domingo, 9 de agosto de 2009

E ele ainda quer ser governador

Má gestão de Lindberg deixa Nova Iguaçu no buraco.

Ele que ser governador do estado, mas afundou em dívidas o município que administra desde janeiro de 2005, comprometendo as finanças públicas por pelo menos 25 anos. Trata-se de Luiz Lindberg Farias Filho, prefeito de Nova Iguaçu, que tem percorrido o interior como pré-candidato ao governo do estado, deixando para trás uma cidade com dezenas de obras paradas, o setor de Saúde falido e dívidas estimadas em mais de R$ 500 milhões.

Apontado como “o pior prefeito que Nova Iguaçu já teve” e o mais processado da história do município, Lindberg tem uma gestão marcada por escândalos e denúncias de corrupção, casos que lhe conferem mais de 400 processos judiciais e inquéritos civis públicos, inclusive por fraude em licitação. Mesmo assim ele continua “peitando” a direção do partido, que defende a permanência da aliança com o governador Sérgio Cabral (PMDB).

“Lindberg está se antecipando. O PT só vai se pronunciar em fevereiro, mas o entendimento hoje é pela aliança com o PMDB em apoio a Sérgio Cabral. Também não garantimos uma candidatura ao Senado. Se Lindberg quiser ser candidato a deputado federal, com certeza terá vaga garantida, pois poderá ser o nosso puxador de legenda. A governador ou senador é outra história”, disse um petista com assento no comando estadual.

Propaganda enganosa


Divulgado como maior programa educacional de todos os tempos, o Bairro-Escola, pelo qual as crianças ficariam nas escolas em tempo integral, só funciona mesmo na propaganda do governo. “É uma grande farsa. O programa não funciona. Como os alunos podem ficar o dia todo nas escolas se ele não construiu um colégio sequer nesses cinco anos de administração. Dizer que o programa funciona é chamar as pessoas de idiotas. Desde que foi implantado o Bairro Escola só funcionou no bairro Miguel Couto, mesmo assim precariamente e em pouquíssimas unidades’, diz a professora Angela Maria de Souza.

Há quase seis anos no comando do município, Lindberg iniciou obras de reformas em várias escolas e não concluiu nenhuma delas. Começou, há dois anos, no bairro Prata, construir o único colégio projetado em sua gestão, mas as obras estão interrompidas desde julho do ano passado.

Dívidas, a marca do governo


Só ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu (Previni), a gestão de Lindberg Farias deve cerca de R$ 200 milhões. Nos últimos cinco anos aumentaram bastante as dívidas da Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni) e da Empresa Municipal de Limpeza Urbana (Emlurb). O Hospital da Posse já deve mais de R$ 40 milhões, sem contar os débitos que a prefeitura tem com as empreiteiras.

“A situação do município hoje é de penúria. Não há dinheiro para nada e algumas receitas estão penhoradas em favor de bancos que anteciparam créditos para a prefeitura. A verdade é que, quando sair para disputar algum cargo eletivo em 2010, Lindberg estará deixando o município ingovernável”, disse uma fonte do próprio governo.





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