Casimiro de Abreu parou no tempo e moradores culpam a incapacidade administrativa do prefeito
No próximo dia 1º o prefeito de Casimiro de Abreu, Antonio Marcos Lemos estará completando nove meses de gestão, exatamente 273 dias de um governo, que, ao julgar pelas promessas por ele feitas durante a campanha eleitoral e pela falta de ações da administração municipal, ainda não começou. Longe dos anseios da população que apostou no discurso da mudança propagado nos palanques, o prefeito é apontado hoje por alguns segmentos da sociedade, como um personagem de ficção, interpretado por um político de carreira meteórica, que de um mandato de vereador pulou para o cargo mais poderoso do município, mas parece atrapalhado com esse poder.
“Infelizmente não podemos tirá-lo do cargo, mas nosso sentimento é de profundo arrependimento. Se ele não tem capacidade para gerir o município - e é isso que está parecendo - deveria pedir para sair, pegar o boné e ir embora, porque nossa cidade está precisando é de um prefeito de verdade”, desabafa um comerciante do centro da cidade.
“Acho que o prefeito está é de brincadeira. Gastou muito dinheiro com uma festa. Aliás, a festa foi muito bonita e adorei os shows, mas vida não é isso. Ficaria mais contente se tivesse remédio no hospital e nos postos de saúde. Não queremos circo”, disparou Maria da Conceição de Souza.
Insatisfação geral
Na localidade de Barra de São João a ausência da administração municipal é notada em vários setores. Um dos casos que vem revoltando os moradores é o fechamento da creche Nosso Amiguinho, que funcionava anexa ao Centro Infantil João Teixeira Bastos, que foi interditada a pedido do Ministério Público, por conta das péssimas condições de funcionamento. Isso aconteceu em agosto e o prefeito prometeu um local provisório, mas nada foi feito até agora.
“Em vez de tomar providência o prefeito responsabilizou funcionários pelo fechamento da creche. As crianças estavam recebendo alimentos com data de validade vencida e o prédio tem infiltrações e vazamentos, por conta de uma administração desastrosa. Quem compra alimentos é a prefeitura. Quem faz obra de conservação é a prefeitura. Como a culpa pode ser dos funcionários?”, pergunta a moradora Maria da Conceição.
O preço do silêncio
De acordo com o vereador Alex Neves, que tem denunciado várias irregularidades atribuídas a administração municipal, o prefeito Antonio Marcos vem usando cargos públicos para calar quem o critica. ”Antonio Marcos achou um jeito de safar das criticas “calando a boca” de adversários com empregos públicos. Tem mulher e filho de presidente de associação de moradores sendo nomeador. É uma maneira que ele acha para não ser criticado. Mas as críticas são importantes porque abrem o olho do administrador”, afirmou Alex.
O vereador entende que as coisas mudaram para pior no município. “A população deixou de ser assistida pelo poder público. Os carentes não recebem mais cesta básica e quem tem aluguel social não tem mais ou quem está morando, o dono da casa não recebe mais o aluguel, está despejando. Temos um governo que junta dinheiro por incompetência. De que adianta ficar se gabando de ter mais de R$ 20 milhões em caixa e deixar a população sofrendo?”, indaga o vereador.
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