População de Casimiro de Abreu está
revoltada com o caos
na Saúde.
“Se arrependimento matasse eu já estaria morta. Votei nesse homem, pedi votos para ele porque acreditava nas promessas de mudança. As coisas mudaram para pior. A vontade que tenho é de ir lá no gabinete dele e obrigá-lo a atender o povo”. O desabafo é de Leda de Souza, moradora do município, que está revoltada com a falta de ações da administração municipal, principalmente com o caos verificado no setor de Saúde.
Leda depende de medicamentos de uso contínuo, mas está sendo obrigada a cobrar os remédios, simplesmente porque não consegue encontrá-los nas unidades administradas pela prefeitura. Na semana passada ela foi a um posto tentar fazer um exame de sangue, mas não conseguiu. Disseram a ela que a funcionária responsável pela coleta do material não havia ido trabalhar. A revolta da moradora foi externada na última quarta-feira através da Rádio Litoral AM.
A história revelada por Leda é semelhante a de milhares de moradores da cidade. Gente humilde que vê as ambulâncias circulando de baixo para cima, mas que quando depende de uma para ser socorrida é informada de que elas estão quebradas. “Estão brincando com coisa séria. A Saúde vai de mal a pior e não vemos ninguém fazer nada para melhorar”, desabafa uma dona de casa que na última quarta-feira esteve no hospital municipal e saiu de lá sem ser atendida.
Sem ação
Há sete meses de 12 dias no cargo, o prefeito Antonio Marcos Lemos, entendem algumas lideranças comunitárias locais, parece que ainda não se deu conta de que venceu a eleição e a ele foi dada a responsabilidade de governar o município. “A cidade está parada. Não vemos nada acontecendo e o pior é que o prefeito não atende ao povo, não dá uma resposta a sociedade. O que está sendo feito com o setor de Saúde é um absurdo”, dispara Carlos Alberto da Silva, morador da localidade de Rio Dourado.
O descontentamento também atinge a equipe de governo escolhida pelo prefeito e o secretário de Saúde, Evaldo Scarpini, um policial militar reformado, é um dos mais criticados. “Acho que o prefeito deveria nomear um médico para comandar a rede de Saúde. Se ele quer um militar no governo que o nomeie para a guarda municipal ou crie uma pasta de Segurança para ele. O que um policial militar entende de Saúde?”, indaga um comerciante estabelecido no centro da cidade.
Licitação cancelada
O prefeito Antonio Marcos Lemos decidiu cancelar a licitação marcada para o último dia 7, quando seriam abertos os envelopes com as propostas para a construção de uma ponte na Estrada CA-7, na localidade de Visconde. O cancelamento ocorreu depois que o vereador Alex Neves denunciou que a obra já estaria pronta, juntamente com outras duas pontes. A denúncia foi protocolada na Promotoria de Tutela Coletiva, em Macaé. “Essa obra estava pronta há pelo menos três meses”, afirmou o vereador.
O edital foi publicado na edição do dia 16 de julho do jornal oficial da prefeitura. A informação de que o cancelamento foi feito para que se fizesse uma retificação. O vereador Alex Neves agora está atento para ver se não irá surgir publicação com data retroativa, para regularizar o processo de construção da ponte.
O prefeito Antônio Marcos e o secretário municipal de Obras, Luiz Augusto, ainda não se pronunciaram sobre o assunto e a assessoria de imprensa da prefeitura não tem retornado os contatos do jornal com questionamentos sobre o caso.
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