A história que vou contar agora se passou numa cidade tão esquisita que parece ter saído do imaginário de algum “fazedor” de livro.
Nesse lugar acontece de tudo. O povo é surrupiado em todos os seus direitos, mas, convencidos por algumas migalhas de pão, os habitantes acabam endeusando os que o pilham, conferindo a eles o direito de continuarem “desgovernando”.
Recentemente um funcionário de confiança de quem (des) governa essa sofrida cidade foi chamado pelo chefe para fazer uma “hora extra”. Sua missão seria transportar uma grande quantidade de medicamentos até o local onde a carga seria enterrada.
A medida extrema tinha de ser tomada porque o grupo que manda nessa cidade precisava evitar que gente séria do Ministério Público e da Imprensa conseguisse as provas para desmontar uma farsa montada para encobrir o golpe dado pelo fornecedor no grupo ao qual era ligado.
Pois é. Os “donos” do poder levaram uma senhora “bolada nas costas” de um mero vendedor de medicamentos. Um cara que vendia um milhão, entregava a metade e dividia o restante com o grupo. Certo dia, talvez já cansado de fazer o serviço e ficar só com uma pequena parte para pagar o imposto sobre a nota e um calabocazinho, resolveu mostrar que podia e merecia receber mais.
Montaram lá umas das muitas licitações que costumam fazer e o cara, mais uma vez, venceu a parada. O fornecedor começou então imaginar um jeito de ir à forra e foi: 30% dos remédios entregues eram “bombas”, medicamentos que estariam vencidos em no máximo dois meses.
O vendedor meteu a grana no bolso e se mandou. Ao grupo não restou outro jeito senão chorar o leite derramado (a grana que se foi) e dar um jeito de esconder o rabo do gato.
Foi o que fizeram, mas como tudo que fazem é mal feito, aprontam e deixam o DNA no local, a história vazou. Tem gente séria trabalhando nisso e, pelo andar da carruagem, dessa vez não terá remédio jurídico que cure a ferida.
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