A falta de “jogo de cintura” do prefeito Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho, está sendo apontada como responsável pelo atraso de um projeto que pode mudar a “cara” da cidade e gerar muitos benefícios para o município, que embora tenha praias destacadas entre as mais bonitas do Brasil, sofre com o desemprego e a favelização.
Orçadas em R$ 7,7 milhões, dinheiro garantido pelo governo estadual, as obras de reurbanização da orla Praia Grande tiveram o início anunciado para três datas diferentes, mas nada aconteceu até agora, porque a Prefeitura quer fazê-las em área da iniciativa privada, sem garantir sequer o pagamento do valor venal do espaço do qual pretende se apropriar. A última declaração do prefeito dava conta de que as obras seriam iniciadas essa semana, mas até o fechamento dessa edição nada havia acontecido.
“Esse projeto é de grande importância para a cidade e tem o apoio de toda a sociedade, mas é preciso que se respeite o direito a propriedade. É justo que a prefeitura pague pela área que pretende usar”, afirma o vereador Eduardo Andrade da Rocha, que enviou ofício ao presidente da empresa Nova Álcalis, Thiago Brasil, para que as negociações com a Prefeitura fossem mantidas para garantir a realização do projeto. Thiago respondeu que nunca se recusou a negociar com a Prefeitura e que a empresa não se opõe ao projeto desde que o município pague pelo menos o valor venal da área.
Disposto a usar a área sem pagar por ela, o prefeito recorreu a Justiça e conseguiu uma decisão favorável. A empresa Nova Álcalis apelou em instância superior, onde provou ser proprietária da área e conseguiu suspender o ato jurídico que favoreceu à prefeitura. De acordo com in-formações da empresa, a Nova Álcalis foi surpreendida pela postura do prefeito, que antes de recorrer à Justiça vinha conversando com a empresa, chegando até a falar no pagamento valor venal da área envolvida no projeto.
O prefeito e o secretário municipal de Obras, Reginaldo Mendes Leite, não foram encontrados para falarem sobre o assunto.
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