O alagoano Manoel Ferreira, em janeiro desse ano, mandou espalhar por vários pontos do Rio de Janeiro dezenas de outdoors com a inscrição “Manoel Ferreira Nobel da Paz”, propagando-se como indicado ao prêmio na versão de 2008.
O problema é que o prêmio - criado pelo sueco Alfred Nobel, inventor da dinamite - desde 1901 vem homenageando pessoas que tiverem feito “a maior ou melhor ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz”, o que não é o caso de Ferreira. Tanto que sua indicação nem foi levada a sério.
Lembro essa história para falar de uma batalha jurídica que Manoel Ferreira - deputado federal, bispo da Assembléia de Deus e presidente vitalício da Convenção Nacional das Assembléias de Deus Ministério Madureira (CONAMAD) - vem travando contra a Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (CGADB), na qual o “homem de paz” provocou um racha.
Ferreira luta na Justiça em favor da Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), indústria gráfica que imprime livros, bíblias e a Harpa Cristã, hinário da seita. Manoel Ferreira quer que a Editora Betel, controlada pela CGADB seja impedida de imprimir tais produtos, uma briga clara por dinheiro, sustentada por esse homem que pensa ser o papa das Assembléias de Deus. Aliás, por ordem de Manoel Ferreira, pastores de igrejas filiadas à CONAMD não podem pregar nos templos ligados à CGADB e vice-versa.
Vejam o nome de quem sugeriram ao respeitabilíssimo Nobel da Paz. Ainda bem que o pessoal lá de Oslo, onde o prêmio é atribuído, não deu a menor bola para a indicação.
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