sábado, 8 de maio de 2010

A devassa agora é na Codeni

Ministério Público Federal abre inquérito para apurar fraude na Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu. Portaria fala também em suposto desvio de verba para pagar propina a prefeito

Com os bens bloqueados e respondendo a mais de 600 processos judiciais e procedimentos investigativos, o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), acaba de ganhar mais um inquérito para a sua coleção.

O Ministério Público Federal transformou em inquérito civil público o procedimento administrativo aberto para apurar suposta fraude em contrato firmado entre a Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni) e a empresa Rumo Novo Engenharia. De acordo com a Portaria nº 60, assinada pelo procurador da República Renato de Freitas Souza Machado, também está sendo investigado suposto desvio de verba para pagamento de propina ao então prefeito.

Durante os dois primeiros anos da administração de Lindberg Farias, a empresa Rumo Novo fez vários contratos através da Codeni, uma empresa de capital misto que assinava contratos sem licitação para fazer obras para a Prefeitura, mas em vez de executar os serviços terceirizava as obras, privilegiando empresas como a Rumo Novo, Rio Lastef, Aporte Serviços e MR Sul. No dia 10 de novembro de 2005, por exemplo, a Secretaria Municipal de Educação firmou convênio com a Codeni, repassando exatos R$ 13.361.279,76 para reforma de escolas, serviços que até hoje ninguém sabe se foram realizados. Na época a vereadora Marli de Freitas respondia pela Secretaria de Educação e Glaucia Bom, que hoje responde a processos na Justiça por sua atuação na Secretaria Municipal de Saúde, presidia a Codeni.


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