Eleição de vereador acusado de estupro para presidir a Câmara, deixa Porto Real com o “filme” queimado
Denunciada como uma afronta às mulheres da cidade, a eleição do vereador Heitor Silvestre da Silva para presidir a Câmara de Vereadores de Porto Real, no Sul Fluminense, repercutiu negativamente para o município na Assembleia Legislativa. O deputado Altineu Cortes condenou a postura dos vereadores Jayme Pereira da Silva, João de Sousa, Luiz Fernando Graciani e Rafael Carvalho Lima, que montaram a base de sustentação para que Heitor fosse eleito presidente.
“Esse vereador era para ter sido afastado há muito tempo, pois não tem condições de representar a população. Ele responde pelos crimes de seqüestro, cárcere privado, lesão corporal, ameaça e estupro, contra uma jovem da cidade e pelo menos enquanto o Tribunal de Justiça não der a sentença a Câmara deveria afastá-lo como medita preventiva. Além de não de fazer isso, ainda o premiaram com a eleição de presidente da Casa e escolheram justamente o dia 8 de março para fazerem isso. Não encontramos outra explicação que não seja o desejo de afrontar as mulheres da cidade a escolha da data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher para premiar com o cargo de presidente do Poder Legislativo um vereador que responde por crimes contra a ex-namorada”, afirmou o parlamentar.
Manobra
Heitor foi eleito na noite do último 8 de março, graças a uma manobra do atual presidente da Câmara de Vereadores, Jayme da Silva Pereira, que antecipou em nove meses a eleição para composição da Mesa Diretora da Casa, beneficiou diretamente o vereador Heitor Silvestre da Silva, o Heitor da HM. O que se comenta nos bastidores políticos da cidade é que Jayme estaria manobrando para permanecer como presidente da Casa.
“Jayme não nos engana. Ele aceitou antecipar a eleição em nove meses porque é o vice da chapa. Creio que ele está apostando na condenação de Heitor pelo Tribunal de Justiça. Acontecendo isso, como vice-presidente, caberá a ele assumir o comando da Câmara. Como o mandato de Jayme vai terminar no dia 31 de dezembro deste ano, a partir do dia 1º de janeiro de 2011 ele seria novamente presidente se Heitor vier a ser condenado pelo Tribunal de Justiça”, entende um líder partidário.
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