sábado, 24 de abril de 2010

Reação popular em Porto Real

Morador pede CPI para afastar vereador acusado de estupro e venda de máquinas roubadas

A temperatura deverá esquentar bastante na noite dessa segunda-feira na Câmara de Vereadores de Porto Real. É que nove meses depois de o vereador Heitor Silvestre (DEM), ser acusado dos crimes de agressão, ameaça sequestro, cárcere privado e estupro contra uma jovem de 24 anos, fato que teria ocorrido no dia 19 de julho do ano passado, foi apresentada uma denúncia formal a Casa e os vereadores José Roberto Pereira, Mauro Ettore, Bianca Sampaio e Cacilda Serfiotis a subscreveram, pedindo a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito para apurar as responsabilidades de Heitor.

Além do processo pela violência contra a jovem, Silvestre está respondendo a um inquérito policial na cidade de Itanhandu, no estado de Minas Gerais, no qual ele é acusado de ter vendido três máquinas empilhadeiras roubadas, avaliadas em R$ 60 mil cada uma.

A sociedade de Porto Real está revoltada com a conduta da Câmara, pois além de não ter sido afastado da Casa, Heitor foi eleito presidente do Poder Legislativo para o biênio 2011/2011, graças a uma manobra do atual presidente, Jayme Pereira, que marcou para o dia 8 de março, dada em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, a eleição da mesa diretora, que só deveria ocorrer no final do ano.

Além de Jayme, Heitor Silvestre tem contado com o apoio dos vereadores Luiz Fernando Graciane (tio da jovem que acusa Heitor de estupro), Rafael de Carvalho e João de Souza, o que garante a maioria em favor de Heitor, pois o acusado também tem o direito a voto na mensagem que propõe a comissão de inquérito.

“Heitor macula o nome da Câmara de Porto Real. Nessa segunda-feira vamos ver o se o Poder Legislativo vai escolher ficar contra a sociedade para proteger esse senhor que deveria estar fora da Câmara há muito tempo”, afirmou um parente da vítima.



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