sábado, 7 de maio de 2011

Pensando bem...

Conseguiria Rozam Gomes jogar o jogo que Magé precisa com as mesmas peças no tabuleiro? Teria ele sustentação, governabilidade suficientes para substituir todas as peças e jogar da maneira que achasse melhor? Creio que não. Analisando por esse ângulo consigo entender a opção pelo suicídio político. Foi ruim para a imagem dele? Não, foi péssimo! Deu margens a ilações e questionamentos sobre todos os ângulos? Deu! Isso é evidente e não é preciso parar para pensar. Mas o que vou relatar agora, isso sim, precisa ser analisado.
Que Rozam sempre foi amigo de Núbia Cozzolino, todos sabem. Que ele sempre foi leal e grato a ela por ter sido por ela introduzido na vida pública, mesmo desagradando aos outros Cozzolinos, ninguém desconhece. Tanto que no dia 12 de setembro de 2009, quando ele estava assumindo o governo, afirmou: “Não há nenhuma alegria em mim nesse momento”. Rozam governou durante 15 meses e a duras penas. Quem acompanha os bastidores da política mageense sabe do que estou dizendo: não tinha da Câmara o apoio que Núbia recebia e era obrigado a engolir vários sapos gordos, o que deve ser bem desagradável de se ingerir.
Veio a licença e a coisa só piorou, pois sua saída ascendeu dois nomes que certamente não iriam aceitar facilmente o “rebaixamento”: Dinho foi ser prefeito e Leonardo da Vila presidente da Câmara. Esses dois tem o controle sobre a expressiva maioria dos membros daquela Casa. Rozam teria muito mais dificuldades daqui para frente e por isso mesmo duvido que conseguisse mudar as peças do tabuleiro.
Não mudei de idéia. Continuo achando que Rozam se matou politicamente falando. Daí do outro lado muitos pensam e com razão, que ele foi covarde. Outros pensam até coisas piores, mas eu, além de continuar afirmando que ele cometera suicídio ao licenciar-se de novo, acrescento a essa posição outro pensamento: ele não teria governabilidade para jogar de maneira diferente.


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