Heitor Silvestre (DEM), está respondendo por seqüestro, estupro, cárcere
privado e ameaça contra uma jovem de 24 anos
Incurso nos artigos 129 (agressão), 147 (ameaça), 148 (sequestro e cárcere privado) e 213 (estupro), o vereador Heitor Silvestre (DEM), de Porto Real, poderá pegar uma pena de 16 anos de reclusão caso seja condenado pela Justiça no processo que responde por violência contra uma jovem de 24 anos, fato ocorrido na noite de 19 de julho desse ano. O cálculo foi feito pelo criminalista Sérgio Miranda. “Considerando as penas individuais, dependendo dos antecedentes criminais dele, o acusado poderá pegar até 16 anos e seis meses de prisão”, disse o advogado.
Heitor – que na semana passada foi submetido a exame de insanidade no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, na Rua Frei Caneca, no Rio –, segundo familiares da jovem, estaria tentando denegrir a imagem da vítima na cidade, como forma de minimizar a situação dele, que também, para se defender, alegou inanidade temporária, argumento muito usado por advogados em defesa de acusados de violência contra mulheres.
Na última sexta-feira uma moradora da cidade que se identificou como Rejane Cristina, enviou e-mail protestando contra a matéria veiculada sobre o caso pela TRIBUNA DA REGIÃO na edição da semana passada. Na mensagem encaminhada ao jornalista Elizeu Pires, ela afirmou que “a tal mulher que supostamente foi estrupada (sic) pelo Heitor não é desconhecida dele e sim sua amante há mais de oito anos”. Tal afirmação sugere que a moradora ignora que o exame de corpo delito comprovou o espancamento da vítima e que o fato de o vereador ter mantido um romance com a vítima não pode servir de atenuante na acusação formalizada contra ele na Justiça pela Procuradoria-Geral de Justiça.
“Quer dizer que uma ex-namorada pode ser estuprada e espancada pelo ex-amante? Estão apelando para tentarem aliviar essa monstruosidade”, avalia a advogada Maisa de Souza Bastos.
Rejane Cristina falou ainda sobre o trecho da matéria onde foram divulgados outros casos de estupro na cidade. Nesse ponto ela põe em dúvida o ato atribuído pela vítima ao vereador. “O vagabundo que estrupou (sic) a senhora no Colinas não se inspirou na ação duvidosa do Heitor. Ele é bandido já estrupou (sic) e teve tentativas de estrupos (sic), nove casos, fora os roubos e assassinato (sic), então não axu (sic) justo essa comparação”, completou Rejane em sua mensagem.
Em seu depoimento a jovem contou que Heitor invadiu sua casa, a levou para um terreno baldio nos arredores da cidade onde a espancou. Depois ela teria sido levada para um motel em Resende onde passou a noite sendo obrigada por ele a fazer sexo.
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