Quando se ouve falar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva usa as instituições que deveriam ser republicanas como braços do Partido dos Trabalhadores, parece que estamos dando ouvidos a exagerados perseguidores de Lula e seus companheiros, mas os fatos que se repetem nos últimos anos nos levam a essa possibilidade.
Quando o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci se viu acuado pelas afirmações de um caseiro, em Brasília, surgiu logo um aloprado para quebrar o sigilo bancário do acusador, que tinha uma conta-poupança na Caixa Econômica Federal. O caso não deu em nada. Ficou tudo por isso mesmo. Agora a coisa se repete. Dessa vez na Receita Federal, onde quebrou-se o sigilo fiscal de três membros da cúpula do PSDB, talvez para a montagem daqueles dossiês que o PT adora divulgar.
A impressão que temos é que nesse governo se pode tudo: se for contra os adversários lança-se mão dos meios mais sujos. Semana passada o corregedor-geral da Receita, Antonio Carlos Costa D’Avila, veio a público dar explicações. Afirmou que nas investigações identificaram-se indícios da existência de um “balcão de compra e venda” de informações no órgão.
“Há indícios de uma intermediação feita por alguém de fora. Os indícios são de um suposto balcão de compra e venda de informação”, disse o corregedor, admitindo que grupos políticos possam ter utilizado o suposto “balcão” de compra e venda de informações, mas apressando-se em aliviar a barra: “Houve compra e venda de informações, independente de grupos mandantes, mas não identificamos nenhum vínculo político partidário”.
Nesse governo é assim.
0 comentários:
Postar um comentário