me homenagearem agora.


domingo, 29 de agosto de 2010

Nova Iguaçu contrata Bazar para organizar desfile

Empresa “especializada” vai receber R$ 240 mil para promover ato cívico de 7 setembro, o que antes era feito pelas diretoras e professoras das escolas municipais.


Bazar, está no dicionário, é uma loja de comércio de objetos variados. Na Baixada Fluminense existem centenas deles, mas um desses comércios com placas de “vende-se de tudo”, foi agraciado pela Prefeitura de Nova Iguaçu não para fornecer miudezas, mas para promover o desfile cívico de 7 de setembro, evento que sempre foi organizado pelas diretoras e professoras das escolas da rede municipal de ensino.

Pela primeira vez em sua história a Secretaria de Educação abriu uma licitação para “contratação de empresa especializada para promover atos cívicos” e a “especializada” escolhida foi a microempresa Adriano Tepedino Ramalho Bazar e Represtações, que vai receber R$ 242.882,48 pelo serviço.

A licitação foi homologada pela secretária Dilceia da Rocha, mais conhecida na Baixada como Dilceia Nahon e publicada na edição de 26 de agosto do diário oficial. A contratação de um bazar para organizar o evento entristeceu algumas diretoras e professoras provocou a desconfiança de alguns vereadores, que pretendem indagar a secretária sobre empresa “especializada”.

“Sempre nos empenhamos para promover os desfiles cívicos e nunca deu errado. As professoras ajudam em tudo com muito carinho. Agora a secretária resolve gastar dinheiro contratando um bazar para fazer aquilo que sempre fizemos por amor. Acho que o município deve estar nadando em dinheiro. Do contrário nos entregaria a tarefa, como sempre aconteceu”, disse a diretora de uma unidade municipal de ensino.

Ao todo a Secretaria Municipal de Educação vai gastar R$ 596.482,40 com o desfile comemorativo do Dia da Independência do Brasil, pois resolveu comprar camisetas temáticas para os alunos desfilarem, pagando por elas R$ 353.600,00. A secretária de Educação não foi encontrada para falar sobre o assunto.





Eles são assim mesmo

Quando se ouve falar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa as instituições que deveriam ser republicanas como braços do Partido dos Trabalhadores, parece que estamos dando ouvidos a exagerados perseguidores de Lula e seus companheiros, mas os fatos que se repetem nos últimos anos nos levam a essa possibilidade.

Quando o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci se viu acuado pelas afirmações de um caseiro, em Brasília, surgiu logo um aloprado para quebrar o sigilo bancário do acusador, que tinha uma conta-poupança na Caixa Econômica Federal. O caso não deu em nada. Ficou tudo por isso mesmo. Agora a coisa se repete. Dessa vez na Receita Federal, onde quebrou-se o sigilo fiscal de três membros da cúpula do PSDB, talvez para a montagem daqueles dossiês que o PT adora divulgar.

A impressão que temos é que nesse governo se pode tudo: se for contra os adversários lança-se mão dos meios mais sujos. Semana passada o corregedor-geral da Receita, Antonio Carlos Costa D’Avila, veio a público dar explicações. Afirmou que nas investigações identificaram-se indícios da existência de um “balcão de compra e venda” de informações no órgão.

“Há indícios de uma intermediação feita por alguém de fora. Os indícios são de um suposto balcão de compra e venda de informação”, disse o corregedor, admitindo que grupos políticos possam ter utilizado o suposto “balcão” de compra e venda de informações, mas apressando-se em aliviar a barra: “Houve compra e venda de informações, independente de grupos mandantes, mas não identificamos nenhum vínculo político partidário”.

Nesse governo é assim.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sobre as razões de Sabino

No artigo “Ecos da democracia” tentei esgotar o assunto que mexeu com Rio das Ostras nos últimos dias. Não consegui. Choveram e-mails me pedindo para fazer uma análise sobre o grande interesse do deputado Alcebíades Sabino em mudar no tapetão uma eleição perdida no voto. Então vamos lá.

Já estive com o hoje deputado muitas vezes e em todas as conversas percebo nele um sentimento de dono da cidade. Ele externa um desejo enorme de controlar a vontade popular, como se senhor fosse da opinião, do livre arbítrio, como se isso fosse possível. Até onde vejo, Sabino não aceita derrota, acha que suas perdas são injustas e de alguma forma quer punir o vencedor. Essa é minha opinião.

No caso específico dessa briga travada por Sabino com Carlos Augusto o que vejo é a ganância pelo poder falando mais alto. Ao impetrarem 300 ações contra a reeleição do prefeito Carlos Augusto, Sabino e seus coligados não pensaram no povo de Rio das Ostras, mas sim no poder, no controle de um orçamento de fazer inveja a muitas cidades.

Tem mais. Essa disputa que já prejudicou muito a cidade, pode causar danos ainda maiores, pois o processo que resultou no afastamento temporário de Carlos Augusto, ainda terá um julgamento final, o que não deverá acontecer esse ano e se acontecer, ainda assim, não acaba com a disputa, pois se perder, o prefeito ainda tem mais um recurso, o que impedirá que o TRE marque a eleição suplementar, que, certamente vai deixar de ser suplementar para ser indireta.

O que quero dizer é que por conta dessa ganância de Sabino e de sua incapacidade de reconhecer uma derrota, o povo perderá o direito de escolher um novo prefeito para dar seguimento ao atual mandato, pois, se a decisão final não acontecer até 31 de dezembro de 2010 caberá aos vereadores eleger um prefeito com mandato tampão.