segunda-feira, 18 de abril de 2011

Rasgando o verbo

Bom dia, amigos! No momento em que inicio esse texto estou pegando a chave do cofre da minha sanidade e abrindo o coração para vocês. Hoje é segunda-feira, 18 de abril de 2011 e faltam doze dias para o retorno do prefeito licenciado de Magé, Rozam Gomes. Se querem saber, estou de saco cheio do disse-me-disse sobre se ele vai ficar ou não no cargo. Isso em nada me importa, mas preciso dizer o que penso sobre isso, pois é de interesse de um universo estimado em quase 300 mil pessoas e essas merecem respeito, consideração e transparência acima de tudo.
Tenho ouvido falar que Rozam sofre pressões da família para renunciar ao mandato e que retornaria no dia 1º de maio e no dia seguinte pediria uma nova licença (dessa vez para fazer uma cirurgia) ou renunciaria de vez. A primeira hipótese vai deixá-lo mal perante a opinião pública: “Como assim uma nova licença? Quatro meses não foram suficientes?" A segunda seria pior ainda: “Renúncia? Isso é covardia...” Ou ainda: “Isso está me cheirando a um acordo entre ele e Dinho. O presidente da Câmara conclui o mandato de prefeito e mantém os interesses do antecessor”.
O que estou dizendo é que Rozam está entre a cruz e a caldeirinha. Melhor seria enfrentar a caldeirinha em questão, pois haveria muito mais dignidade nisso.
Quando se entra para a vida pública deixa-se de ter compromisso apenas com a família e Rozam deveria saber muito bem disso. Ele é o prefeito de direito. Era vice e com o afastamento e a posterior renúncia de Núbia Cozzolino, foi alçado à titularidade. Anderson Cozzolino, o Dinho, é o presidente do Poder Legislativo. Está licenciado do cargo para responder, interinamente, pelo Poder Executivo. Qualquer interpretação ao contrário é tentativa de golpe e uma nova licença ou a renúncia de Rozam, confirmarão o golpe branco: “Dinho se apoderou do cargo”. É isso que terá de ser dito, com uma ressalva: “Rozam se acovardou. Tremeu na base, cedeu à pressões, entregou o governo e o povo que se dane”.
O momento não é de avaliar se Rozam é melhor que Dinho ou vice-versa. O que está em jogo é a legitimidade, a legalidade. Por que Dinho quer tanto permanecer no cargo de prefeito, a ponto de pressionar uma renúncia de Rozam, se é que isso esteja realmente acontecendo? De onde vem os motivos (e quais são eles) que levam os familiares do prefeito licenciado o pressionarem para deixar o cargo de vez?
As respostas podem ser várias, mas o que mais encaixa nesse contexto é uma inferência: A Prefeitura de Magé - que tem uma receita diária de R$ 1 milhão - tornou-se um mercado turco, onde os Salins e Rachides de plantão estão dispostos a fazer qualquer negócio.
Até onde sei a família Cozzolino estaria rachada e só mesmo Jane defende a permanência de Dinho como prefeito. As minhas fontes de informação revelam que os outros irmãos - Núbia, Núcia e Charles - quererem Rozam e até já teriam pedido para ele voltar logo, mas isso também é perigoso, pois o que estaria por trás desse “racha”? Será que o povo mageense é tão inocente que acha que pessoas que deveriam passar bem longe da Prefeitura estão tão apegadas ao governo porque amam Magé, seu povo e querem defendê-los como voluntários?


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