O tesoureiro do PT nacional, João Vaccari Neto e o operador de mercado financeiro Lúcio Funaro serão convocados para depor na CPI instalada pela Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu para investigar um rombo de R$ 400 milhões dado na previdência dos servidores municipais durante os cinco anos em que o prefeito Lindberg Farias (PT), governou o município.
De acordo com o presidente da CPI, Thiago Portela, há indícios de que dinheiro público tenha sido desviado para formar um fundo de campanha para o ex-prefeito, que é pré-candidato a senador. A convocação de Vaccari se deve ao fato de o Instituto de Previdência do Município de Nova Iguaçu (Previni) ter adquirido 2,67% de cotas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Banccop), onde foi descoberto desvio de recursos para o PT. Ainda não se sabe ao certo, mas o Previni pode ter perdido pelo menos R$ 35 milhões no investimento feito na Bancoop.
O escândalo da Bancoop está sendo investigado pela Assembleia Legislativa de São Paulo, que, além de Vaccari Neto, envolve o ex-ministro José Dirceu, que foi envolvido no esquema de corrupção pelo corretor de títulos Lúcio Bolonha Funaro. Ele afirmou na CPI da Banccop que a corrupção na cooperativa dos bancários teria, entre outros objetivos, o de bancar a disputa de Lindberg Farias. O dinheiro, segundo Funaro, era repassado para José Dirceu, antes de chegar às mãos do ex-prefeito de Nova Iguaçu.
O vereador Thiago Portela afirma que há suspeita de que o desvio de recursos serviria para alimentar um esquema de caixa dois para o ex-prefeito e uma das formas de desviar o dinheiro seria o desconto da parcela nos contracheques dos servidores municipais e o não repasse para o Fundo de Previdência.
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