Enquanto a Secretaria de Administração está analisando as folhas de pagamento de todos os setores da Prefeitura de Magé, uma professora quer saber como conseguiu emprego de enfermeira em três hospitais de São Paulo, nem nunca ter morado na capital paulista. Ela me escreveu ontem contando sua história, que mais parece uma obra de ficção. Tanto o fato é real que ela contratou uma advogada para tentar esclarecer como seus dados foram parar em São Paulo e como conseguiu ser “formada” em enfermagem se nunca frequentou uma escola de saúde. A professora, que aqui vou identificar apenas como Lenir, me enviou a mensagem que posto a baixo.
“Boa tarde! Bem, nunca me preocupei com os fantasmas... até que esta semana descobri que eu mesma `sou um´. Trabalhei na Saúde de Magé 2001 a 2004, e descobri que o meu número da CNS, meu nome de solteira e meu CPF, estão sendo usados e que não desligaram meu nome. Estou como auxiliar de enfermagem em três hospitais. O pior de tudo é que estou como funcionária não aqui em Magé, mas no município de São Paulo desde 2006. Pelo visto fizeram direitinho. Fizeram uma troca de funcionários fantasmas que nem a minha advogada sabe por onde começar.
Tentei puxar minha ficha financeira. Não tem em Magé. Até isso apagaram. Só consta que trabalhei na PMM, este ano, onde estou como professora I. Os anos de 2001 a 2004, 2006 2007, sumiram (apagaram) do sistema. Eu nunca estive ou residi em SP. Nem curso de enfermagem tenho. Sou professora formada pela UERJ. Agora sim sei que realmente fantasma existe... e que estão mais vivos e mais pertos do que a gente pensa. Ainda não sei como provar que a Prefeitura de Magé que foi responsável pelos meus dados e por não ter me desligado da CNS em janeiro de 2005 quando tive minha rescisão de contrato . Tenho um versículo que prezo em minha vida: `Mais vale o bom nome do que o ouro e a prata´. Não sei no que isso poderá me acarretar, mas uma coisa sei, que os responsáveis serão achados e processados. Não tenho nem cartão de crédito para não ter problemas em gastar mais que posso ou de clonarem meu cartão, nome, e onde nunca pensei, usaram meu nome. um abraço! Lenir”.
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