segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Calote na saúde de Nova Iguaçu continua


A falta de pagamento que afeta as empresas encarregadas das limpeza urbana e de terceirização de mão-de-obra para o Hospital da Posse e postos de saúde de Nova Iguaçu é a mesma que está prejudicando o atendimento médico e a realização de exames nas clínicas e laboratórios conveniados. Algumas clínicas, como a São Paulo, por exemplo, ainda não pagaram o décimo-terceiro dos funcionários. A Clínica São Paulo está há sete meses sem receber, embora a verba específica enviada pelo Ministério da Saúde nunca chegou com atraso nas contas da Prefeitura.
As clínicas e laboratórios particulares que prestam serviços através de convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) começaram a ter problema para receber da Prefeitura em janeiro de 2005, com a “Operação Calote” implantada na gestão do prefeito Lindberg Farias, que levou muitas empresas a falência e deixou outras tantas em dificuldades. Em dezembro o Instituto Oncológico teve de paralisar o atendimento por conta da greve dos funcionários e da falta de medicamentos. Pelo menos 10 unidades conveniadas estão ameaçadas de falência. Só com o Instituto Oncológico a dívida é de R$ 1,2 milhão.
De acordo com os representantes dessas unidades, a prefeita Sheila Gama assumiu o compromisso de pagar uma fatura atrasada e uma em dia, mas a Secretaria Municipal de Saúde não está respeitando esse acordo. Segundo informações do Sindicato dos Laboratórios de Patologia e Análises Clínicas do Estado do Rio de Janeiro (Sindilapac), 75% dos laboratórios de Nova Iguaçu estão sem receber desde abril do ano passado e os 25% restantes receberam suas faturas a até junho, acumulando uma dívida de cerca de R$ 9 milhões.

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