Arraial do Cabo cobra ação efetiva do seu prefeito
O prefeito Wanderson Cardoso de Brito completou hoje exatos 592 dias de governo, mas a população continua esperando pelo início do resgate dos compromissos por ele assumidos durante a campanha eleitoral. Andinho, como o prefeito é chamado, assegurou que investiria pesado em obras de infraestrutura e que colocaria o município no caminho do desenvolvimento, acabando com a estagnação, mas até agora os moradores não viram o menor sinal disso.
A cidade, reclamam moradores e comerciantes, “está parada no tempo”. As ações oficiais não acontecem e a única obra feita realmente com recurso próprio da Prefeitura nessa gestão é a cobertura de um ponto de ônibus na estrada principal, depois do pórtico.
No bairro Castelinho, por exemplo, a comunidade está esperando até agora pelo início das obras de saneamento. Há dois meses a Prefeitura espalhou manilhas sobre as calçadas das ruas Dom Manoel e George Washington. Algumas delas já estão quebradas e os trabalhos não co-meçam.
Nem com ajuda do estado
A obra do bairro Castelinho, de acordo com a própria Prefeitura, está no pacote financiado pelo governo do estado, que repassou os recursos ao governo municipal, mas os moradores já estão perdendo a paciência. “Nossas calçadas estão obstruídas pelas manilhas e nada de a obra começar”, protesta uma moradora da Rua Dom Manoel.
Anunciado com pompas e circunstâncias pelo prefeito, o projeto de revitalização da orla da Praia Grande, é visto como de grande importância para a cidade, mas está enrolado. A obra na praia vai custar cerca de R$ 7 milhões e o dinheiro já foi liberado pelo governo do estado, mas a incapacidade da administração municipal em resolver um problema jurídico, está provocando atraso.
A área onde a obra vai ser feita pertence à Companhia Nacional de Álcalis que quer receber cerca de R$ 400 mil para a Prefeitura poder ocupá-la. O prefeito tem se negado a pagar e preferiu começar a obra no peito, desrespeitando, segundo já se pronunciou a Justiça, o direito a propriedade.
O Poder Judiciário foi acionado três vezes pela empresa dona da área e já mandou parar a obra duas vezes e numa terceira decisão - também pelo desrespeito ao direito de propriedade - cassou a licença dada à Prefeitura pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Na semana passada o Departamento Jurídico da Companhia Nacional de Álcalis foi acionado porque mesmo com a decisão da Justiça, que arbitrou uma multa diária de R$ 50 mil, máquinas a serviço do governo municipal estavam no canteiro de obras instalado na orla da Praia Grande.
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