Há uns dois meses revelei aqui as inconfidências de um petista nato que passou uns quatro anos ocupando uma daquelas subsecretárias que Lindberg Farias criou na Prefeitura de Nova Iguaçu para abrigar a turma da boquinha, uns parasitas que adoram receber sem trabalhar. O moço, que perdeu a boca no dia 31 de março com a saída do “Lindinho”, me falou sobre as pesquisas “induzidas” que o ex-prefeito teria encomendado quando entrou numa de que tinha condições de disputar o governo do Rio de Janeiro.
Me revelou o moço, que Lindberg tratou de cuidar de suas próprias pesquisas de intenção de votos para tentar desqualificar as consultas feitas pelos institutos que lhe conferiam sempre a lanterninha. O então prefeito, afirmou, teria ido buscar em Minas Gerais uma empresa que fizesse as pesquisas de acordo com a orientação do cliente e o modus operandi era o seguinte: reunia-se dezenas de pessoas numa sala, Lindberg fazia um discurso e logo em seguida os “pesquisadores” entravam em ação. Não precisa nem dizer que só dava ele, mas como os números reais continuaram lhe apontando como lanterna, Lindberg não teve outra alternativa a não ser cair na realidade e jogar a toalha.
Voltei ao assunto porque Lindberg vem aparecendo liderando as pesquisas de intenção de votos para senador, tecnicamente empatado com Marcelo Crivela e porque fui lembrado pelo petista que perdeu a “boca”, de que o ex-prefeito teria voltado a apelar a uma empresa para dar uma melhorada em sua posição, usando a seguinte tática: os pesquisadores já saberiam a quem entrevistar. Trabalhariam em cima dos “fantasmas” que Lindberg nomeou na Prefeitura, um universo que chegaria fácil a 1.200 entrevistados em potencial.
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