Tenho conversado com vereadores de Magé e noto que ninguém naquela casa compactua com o jeito que o presidente da Casa conduz as coisas por lá, mas não falam nada por medo. É um esperando pelo outro. Quando, na sessão do dia 4 de maio, o vereador Álvaro Alencar levantou a voz para pedir que o presidente esclarecesse se a carta renúncia da prefeita afastada havia ou não sido protocolada e que desse explicações sobre algumas atas, todos se calaram, mas o silêncio de cada um era uma expectativa de resposta por parte de Dinho Cozzolino, que saiu apressado e deixou a sessão por conta do vice-presidente, Leonardo da Vila. O vereador Carlos Prata ainda tentou acuar Álvaro, mas ficou só na tentativa.
O que quero dizer é que os vereadores morrem de medo da reação do presidente e por isso optam pelo silêncio. Quando Dinho se recusa a responder a um requerimento, quando se nega a conceder vistas nos balancetes, ele está cometendo abuso de autoridade sim e não falta com respeito apenas com o vereador que fez o pedido, mas com todo o Poder Legislativo e com a sociedade de modo geral.
O que Dinho tem feito ao longo de sua permanência como presidente da Câmara Municipal de Magé é confundir aquilo lá como extensão de seu quintal, é comportar-se como se os demais membros da Casa fossem empregados de sua família e que assim sendo têm de fazer o que ele quer. Não é assim que a banda toca. Não sei quais os trunfos que o presidente tem usado para não ser questionado, mas acho que seu autoritarismo todo encontrou um paredão de concreto pela frente no dia em que ele teve a infeliz idéia de mandar o vereador Álvaro Alencar procurar a Justiça se quisesse verificar o livro de protocolo e as atas. Ele mandou, Alencar foi, o castelo de areia que Dinho imaginava ser de pedra, desmoronou com o vento e as coisas ainda podem piorar muito para sua excelência, que se for pelo menos um pouco inteligente vai baixar a bola, repensar tudo e passar seu caderno a limpo, para que sua situação não fique insustentável.
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