Toda vez que alguém vai cobrar das autoridades policiais o esclarecimento do assassinato de Luiz Carlos Batista, o Carlinhos da Tinguá - tão pranteado pelas pessoas de bem que com ele conviveram em Nova Iguaçu - ouve como resposta um evasivo “estamos chegando lá”. Então pergunto: Chegando lá, onde?.
Já se passou um ano e nenhuma satisfação é dada a sociedade e ao que parece nossa polícia se perdeu nas pistas e não está conseguindo sair do labirinto. A única coisa que temos de concreto é o fato de que um homem descente, honesto e preocupado com o bem da coletividade foi cruelmente executado na manhã de 19 de março de 2009, no centro da cidade, quando seguia pela Via Light até seu local de trabalho.
Como empresário Carlinhos enfrentou muitos revezes, mas passou por eles sem ignorar - o mínimo que fosse - os direitos de seus milhares de funcionários, gente que via nele não um patrão, mas um leal companheiro de trabalho. Passou por crises terríveis, venceu a todas e no dia em que foi morto por dois covardes metidos a mais homens que os outros – possivelmente a soldo de um ou mais imbecis ainda bem mais covardes que eles – estava para assinar um documento que lhe asseguraria sua maior vitória na luta pelo pronto restabelecimento como o empreendedor do bem que sempre foi.
Pois é. Lá se foram doze meses e a polícia até agora não mostrou serviço. Por quê? O que está faltando? Seria falta de competência ou comprometimento com clareza? Estamos esperando a resposta e não estamos dispostos a suportar mais um ano de impunidade.
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