domingo, 6 de dezembro de 2009

Então, tá...

Um desses defensores do indefensável me escreveu hoje afirmando não ver nada de mal no fato de o primeiro suplente de deputado federal pelo PTB, Charles Cozzolino, ter assumido a cadeira de deputado num dia e se licenciado no outro.

Então vamos lá. O site da Câmara dos Deputados informa que Charles tomou posse no dia 2 deste mês na vaga do deputado Manoel Ferreira e “está em Licença Conjunta Consecutiva, por 121 dias, a partir de 3 de dezembro de 2009”. Eu afirmo que tem muita coisa demais nessa história sim, o que só confirma que a Câmara Federal é mesmo a Casa da Mãe Joana.

Vamos aos fatos. Charles está em situação muito delicada. Acaba de sair da prisão e corria o risco de voltar a ser preso novamente. Foi ai que lhe arrumaram uma carteirinha de deputado, imunidade, foro privilegiado e a garantia de que ele só poderá ser preso agora em caso de condenação em processo transitado em julgado.

Aí alguém pergunta? Por que ele não ficou na Câmara? Eu respondo: Charles foi declarado inelegível pela Justiça Eleitoral, o que significa dizer que os 39 mil votos dados a ele não poderiam ser contabilizados, o que, por extensão, lhe tiraria a condição de primeiro suplente.

Foi ai que o “dono” do PTB, Roberto Jeferson, teve a idéia de chamar o segundo suplente e avisá-lo para ficar quietinho e não questionar na Justiça a posse de Charles, pois esse só precisava da carteira e não sentaria um dia sequer na cadeira.

E aí, alguém tem uma explicação melhor que essa?




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