Além de revoltar a população com a falta de ações efetivas visando melhorias para os moradores, o prefeito de Arraial do Cabo, Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho (PMDB), está desagradando também pela discriminação, desrespeitando a opção sexual das pessoas.
Pelo menos é disso que está reclamando o movimento gay da cidade, irritado com a postura do prefeito, que impediu que um espaço público fosse usado na realização de um evento do Fórum de Lésbicas e Mulheres Bissexuais. Para marcar a comemoração do Mês da Visibilidade Lésbica, os grupos Arraial Free e Cabo Free, realizaram uma ação marcada para o último dia 14, no Espaço Cultural Manoel Camargo, que é administrado pela Prefeitura, mas na última hora Andinho resolveu proibir a utilização do centro de cultura.
De acordo com os organizadores, o movimento havia conseguido antes o espaço para abrigar o 1º Colóquio da Visibilidade de Lésbicas e Mulheres Bissexuais da Baixada Litorânea e o lançamento do Filme “Sou Mulher, Sou Brasileira, Sou Lésbica” do Cineasta Vagner de Almeida, a partir de solicitação feita através de oficio pelo grupo Arraial Free. Um dia antes, contam os organizadores, o coordenador da Rede LGBT do Interior Fluminense, Claudio Lemos, recebeu uma ligação de uma assessora da Prefeitura, que se identificou como Eliza, solicitando a confirmação de que o evento seria organizado por grupos de homossexuais. Como a resposta foi positiva, Claudio foi informado de que por ordem do prefeito, o evento estava cancelado.
Revoltados com a proibição, as integrantes do Grupo Arraial Free improvisaram faixas e cartazes de protesto e se dirigiram a um comício eleitoral onde Andinho se encontrava e fizeram um protesto, contra o que chamaram de “atitude homofóbica de um gestor público que deveria estar lutando por todos os cidadãos de Arraial do Cabo indiferente de sua orientação sexual”.
De acordo com as integrantes do grupo, durante a manifestação o prefeito teria declarado que “os espaços públicos mantidos pela Prefeitura de Arraial do Cabo estão proibidos de abrir as portas para o Movimento LGBT”. Ainda segundo as integrantes, ao ser questionado sobre a realização da Parada LGBT que esta programada para dia 26 de setembro, Andinho teria declarado que infelizmente não tem poder para impedir a parada, mas que essa seria a vontade dele, que é evangélico.
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