quarta-feira, 23 de setembro de 2009

E o menino pensa que é rei

Conheço o hoje vereador Valdeck Ferreira Matos da Silva há muito anos. Ou melhor, pensei que conhecia. O Valdeck de hoje é muito diferente, parece viver num mundo com regras próprias, onde a verdade é subjetiva e pode ser interpretada de várias maneiras.

O menino de ontem jamais se aliaria a uma pessoa apontada pela polícia como mandante da morte do padrinho, do homem que lhe deu o chão para pisar, que lhe abriu a porta estreita da vida pública e lhe garantiu o primeiro mandato.

O garoto daquele tempo - que não vai muito longe - não ignoraria os conselhos dos mais experientes, ouviria com atenção e aplicaria tudo para melhorar sua vida sem prejudicar as de outrem.

O Valdeck de hoje se mostra deslumbrado com um poder que não tem, só acredita no que lhe interessa, fechou-se para o real que incomoda os fracos e tapou os ouvidos para não ouvir as palavras que podem desmoronar o castelo de areia em que vive com uma princesa tão imaginária quanto a força que ele pensa ter.

O homem de hoje não está seguro no mandato e a qualquer momento pode ser apeado da cadeira na Câmara Municipal de Magé, pois o embargo que lhe segura tem tanta sustentação quanto uma folha seca solta ao vento e o “reino” que pensa ser seu é um lugar habitado por pessoas que fazem jus a dias melhores e não podem viver subjugados a desmandos.





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