quarta-feira, 25 de maio de 2011

Maricá S/A

Empresas indicadas por “companheiros” faturam alto no governo de Washington Quaquá

Uma investigação sobre possível direcionamento de licitações está fazendo uma grande descoberta no município de Maricá: empresas que prestam serviços a administrações petistas em outros municípios, inclusive fora estado do Rio de Janeiro, estão atuando na cidade, o que sugere uma formação de cartel por empresas supostamente indicadas pela cúpula do partido, que é representada na Prefeitura de Maricá por Marcelo Sereno (secretário de Indústria e Petróleo), Maria Helena Alves Oliveira (que comanda quatro secretarias) e Wellington Ribeiro (subsecretário de Relações Internacionais). Sereno e Maria Helena administram recursos mensais de cerca de R$ 20 milhões, provenientes dos royalties do petróleo.
Entre as empresas com atuação em outras cidades está a Luxor Construções, que atuou em Campinas, onde, segundo o Ministério Público de São Paulo, R$ 650 milhões foram desviados através de fraudes na empresa municipal de saneamento. O município paulista é governado por uma coligação que reúne o PDT e o PT. A Luxor foi contratada pelo prefeito Washington Luiz Siqueira, o Washington Quaquá para reformar a sede do governo. O contrato é de R$ 6.763.900,70 e está sendo com parte de uma verba de R$ 12 milhões liberada pelo BNDES.
Também está atuando em Maricá a empresa Easy Car Locação, de Brasília, que conseguiu a proeza de alugar seis veículos com motorista (com combustível por conta da Prefeitura) para a Secretaria Municipal de Saúde, recebendo R$ 528.102,36 em 12 meses. Cada carro saiu por R$ 88.017,06, exatamente R$ 7.334,75 por mês por cada um deles.
Já tendo movido cinco ações de improbidade administrativa contra o prefeito Washington Quaquá e membros do governo e aberto vários inquéritos para investigar denúncias de superfaturamento, o Ministério Público está atento a duas empresas de consultoria, a Espartacus, que seria do secretário Marcelo Sereno e a CTM – Consultoria de Tributos Municipais, que seria controlada pela secretária Maria Helena. Entre os contratos investigados estão os firmados pela Prefeitura de Maricá com as empresas DSF, Hope Consultoria, Peça Oil Distribuidora, Bbseller, Engebio, Controller Consultoria.
Por conta da empresa da DSF, Maria Helena está sendo processada em Manaus, onde também foi secretária de Admistração, depois de ter passado por Nova Iguaçu, na gestão do petista Lindberg Farias. Ela foi denunciada à Justiça do Estado do Amazonas pelo vereador Marcelo Ramos, acusada de direcionamentos em licitações.

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