segunda-feira, 11 de julho de 2011

Andando sobre areia movediça

Relendo meus arquivos de informações colhidas nos últimos meses de fontes ligadas aos setores de saúde e educação de Magé, passei a entender melhor o por que do tamanho esforço para se evitar a eleição suplementar direta marcada pelo TRE e confirmada pelo TSE para o próximo dia 31. Tanto os que estão no poder quanto alguns vereadores têm sérios motivos para se preocuparem com a queda do atual governo. Essa ação desesperada do presidente da Câmara, Leonardo Franco Pereira, o Leonardo da Vila, por exemplo - que foi ao TSE duas vezes para evitar a eleição e agora quer aprovar uma emenda na Lei Orgânica para fazer valer sua vontade -, tem uma forte razão de ser e isso poderá ficar bem claro numa investigação futura.
Recebi ontem à tarde informações dando conta de que os funcionários da Secretaria de Educação de Magé estariam se desdobrando, trabalhando entre 10 e 12 horas por dia para cobrirem a falta dos muitos que sequer comparecem por lá, mas mesmo assim recebem salário no fim do mês. Me conta a fonte, que são pouquíssimas as pessoas se esforçando para darem conta do recado: projetos, programas federais, senso, dados escolares reais, patrimônio, verbas destinadas à educação, entre outras ações.
Me disse ainda a fonte que o sistema de ensino implantado na rede corre o risco de ser suspenso por falta de pagamento das faturas cobradas pelo grupo Positivo. Esse contrato foi assinado para todos os seguimentos da educação e Dinho Cozzolino quis cancelar tudo. Como não conseguiu, resolveu reduzir o atendimento às escolas em cerca de 50 %. A empresa está tentando receber o que já foi entregue e até sexta-feira nada havia sido pago. Soube que os representantes do grupo já estão perdendo a paciência e não aceitam negociar nada que não seja o pagamento integral do que é devido pelo governo, sem qualquer tipo de desconto. Mas isso é café pequeno. A cobra vai fumar mesmo é quando o Ministério Público começar a mexer no uso de uma verba de R$ 4 milhões repassada para ser usada na recuperação das escolas atingidas pelas chuvas.
Sobre essa união de forças contra a eleição, tem gente prestes a atolar na areia movediça.  Me contam que há quem teria ido fundo demais e agora não vê uma tábua de salvação. Soube que até já teria sido avisado por um contador para se virar, pois não há quem possa dar legalidade à contagem dos grãos exageradamente espalhados. A preocupação é tanta que tem gente perdendo o sono por não saber como fazer para justificar o injustificável. Então amigos, pelo conjunto da obra, o futuro se mostra nebuloso e o jeito encontrado por eles é fazer de tudo para evitar que o povo chegue às urnas que hoje os senhores de engenho moralmente falidos vêem com inimigas.

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