domingo, 1 de novembro de 2009

Obra para enganar o povo

Calote prejudica a população paralisando projetos em Nova Iguaçu

Orçada inicialmente em R$ 16 milhões, projeto que já passa de R$ 20 milhões, a obra de duplicação do viaduto da Posse, em Nova Iguaçu, está virando novela. Com mais de um ano de atraso e muitas explicações confusas por parte da prefeitura, a responsabilidade pelos serviços foi entregue agora a empresa Hécio Gomes Engenharia, depois que a Sanerio reduziu o ritmo dos trabalhos mais uma vez por falta de pagamento. A situação, entretanto, ficou complicada porque a prefeitura contratou uma nova empresa, mas não rescindiu o contrato da outra. As duas empreiteiras estão no canteiro. “A verdade é que a prefeitura vem atrasando os pagamentos desde o início da obra (outubro de 2007). Por conta disso tivemos de reduzir o ritmo”, disse uma fonte ligada a Sanerio.

Irregularidade

A empresa Hécio Gomes Engenharia já presta serviços ao município de Nova Iguaçu desde 2006 e vem sendo investigada pelo Ministério Público por suspeita de irregularidade na obra do bairro Jardim Cabuçu. Além da polêmica de dois contratos para a mesma obra, a Secretaria Municipal de Cidade, responsável pela contratação, terá de explicar porque e a Hécio Gomes Engenharia começou a trabalhar no viaduto cinco dias antes da assinatura do contrato, o que só aconteceu no dia 28 de outubro.

Mais atrasos

A gestão do prefeito Lindberg Farias vem sendo marcada por paralisação de obras em vários bairros, situação que revolta, por exemplo, os moradores de Andrade Araújo, Figueira e Vila de Cava, onde ruas inteiras foram esburacadas e abandonadas logo depois.

“Nós tínhamos um asfalto que resolvia bem o nosso problema. A prefeitura quebrou tudo e não fez nada. Fomos enganados por Lindberg que só queria nossos votos para se reeleger. O que fez com a gente é uma covardia danada”, reclama Jorge Ferreira da Silva, morador de Vila de Cava.

No bairro Figueira a comunidade não quer nem ouvir o nome do prefeito. Esse moço é um enganador. Esburacou o bairro inteiro. Destruiu o asfalto que tínhamos e virou as costas para nós”, protesta um comerciante.




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