Tudo indica que o presidente da Câmara de Vereadores de Magé, Anderson Cozzolino, o Dinho, está esperando o pior em relação ao mandato de sua irmã, a prefeita afastada Núbia Cozzolino. As entrelinhas do projeto pessoal dele, ato que culminou com a atencipação – em 14 meses – da eleição para composição da mesa diretora daquela Casa, sugere que sim e muito mais: ele está de olho na cadeira de prefeito e espera ocupá-la sem se submeter ao voto popular.
Vejam bem: o mandato de presidente do Poder Legislativo é de dois anos e o dele só termina no dia 31 de dezembro de 2010, mas Dinho teve a coragem de mudar as regras do jogo e adiantou a votação, aproveitando o controle que exerce sobre a maioria de seus pares para se renovar um mandato que ainda não acabou. Com isso, caso a Justiça Eleitoral decida tornar nula a eleição de Núbia e por conseqüência a do vice-prefeito Rozan Gomes, caberá ao presidente da Câmara assumir a prefeitura até que uma nova eleição para prefeito seja levada a efeito, isso se a decisão da Justiça acontecer antes de se completarem dois anos da posse da prefeita e do vice. Precavido, Dinho antecipou a sua reeleição, pois, se a Justiça cassar a chapa de Núbia no início de 2011, caberá a ele concluir a gestão iniciada pela irmã.
O que Dinho talvez não saiba, é que o Ministério Público já tomou conhecimento de sua manobra e está disposto a pedir a anulação da seção em que ele foi reeleito, pois os nobres membros da Câmara Municipal de Magé podem até acreditar que o ato é legal, mas é no mínimo imoral, indecente suficiente para manchar ainda mais o nome já tão enlameado do município.
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