Na sessão da próxima terça-feira, o presidente da Câmara Municipal de Magé, Anderson Cozzolino, o Dinho (PMDB), pelo que determina o regulamento, terá de formar a Comissão de Inquérito proposta pelo vereador Álvaro Alencar (PT), para apurar a atuação da Concessionária Rio-Teresópolis (CRT), pois a proposta já foi lida em plenário. Porém, não será tão fácil assim, pois vários membros daquela Casa já demonstraram que não estão lá nada satisfeitos com a idéia e tem uns dois ou três que acham até mesmo uma audácia muito grande querer investigar o poderoso consórcio que transformou a cidade numa ilha cercada de pedágios por todos os lados, inviabilizando o crescimento econômico do município.
Ontem conversei com o vereador Álvaro e ouvi dele que sua proposta é questionar o excesso de pedágios. Ele acha que pode conseguir o mesmo que o pessoal de Teresópolis obteve, mas eu entendo que isso é muito pouco e não precisa de uma Comissão de Inquérito para tal. Entendo que uma investigação é extremamente necessária e a Câmara tem mesmo de instalar uma Comissão de Inquérito sobre a CRT, mas para investigar coisas muito mais sérias que atingem em cheio o município de Magé.
Defendo e apoio essa comissão se for para questionar, por exemplo, essas barreiras ridículas e inconstitucionais que funcionam nas entradas de Piabetá para impedir a entrada de caminhões, defendendo única e exclusivamente os interesses da concessionária, que, segundo fui informado agora pela manhã, seria a responsável pelo pagamento das despesas geradas por esses “postos de fiscalização”.
Defendo e apoio a comissão, vereador Álvaro, mas para investigar um tal de convênio que teria sido firmado entre a prefeitura e a CRT pela prefeita Núbia Cozzolino, pelo qual a concessionária doaria asfalto ao município. È necessário, vereador, dar uma olhada nesse convênio, porque também me disseram que ele não teria sido publicado até hoje e, portanto o povo de Magé não o conhece.
Para encerrar, vereador, defendo e apoio a comissão, desde que seja indagado quanto a CRT paga de Imposto Sobre Serviço (ISS), quanto ela já doou de asfalto até agora e o que foi feito dele.
Em nome da transparência, senhores representantes do povo mageense, é isso que deve ser feito. Do contrário, se os senhores não tiverem coragem para esses questionamentos, é melhor não abrir comissão nenhuma.
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