De quatro em quatro anos os brasileiros vão à urnas eleger seus prefeitos. São mais de cinco mil gestores municipais em todo o país, alguns até bem intencionados e querem mesmo mostrar serviço. Mas a maioria, aqueles que gastam verdadeiras fortunas nas campanhas, quer mesmo é se arrumar, recuperar o “investimento” e botar o que puder no bolso. Quanto aos bem intencionados, esses acabam se perdendo, separados de suas propostas, desviados do caminho por “colaboradores” que os colocam numa redoma para lhes “proteger” da realidade.
Estou falando dos oportunistas, aqueles vistos como competentes e leais assessores, mas que na verdade passam o tempo evitando que os prefeitos dediquem atenção aos colaboradores de fato, os que estão no governo realmente para servir e não para se servirem do poder.
Costumo dizer que todo prefeito tem lá o seu Chalaça, apelido do ex-seminarista portugues Francisco Gomes da Silva, um alcoviteiro e oportunista de marca maior, do qual o rei D. João se cercou até pegá-lo nu ao lado de Carlota Joaquina, externando a traição que sempre exercitou na vida para conseguir os favores que o rei, tão agradecido por seus serviços, lhe dispensava.
Nas prefeituras há sempre um Chalaça de plantão espionando os bem intencionados colaboradores, reunindo informações para engendrar seus ardis. Os Chalaças só pensam em levar vantagem, mesmo que tenham que pisar sobre alguém.
Estendi-me até aqui para que esse artigo sirva de alerta para a prefeita de Nova Iguaçu. A pedetista Sheila Gama está cercada de Chalaças e um deles foi herdado do ex-prefeito Lindberg Farias.
Abra o olho prefeita. Liberte-se dessa gente antes que seja tarde demais e só lhe reste a porta dos fundos como saída.
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