sexta-feira, 23 de julho de 2010

O coronel e os “pela-sacos”

Eu quero é exonerar. Estou doido para chegar logo outubro para sair exonerando esse montão de “pela-sacos”.

Essa frase, segundo me contou hoje pela manhã um dos muitos ocupantes de cargos comissionados na Prefeitura de Nova Iguaçu, teria sido dita por um dos coronéis que o casal Gama tirou do quartel para militarizar a administração municipal.

Quem me contou isso concorda que por lá há muita gente que tem mais é que ser demitida mesmo, mas lamenta que desses a prefeita Sheila Gama e seus coronéis não reclamam. Eles não falam nada dos “fantasmas” de Lindberg Farias, por exemplo, pois grande parte daqueles 860 nomeados que o Tribunal de Contas encontrou lotados na Secretaria de Governo, em 2008, recebendo salário sem trabalhar, continua na folha de pagamento, fazendo do Palácio das Almas um castelo tão mal assombrado como antes.

Se o coronel acha que deve exonerar os “pela-sacos”, deveria fazer isso logo, incluindo nas portarias os que a atual gestão incorporou, pois assim estaria agindo com justiça. Para que esperar outubro? Eu mesmo respondo: É que o casal Gama tem lá seus compromissos com os Lindberg, Luiz Martins e Walney Rocha da vida e não pode exonerar seus respectivos cabos eleitorais ou “pela-sacos”, como o coronel preferir.

Tem muita gente sem fazer nada nessa gestão, mas em véspera de eleição ninguém demite ninguém. Os aliados são agraciados com empregos para seus “coringas”. É assim que os vereadores e deputados da Baixada Fluminense chamam seus cabos eleitorais, batedores de lata que recebem dos cofres públicas para dizerem que fulano é o máximo, que beltrano é fantástico e que sicrano vai fazer e acontecer.

Como o coronel apenas pensa que manda, vai ficar somente na vontade, embora eu gostasse que, sobre esse assunto, ele tivesse mesmo esse poder que acha que tem.



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