sábado, 9 de julho de 2011

Gente, eu realmente não presto

              Amigos, decididamente não valho nada. Das 318 mensagens que recebi de Magé ontem, em pelo menos 80% delas sou acusado de fazer oposição ao governo municipal e a seu candidato oficial. Dizem isso pelo fato de eu ter noticiado a insistência da Câmara de Vereadores em rasgar a Constituição Federal e me reportar sobre as ações do TRE e do Ministério Público como a verificada no Posto de Saúde da Família (PSF) Serrana II, onde foram apreendidas cópias de títulos de eleitor, a folha de ponto e medicamentos com o prazo de validade vencida. Os ataques de que sou “oposição” voltaram hoje pela manhã porque noticiei o resultado da operação policial de ontem, quando foram apreendidos mais cópias de títulos de eleitor, folhas de ponto e coletados depoimentos gravados de funcionários que afirmaram estarem sendo coagidos.
              O governo e seus partidários queriam o que, que eu deixasse de noticiar os fatos? Se não querem notícias negativas que joguem limpo, que parem de coagir, que deixem de lutar contra o direito líquido e certo de as pessoas irem às urnas escolher quem bem entender como prefeito. Se condenar o jogo sujo, essas práticas é fazer oposição, então realmente o sou. O servidor público, seja ele concursado, comissionado ou contratado, tem todo o direito de fazer campanha em favor de seu candidato, mas isso tem de acontecer por livre e espontânea vontade e fora do horário de trabalho. Coagí-lo a fazê-lo é crime. Pior ainda se isso for seguido da ameaça de demissão.
              Nas mensagens a mim enviadas ontem e hoje reclamam muito da atuação do moderador. São irresponsáveis e pensam que também o somos. Não adianta enviar posts com nome e número de candidatos, sejam eles quais forem. Aqui não tem Álvaro, não tem Batata, não tem Ezaquiel, não tem Octaciliano e não tem Nestor. Aqui tem informação e pronto. Não tenho culpa se todos os fatos verificados no município desde a marcação do pleito suplementar tenham como personagens membros do governo ou aliados que demonstram querer tudo, menos que aconteça o que a Constituição determina: eleição suplementar direta. 


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