domingo, 4 de outubro de 2009

Politicagem faz mal à saúde em Nova Iguaçu

Intromissão de vereadores na administração de postos

médicos só faz piorar a situação


Onde e em que o município de Nova Iguaçu está investindo os recursos destinados ao setor de Saúde? A pergunta nunca respondida pelo prefeito Lindberg Farias e pelo secretário Marcos de Souza, continua sendo feita a cada dia pelas centenas de pessoas que vão buscar atendimento médico e não conseguem.

No Posto de Saúde de Santa Rita as filas começam a ser formadas no início da madrugada, mas “dormir” na porta da unidade não significa dizer que a consulta ou o exame estejam garantidos. No Centro de Saúde Vasco Barcelos, que já foi referência no atendimento aos portadores de doenças crônicas, a situação é caótica, mas isso não parece incomodar em nada os que governam a cidade.

A falta de medicamentos e de materiais básicos se somam a falta de funcionários, o que é provocado por uma briga entre o prefeito e o presidente da Câmara. Há 15 dias Lindberg demitiu cerca e 600 servidores contratados temporariamente. Eram pessoas indicadas por vereadores. “As coisas já estavam muito ruins por aqui, mas piorou, bastante nos últimos dias”, diz Janete de Souza Cordeiro, moradora de Austin, que na ultima sexta-feira foi buscar atendimento da Unidade Mista de Saúde da localidade.



Feudo de vereadores

No regime feudal, feudo era a terra outorgada pelo governante em troca de fidelidade. Hoje, em pleno século 21, esse tipo de coisa continua existindo em muitas cidades e em Nova Iguaçu virou prática comum.

A Unidade Mista de Austin é comandada pelo vereador Jorge Luiz de Freitas Dias, o Jorge de Austin. Os postos de Santa Rita e Corumbá são controlados por Daniel Eduardo da Silva, o Daniel da Padaria e na unidade de Miguel Couto quem dá as ordens são os vereadores Marli Freitas e Carlos Eduardo Moreira, o Carlinhos Presidente.

“O que estraga a saúde pública é a intromissão política. Cada posto médico tem um dono. Em cada bairro é um vereador quem manda e como eles não entendem nada do assunto e estão interessados apenas em empregar seus cabo eleitorais, o atendimento fica prejudicado”, diz uma fonte do próprio governo.



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