segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ele disse que era “fantasma”


Líder comunitário confessa que foi nomeado pelo prefeito de Casimiro de Abreu para deixar de atacar o governo e recebia sem trabalhar


Um salário líquido mensal de R$ 1.092 e mais R$ 1 mil por semana. É isso que o líder comunitário Carlos Alberto Jordão Gonçalves afirma ter recebido para deixar de criticar o prefeito Antonio Marcos Lemos. Ele afirmou que fora nomeado para um cargo na Secretaria de Esporte e Lazer, onde nunca trabalhou e que a portaria lhe foi oferecida pelo próprio prefeito, que queria que ele parasse de atacar o governo e mudasse de alvo.

“Além do cargo eram mais R$ 4 mil, que seriam pagos em quatro vezes, R$ 1 mil por semana. Recebi dois meses de salário e só um pagamento semanal. Me arrependi do que fiz e sai do governo”, afirmou Carlos Alberto, confirmando que só assinava o ponto de frequencia e que não trabalhou um dia sequer no governo Antonio Marcos.

Essa e outras denúncias foram ao ar na última quarta-feira no programa Litoral Cidade, na Rádio Litoral AM, onde Carlos Alberto conversou durante mais de uma hora com o radialista Daniel Teles. Ele disse ainda que quem manda no governo é o deputado estadual Alcebíades Sabino e que existiriam outras pessoas na mesma situação dele, ou seja, ganhando sem trabalhar. O prefeito Antonio Marcos e o secretario Robson Soares Mangifesti não foram encontrados para falarem sobre o caso.


Falta de transparência



Alvo de várias denúncias de irregularidades, o prefeito Antonio Marcos, entendem algumas lideranças locais, está indo contra tudo aquilo que pregou durante os quatro anos do mandato de vereador que exerceu até o dia 31 de dezembro de 2008, fazendo da tribuna da Câmara uma trincheira contra o que chamava de “desgoverno do prefeito Paulo Dames”, seu antecessor.

Como vereador Antonio Marcos queixava-se, por exemplo, de que o prefeito não respondia aos requerimentos de informação, mas hoje faz a mesma coisa. Na época d

e vereador o hoje prefeito subia a tribuna toda vez que um requerimento seu não era respondido e esbravejava: “A falta de respostas gera dúvidas”. Entretanto, na gaveta de Antonio Marcos estão hoje pelo menos 30 requerimentos com pedidos de informações importantes apresentados pelo vereador Alex Neves e o prefeito não os responde de jeito algum.

Diante da negativa do prefeito em enviar as informações requeridas, o vereador Alex Neves deverá recorrer à Justiça para que os requerimentos sejam respondidos.




Carlos Alberto confirmou que recebia sem trabalhar







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