Irritado com o noticiário sobre os novos escândalos de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu novamente para o ataque contra a imprensa. Visivelmente transtornado com a reportagem da revista veja que está nas bancas hoje, mostrando que pagamentos de propinas foram feitos dentro do Palácio do Planalto ao pessoal da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que deixou o cargo quinta-feira, Lula preferiu culpar aos jornalistas pelo escândalo, quando deveria cortar na própria carne, já que os envolvidos são de sua equipe de governo.
Quando o presidente sai em defesa dos corruptos de seu governo em vez de agradecer a imprensa pelo serviço prestado ao país, revelando os fatos, ele quer dizer aos brasileiros que nada disso está acontecendo e que tudo é invenção dos jornalistas, essa raça a qual Lula e seus aloprados sonham dar fim, implantando a mordaça, o controle dos meios de comunicação.
No sábado, em discurso inflamado em Campinas, ao lado de Dilma e cercado de mensaleiros, Lula afirmou que o povo não precisa mais de formador de opinião e em seguida completou: “A opinião pública somos nós!” Sabem o que ele quis dizer com isso? Que o Brasil não precisa da imprensa apontando a corrupção que nos últimos anos aumentou bastante.
O comportamento antirepublicano e antidemocrático de Lula nem é dele, pois temos um presidente que passa o tempo todo imitando o ditador venezuelano Hugo Chaves, ídolo e companheiro do ex-metalúrgico e ex-sindicalista que graças aos espaços generosos lhe garantidos pela imprensa em seus tempos de “vacas magras”, chegou onde está.
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