Os membros da “colenda” Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu (eles adoram esse termo, mesmo que alguns não saibam bem o que significa) vivem aprontando com a população. Passaram cinco anos e três meses fechando os olhos para as sacanagens de Lindberg Farias e sua turma, arquivaram CPIs, aprovaram coisas absurdas e até venderam - por R$ 200 mil - uma rua para o shopping da cidade poder ampliar seus domínios, mas se assustam com uma simples câmera de vídeo doméstica, daquelas que quase todo mundo usa hoje em dia.
Pois é, os integrantes do “egrégio” Poder Legislativo iguaçuano (também gostam dessa palavra) chamaram a polícia porque se sentiram ameaçados pela presença do merendeiro Moises da Silva Oliveira, que, há três meses sem salário, resolveu entrar na casa que dizem ser do povo com uma camerazinha para filmar a sessão na qual os bem pagos vereadores (todos com salário em dia e outras mordomias garantidas) apreciaram um projeto de lei que talvez regularize a situação dele de centenas de companheiros.
Fizeram um estardalhaço danado e o pior é que parte da imprensa comprou o barulho deles. Agora devem estar morrendo de vergonha, pois o homem que pensaram tratar-se de um pistoleiro, é um cidadão de bem que lá estava exercendo o direito de assistir a sessão, que poderia ser filmada sim, pois é uma reunião pública, e não uma sessão de clube privado, embora muitos dos nobres representantes do povo iguaçuano confunda aquilo lá com a extensão de seus quintais.
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