Acabo de receber mensagem de uma das mais de mil professoras demitidas pelo prefeito interino de Magé, Anderson Cozzolino, o Dinho e concluí que o que esse rapaz fez foi uma grande covardia. Reaja ele e seus assessores como quiserem, o fato é que não há nada que justifique essas demissões, a não ser um jeito nada inteligente de fazer economia: demitir para não pagar os meses de janeiro e fevereiro, criando mais um problema social, como se esse município já não tivesse tantos.
Me conta a professora - que aqui vou chamar de A - que os parcos R$ 600 que ela recebia por mês vão lhe fazer muita falta. Em dezembro ela ousou um pouco mais e parcelou, no cartão da prima, uma bicicleta para presentear a filha. Não sabe como vai fazer para pagar as três parcelas de R$ 60. Não é só isso: ela também precisa fazer compras para a casa, pagar a conta de luz e ainda separar R$ 150 para o aluguel. Vai ter sérios problemas daqui para frente, porque o interino achou-se no direito de demiti-la sem motivo aparente. Repito: isso é covardia.
Assim como A, centenas de profissionais de ensino estão preocupadas com o dia seguinte, porque o interino quer fazer caixa a custa dos repasses da Educação. Caixa para que? Talvez seja necessário comprar mais capas e guarda-chuvas de péssima qualidade lá na República Popular da China.
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