Converso muito com cientistas políticos para poder entender melhor essa aceitação toda de Dilma Roussef, uma desconhecida sem história e sem feitos. Indago sempre sobre a aprovação extrema do governo Lula, apesar dos muitos escândalos, de esquemas de corrupção e dos flagrantes de violação dos direitos civis dos cidadão.
Ouço quase sempre a mesma resposta: “A aprovação maciça do Lula está nas camadas mais carentes, vem de pessoas que nada sabem sobre direitos civis e que acham que declaração de imposto de renda é coisa de gente rica e que rico tem mais é que ser devassado mesmo”.
Em suma, Lula tem a aprovação dos necessitados, dos dependentes do Bolsa Família que, a sua maneira de pensar, entendem que nada tem a perder com esse negócio de direitos civis. Para esses brasileiros, me fala um sociólogo renomado, pouco importa se o regime em que vivemos é democrático ou de exceção.
Abordo aqui esse assunto porque, graças a Deus, consigo enxergar um pouco mais longe. O que se tem feito no Brasil nos últimos oito anos é aumentar o assistencialismo, o jeito mais fácil de fazer-se agradar, quando o ideal seria garantir emprego e renda para todos.
O governo Lula passou esse tempo todo usando o plano econômico criado pelo antecessor, mas fazendo o jogo das grandes instituições financeiras, quando se faz necessário que reduzir os juros e a carga tributária para permitir que o empresariado invista cada vez mais e ampliem a geração de emprego e renda.
Acho que o programa assistencial do qual o presidente Lula se diz pai é bom e precisa ser mantido, mas não pode ser visto como base para nada, a não ser pelo viés político eleitoral, pois o que mais se ouve nas comunidades onde o Bolsa Família é a sustentação econômica, é o aviso de que se não votarem nos candidatos do PT o programa pode acabar, o que é uma criminosa mentira.
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