Lindberg “financia” com cargos na prefeitura, disputa de seus candidatos nas eleições do PT
Ex-vereador em Magé, Carlos Eduardo Rodrigues da Silva, o Eduardo do PT tem um cargo de secretário-adjunto na prefeitura de Nova Iguaçu e ganha cerca de R$ 2,5 mil por mês. Como ele existem pelo menos 200 e a tarefa principal é ajudar o prefeito Lindberg Farias nas eleições internas do partido. A missão é eleger Lourival Cazula Filho presidente do diretório estadual do partido. Cazula é o titular da Secretaria Municipal de Coordenação Política e Institucional, onde, de acordo com denúncias encaminhadas ao Ministério Público, estariam lotados petistas de vários municípios, todos com direito a voto dentro do partido.
De acordo com a denúncia, alguns ajudam nas visitas que o prefeito tem feito aos municípios numa espécie de pré-campanha para o governo estadual e tem ainda a tropa de choque acionada sempre que necessário para vaiar o governador Sérgio Cabral, preferencialmente nos eventos nos quais o presidente Lula é a estrela maior. “Tem gente que nem sabe direito onde fica a sede da secretaria, mas está lotado lá. Tem militante de Itaguaí, Paracambi, Japeri, Magé, Niterói e até de Angra dos Reis, mas a maioria é do Rio. Até o secretário não é fácil de ser encontrado por aqui”, diz uma fonte ligada ao setor de Recursos Humanos.
Funcionário público federal ligado aos mata-mosquitos, o suplente de vereador Sebastião Wagner Berriel é o candidato de Lindberg ao comando do diretório municipal. Ocupando interinamente a cadeira do vereador Carlos Ferreira, que licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria Municipal de Economia e Finanças. Berriel tem como adversária na disputa a vereadora Marli de Freitas. Ele também conta com ajuda da militância contratada e da claque oficial do prefeito na disputa.
“Fantasma” é problema antigo
A existência de “fantasmas” na gestão do prefeito Lindberg Farias é antigo. No ano passado o Tribunal de Contas do Estado (TCE) fez uma auditoria na prefeitura de Nova Iguaçu e a apontou a existência de 865 funcionários fantasmas, a maioria lotada na Secretaria de Governo. Por conta do grande número de nomeações, agregando pessoas até de outros estados, a administração petista em Nova Iguaçu é chamada pelos servidores efetivos de “coração de mãe”, porque sempre cabe mais um militante desempregado.
O relatório do TCE foi feito pelos inspetores Alcir Dias de Souza e José Mota da Silva Filho. Eles estiveram na prefeitura no período de 21 de maio a 11 de julho de 2008. Eles afirmaram que os “fantasmas” não apareciam na secretaria nem para pegar os contracheques e seus pontos eram atestados pela chefe de gabinete do prefeito, Maria José Andrade.
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