sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Resistência indômita


“Quem está acostumado ao chicote, estranha o carinho. Quem passou a vida inteira sendo olhado de cara feia estranhará o sorriso sempre e vai fazer de tudo para impedir que quem estiver ao seu lado sorria também.” Essas palavras, meus amigos, não são minhas. Abrem uma mensagem me enviada ontem à noite por uma senhora, mãe de um casal de filhos, o mais velho, um menino, estudante da rede municipal de ensino de Magé. Não vou mencionar o nome da escola porque, infelizmente, muitos funcionários ainda não sentiram os ares da mudança e acham que a carranca tem de permanecer para mostrar uma força que na verdade não se tem e poderiam retaliar.
“Boa noite, Elizeu Pires. Estou triste com algumas coisas que estão acontecendo na escola em que meu filho estuda. Acompanho seu trabalho e tenho feito vários comentários. Relutei muito em lhe passar o que vou dizer agora, mas como essa semana o fato se repetiu, resolvi fazê-lo. Hoje fui pegar meu filho na escola e, no portão, ouvi uma funcionária dizer assim: ‘É mãe, o careca (referindo-se ao prefeito Nestor Vidal) deixou as crianças sem merenda hoje e a coisa está cada vez pior, porque estamos sem salário também’. Quando cheguei em casa perguntei ao meu filho sobre a merenda e ele me disse que nunca faltou comida na escola e sobre o salário procurei saber de uma vizinha que trabalha há 20 anos na Prefeitura e ela me falou que não houve atraso algum. Pelo que percebi, tem muita gente querendo nos jogar contra essa nova gestão”.
Foi o que disse essa mãe e essa mensagem vai de encontro a vários outros relatos que tenho recebido nos últimos dias. Isso é preocupante, pois se existem mesmo funcionários capazes de disseminar esse tipo de coisa, há que se atentar para a possibilidade de coisas piores. Amigos, é por isso que costumam dizer que em Magé as coisas são realmente muito diferentes, que a verdade é aquilo que se fala mesmo sem saber. 



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