sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Risco de morte em Magé

Passei algumas horas em Magé hoje, falei com algumas pessoas e sai de lá convencido de que o prefeito Rozan Gomes está correndo risco de morte. Não o encontrei, não falei com ele nem por telefone, mas se eu fosse Rozan começaria a tomar mais cuidados, pois sua gestão vem incomodando muita gente: maus políticos e maus empresários por exemplo.

Tomei conhecimento de que Rozan teria desmontado um esquema milionário de fornecimento de remédios para a rede municipal de Saúde, uma atitude que preservou os cofres e o interesse público, mas que o deixou nas garras do leão, pois um cara que se apresenta como empresário, mas que tem uma péssima reputação e fama de violento, teria sido atingido em cheio com o corte.

Fiquei sabendo ainda que uma outra atitude correta que contrariou muitos interesses foi a adoção do pregão presencial, um sistema de licitação já funciona bem em muitas cidades, possibilitando compras a preços menores em muitas prefeituras. Além de maus empresários, tem vereador que também não gostou disso, pois é hábito em Magé vereador intermediar negócios, funcionando mais como representante comercial do que como representante do povo.

Gostaria muito de ter encontrado o prefeito hoje e lhe chamado a atenção para esse risco. Como não foi possível o encontro, uso esse espaço para dar um conselho ao prefeito: Rozan, procure as autoridades de segurança pública e revele a elas os fatos, caso tenha recebido qualquer tipo de ameaça. Sob pressão eu sei muito bem que você está, mas isso é parte do jogo político. Ameaça, não. Isso é coisa de bandido e lugar de bandido é na cadeia.

O uso da violência como instrumento de garantia de poder a grupos criminosos disfarçados de políticos é uma página que mancha de sangue a história de Magé, onde já foram assassinados cinco vereadores, uma vice-prefeita e um dono de jornal. Prefeito, isso por si só é motivo de preocupação, mas como homem público você tem responsabilidades para com o povo e não pode nem pensar em renunciar ao mandato por causa de pressões ou ameaças e é por pensar assim que reitero aqui o meu apoio incondicional. Estamos juntos nessa. Para o que der e vier. Se o senhor quiser encarar os inimigos da legalidade, os que pensam que Magé é extensão do quintal deles, conte comigo, mas se renunciar terá de arcar com as responsabilidades junto a esse sofrido povo mageense que não suporta mais viver envergonhado por aqueles que juraram defender os interesses da população, mas passa o tempo cuidando de si mesmos.

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