Câmara de Porto Real ignora pedido de CPI contra vereador acusado de seqüestro de estupro e de vender três máquinas empilhadeiras roubadas
Que trunfo o vereador Heitor Silvestre da Silva (DEM) teria contra seus colegas de bancada para ser tão protegido, a ponto de eles se posicionarem contra a opinião publica, ignorando o pedido de investigação proposto para apurar as responsabilidades de Heitor nos crimes de agressão, ameaça, sequestro, cárcere privado e estupro contra uma jovem de 24 anos, pelos quais ele responde no Tribunal de Justiça?
Esse questionamento começou a ser feito na semana passada, depois que os vereadores Jayme da Silva Pereira, João de Sousa Gomes, Luis Fernando Graciani e Rafael de Carvalho Lima decidiram “sentar” sobre o pedido de CPI apresentado por um morador e subscrito pelos vereadores Bianca Sampaio, Cacilda Serfiot, José Roberto Pereira e Mauro Ethore. O pedido era para ter sido lido durante a sessão do dia 26 de abril, mas o vereador José Roberto foi impedido de fazê-lo. Esperou-se que isso ocorresse na dia 28, mas nenhum membro da mesa diretora apareceu para abrir a sessão.
“O presidente está desrespeitando o regimento interno. Ele deveria ter determinado a leitura do pedido e logo em seguida formado a comissão de investigação. O comportamento adotado pela mesa diretora é de proteção, quando a Casa deveria investigar, até para se preservar”, entende o vereador José Roberto.
Desde o dia 19 de julho do ano passado, quando uma jovem de 24 anos procurou a polícia e o Ministério Público para denunciar o vereador, que Heitor Silvestre vem sendo protegido pelos membros da mesa diretora. A Casa tem nove vereadores e, contando com o dele próprio, Silvestre tem cinco votos, o que, além de livrá-lo de maiores problemas, lhe garantiu a presidência da Câmara para o biênio 2010/2011.
“Esses vereadores envergonham a nossa cidade. Ninguém aqui quer crucificar o Heitor. Buscamos justiça. O que queremos é que a Câmara abra a comissão de inquérito, pois esse homem, além da violência contra uma moça de 24 anos, também está sendo acusado de vender três empilhadeiras roubadas. Não creio que uma pessoa assim tenha condições morais para nos representar como vereador. Acho que a Câmara deveria tê-lo afastado até que o Tribunal de Justiça conclua o processo, mas pelo que estamos vendo isso não vai acontecer mesmo que ele venha a ser condenado”, enfatiza uma professora que desde que o caso do estupro foi divulgado nunca deixou de assistir uma sessão da Câmara.
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