terça-feira, 28 de setembro de 2010

“Fichas-suja”, sociologicamente falando

Boa parte 46 membros da bancada fluminense no Congresso Nacional responde a processos na Justiça, inclusive a ações criminais, assim como muitos dos 70 deputados estaduais. Como não foram condenados em corte colegiada, segunda ou terceira instâncias, não se consideram “ficha-suja”.

Deviam ser considerados sim e proibidos de disputar eleições, mas como os Gilmar Mendes da vida pensam o contrário, assim como vários desembargadores e ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal, cabe ao eleitor dar a sentença, deixando de votar em político que esteja encrencado com a Justiça, pois sociologicamente falando, expressão usada por uma promotora de Rio das Ostras, são “fichas-sujas”, mesmo.

Ao julgar um processo no qual o deputado estadual Alcebíades Sabino (PSC) pedia direito de resposta ao jornal “Expresso Regional”, de Macaé - que o chamou de ficha-suja, pelo fato de ele responder atualmente a três ações, estar com os bens e contas bancárias bloqueados, além de ter sido processado pelo Ministério Público por compra de votos durante a campanha de 2006 -, a promotora eleitoral Mônica Campos externou dois conceitos de "ficha-suja", de caráter jurídico (os políticos já condenados pela Justiça) e de caráter sociológico (políticos citados por práticas ilegais, mas ainda não condenados), como é o caso de Sabino, um “ficha suja” sociologicamente falando, conceito também aplicado aos deputados federais Arnaldo Vianna, Solange Almeida, Nelson Bornier, Silvio Lopes, Leandro Sampaio, Geraldo Pudim, Hugo Leal, Edson Ezequiel, Fernando Lopes, Eduardo Cunha, Neilton Mulim, Manoel Ferreira e Rogério Lisboa.

Além de Sabino, sociologicamente falando, são “fichas-suja” Alair Correa, Mário Marques, Anabal de Souza, José Nader, Wilson Cabral, Geraldo Moreira e Jorge Babu, seus colegas na Assembléia Legislativa.


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