quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sem porte de arma

Recebi centenas de mensagens de leitores se posicionando contra o porte de arma para guardas municipais, ideia de jerico enfiada na cabeça dos prefeitos por coronéis de pijama que foram presenteados com cargos de secretário de Segurança nas cidades fluminenses somente para garantirem o salário, já que essas secretarias funcionam apenas como cabide de emprego para policiais militares reformados e militarizar uma corporação que foi criada com a melhor das intenções: cuidar do patrimônio público, tomar conta das pracinhas, escolas e postos médicos.

Confundido guardas municipais com PMs, esses comandantes trataram de por uma farda nos agentes, deram a eles um cassetete e um par de algemas, com se esses guardas tivessem a atribuição de prender alguém. Depois lhes entregaram um talão de multas e os mandaram multar adoidado. Agora querem armar suas tropas particulares. Então vai ser um “Deus nos acuda”.

Em cidades como Belford Roxo, Duque de Caxias, Nilópolis e São João de Meriti os guardas municipais tem saído às ruas até para fazerem blitz no trânsito, esquecendo seus comandantes de que isso é tarefa da Polícia Militar. O máximo que os agentes municipais podem é atuar nas ruas orientando os motoristas. Não podem parar ninguém nem pedir a documentação dos veículos e dos seus condutores. Fazer isso é usurpar da função.

Armar esses agentes, em minha opinião e de centenas de leitores que interagiram comigo nos últimos dias, é estragar as guardas municipais, assim como fizeram com o Corpo de Bombeiros, quando um desses deputados que não tem o que fazer resolveu apresentar um projeto de lei dando porte de arma aos nossos bravos soldados do fogo. Foi daí que surgiram os Cristiano Girão da vida.



0 comentários: